O clero da diocese de Guanhães se reuniu na sala da catedral para mais uma etapa da formação permanente. Para isso a Pastoral Presbiteral da diocese de Guanhães convidou o professor psicólogo Willian Cesar Castilho Pereira para ministra o estudo.
Entre os temas abordados ele destaca “A Fecundidade da Solidão”. O assessor lembra que “a maturidade é demonstrada a partir da experiência de solidão. Ou seja, os maduros sabem administrar a solidão sem cair no extremo do isolamento”.
Conforme o professor, a solidão pode ser algo positivo como “lugar onde se busca a sanidade mental”. É na solidão (deserto) que se encontra Deus. No entanto, assim como se deve ter momentos fortes de solidão também é indispensável momentos fortes de convivência fortalecendo os vínculos de amizade – aqui o professor lembra o que diz o filósofo francês Alain Badiou sobre o amor e a convivência, combatendo toda frieza, toda indiferença, todo isolamento. O psicólogo convidado também partilha um texto de Vinícius de Moraes:
“A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre.”
O encontro teve início no dia 16 de maio e finaliza no dia 17 do mesmo mês.


Está aproximando o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos e muitos já se organizam para participar deste grande evento regional, através do qual os romeiros manifestam a sua fé e a sua piedade. Nesse período, há muitos anos, diversas pessoas saem de longe e vêm montados em seus cavalos para participar da tradicional cavalgada do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Não é um evento organizado pela Igreja, mas que, inevitavelmente, envolve a Igreja.
Neste ano foi feita uma mudança, a título de EXPERIÊNCIA, na tentativa de atender muitos romeiros que solicitaram mais celebrações no domingo. Tendo em vista que muita gente vem e volta no mesmo dia, e muitos aproveitam final de semana e feriado para fazer isso, e que os devotos do Bom Jesus vêm ao Jubileu em busca de confissões e da participação em pelo menos uma missa; Levando em conta que muitos não conseguem chegar a tempo de participar da missa das 10 horas e que não podem esperar a missa das 19 horas, e que, devido à cavalgada, não é possível colocar outra celebração no santuário nesse intervalo; Considerando que o número de padres para atendimento de confissões no domingo ainda é pequeno para a quantidade de penitentes, foi grande a solicitação de que fosse feita essa mudança a título de experiência.
É compreensível que haja reclamações da parte de muitos, pois toda mudança causa descontentamento. Porém, é necessário a compreensão de que a administração do santuário fica no meio de um fogo cruzado e, para tomar decisões, sempre com o parecer de seu conselho, precisa colocar na balança o que mais pesa a cerca do que deveria ser prioridade dentro do quesito RELIGIOSO, tendo em vista que o Jubileu é essencialmente religioso.
Em se tratando de cavalgada, tem gente que liga pedindo a cavalgada no sábado e tem gente que a quer no domingo; tem gente que liga pedindo para ser mais cedo e tem gente que a quer mais tarde… A verdade é que sempre haverá grupos descontentes com qualquer iniciativa, o que piora quando equipes organizadoras e outros grupos acabam incentivando o descontentamento coletivo.
A Igreja precisa organizar a sua vida e é possível atender a todos dentro das possibilidades, desde que o essencial não seja prejudicado e que as perdas não sejam sempre unilaterais. Em se tratando de eventos deste naipe o religioso é sempre reprimido em nome do cultural, ao passo que poderia caminhar juntos. Jamais chegou aqui neste santuário uma única comitiva que voltasse sem a bênção de um padre ou diácono, independente do dia que chegasse. Mas, é necessário organizar a bênção do movimento maior.
Neste ano o Jubileu tem apenas um domingo, seguido de um feriado prolongado, o que nos leva a entender que existe grande possibilidade de um número muito maior de pessoas no final de semana. Cada ano que passa o número de cavaleiros e amazonas aumenta. O espaço do santuário é particular, não público, o que implica que, se acontece algum acidente a Igreja acaba sofrendo as consequências por algo pelo qual ela não tem responsabilidade. Portanto, é preciso tomar todo cuidado possível, tendo em vista que esta paróquia tem problemas demais oriundos de decisões tomadas no passado sem pensar nas possíveis consequências.
Concluindo, após seis reuniões realizadas no ano passado, levando em conta que a experiência seria feita no ano passado, após ouvir diversos romeiros no último jubileu sobre o que eles esperam desse evento, levando em conta que neste ano o Jubileu tem apenas um domingo e que neste é preciso colocar mais celebrações, NESTE ANO A CAVALGADA SERÁ NO SÁBADO DIA 17 DE JUNHO. Isso não quer dizer que seja algo definitivo. Será uma EXPERIÊNCIA a ser avaliada a posteriori, a partir da experiência. Se será algo bom ou ruim só se saberá depois que for feita a experiência. Para o próximo ano a própria Igreja, como responsável pela programação de qualquer evento religioso católico, pode chegar à conclusão de que foi uma experiência negativa. Ou, pelo contrário, os próprios cavaleiros e amazonas, que estiverem com a mente desprovida de preconceitos, podem chegar à conclusão de que foi uma coisa positiva. Em todos os casos, só se saberá se será bom ou ruim após a EXPERIÊNCIA.
O VERDADEIRO DEVOTO DO SENHOR BOM JESUS SABERÁ COMPREENDER QUE A IGREJA ESTÁ EM BUSCA DE ACERTAR.
Pe João Evangelista dos Santos
reitor do Santuário Bom Jesus
Pezado Sr. Bispo Dom Jeremias Antônio de Jesus
Senhores Padres, Religiosos (as), Seminaristas,
Coordenadores de Pastorais, Lideranças eclesiais e
Povo de Deus da Diocese São Miguel de Guanhães.
Acolho o convite do Santo Padre o Papa Francisco para o espiscopado com temor por causa de minhas limitações e fraquezas, mas com confiança e alegria pois sei que posso acreditar na misericórdia e na graça do Senhor que sempre esteve ao meu lado.
Espero poder servir à Diocese de São Luiz de Cáceres MT trabalhando com todas as minhas forças pelo bem da Igreja, do presbitério, dos religiosos e pela porção do povo de Deus que me está sendo confiada.
Sou grato a Deus que sempre me confiou grandes coisas. Tenho que agradecer a muitas pessoas e instituições que me ajudaram ao longo de minha caminhada: A minha família, a Diocese de Barreiras/BA com seu presbitério, o seu primeiro Bispo Dom Ricardo Weberberger (falecido) que me ordenou sacerdote. A Diocese de Guanhães, o seu presbitério e Dom Emanuel que me acolheu na volta para a Diocese de origem. Dom Jeremias e os colegas padres meus companheiros de missão. Um agradecimento especial a todo o povo de Deus nas diversas Paróquias por onde passei na Bahia e nestes últimos 15 anos no Estado de Minas Gerais: As Paróquias de Ferros, Virginópolis, Santa Maria do Suaçuí, Sabinópolis, Guanhães e atualmente Coluna. Em todos os lugares o povo sempre foi muito caridoso com minhas limitações, me apoiando e perdoando-me sempre.
Muito pouco conheço da Diocese de São Luiz de Cáceres mas vou com disposição de servir somando-me ao irmão Bispo Emérito e aos presbíteros, aos religiosos e lideranças eclesiais da Diocese e região com os quais vou caminhar. Generosa foi a acolhida do Senhor Bispo Dom José Vieira de Lima, atual Administrador da Diocese de Cáceres, que me trouxe alento nestes dias de silêncio e apreensão.
Peço as orações de todos para que eu seja fiel ao chamado e que possa levar o abraço amoroso do Pai por onde eu for e em especial àqueles que me foram confiados.
Coluna, 10 de Maio de 2017
BREVE HISTÓRICO

Pe. Jacy Diniz Rocha é Filho de José Neto Rocha (falecido) e Eunice Silva Diniz Rocha, nascido no distrito de Nelson de Sena, município de São João Evangelista, Minas Gerais, aos 29 de Agosto de 1958. Foi batizado no mesmo ano na Cidade de Dom Joaquim,MG. Estudou o primário na Escola Estadual Major Lermino Pimenta no distrito de Nelson de Sena, município de São João Evangelista. Estudou no Seminário de Diamantina por três anos. Em 1975 transferiu-se para Brasília e dois anos depois entrou para o Seminário Nossa Senhora de Fátima onde concluiu o segundo grau e o curso de Filosofia.
Numa missão de férias, conheceu a Diocese de Barreiras e, como seminarista, nela pediu ingresso em 1981. Estudou dois anos no Seminário da Barra, BA e por fim, concluiu seus estudos teológicos na Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte. Foi ordenado Diácono no dia 10/12/1983 na Catedral São João Batista pelo Bispo Diocesano de Barreiras, Dom Ricardo Weberberger. Em março de 1984 concluiu a convalidação de sua licenciatura em Filosofia e no dia 26/05/1984 foi ordenado Presbítero no distrito de Nelson de Sena, São João Evangelista, pelo Bispo Diocesano de Barreiras.
Na Bahia trabalhou na cidade de Tabocas do Brejo Velho, no Bairro de Barreirinhas em Barreiras, no Bairro Sandra Regina em Barreiras, na cidade de Formosa do Rio Preto e na cidade de São Desidério. Assumiu várias atividades Diocesanas como a Pastoral Vocacional, a Cáritas, a Pastoral do Menor, a Coordenação de Pastoral e a Representação do Clero.
Com o objetivo de fazer um tratamento continuado em Belo Horizonte, pediu incardinação na Diocese de Guanhães, MG e em julho de 2003 foi acolhido pelo Bispo Diocesano Dom Emanuel Messias de Oliveira e seu presbitério. Na sua Diocese de origem, trabalhou nas cidades de Ferros, Virginópolis, Santa Maria do Suaçuí, Sabinópolis, Guanhães e Coluna, onde é Pároco atualmente. Entre os serviços desenvolvidos na Diocese de Guanhães, destacam-se a Coordenação Diocesana de Pastoral, o Colégio dos Consultores, a Pastoral Presbiteral e a Coordenação da Escola Diocesana de Teologia Pastoral.
Pe. Jacy Diniz Rocha
Praça Herculano Torres, 47 – Centro
39.770.000 Coluna – MG
Fone: (33) 3435.1790
rochapintos@gmail.com

Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja no Brasil recebe esta quarta-feira (10/05) três novos bispos.
Aceitando a renúncia apresentada por Dom José Haring, O.F.M., o Papa nomeou para a Diocese de Limoeiro do Norte (CE), o Pe. André Vital Félix da Silva, S.C.I., que até agora era Conselheiro Provincial da Província Brasil Recife dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (Dehonianos).
Dom André é pernambucano nascido em 1965 em Recife, onde estudou Filosofia. Cursou Teologia em Olinda e em Roma, obteve o mestrado em Teologia Bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana.
Ordenado em 1986, foi vigário paroquial, formador, administrador paroquial, vice-provincial e membro da Comissão Dehoniana de Teologia da América Latina.
Para a Diocese de São Luiz de Cáceres (MT), Francisco escolheu o Pe. Jacy Diniz Rocha, que até o momento era pároco de Santo Antônio de Coluna e coordenador diocesano de pastoral da diocese de Guanhães (MG).
Dom Jacy Diniz Rocha nasceu em 1958 em São João Evangelista (MG), estudou Filosofia em Brasília e Teologia em Brasília, Barra (BA)e Belo Horizonte. Foi ordenado em 1984 e incardinado em Barreiras (BA). Em 2003 foi transferido para Guanhães, onde foi administrador apostólico, pároco, responsável e professor de agentes de pastoral e membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores.
Já a Arquidiocese de Niterói (RJ) recebe um bispo auxiliar: Pe. Luiz Antônio Lopes Ricci, que provém do clero da Diocese de Bauru (SP), onde é pároco de “São Cristóvão”.
Dom Luiz Antônio Lopes Ricci é de 1966, nativo de Bauru. Estudou Filosofia e Teologia em Marília (SP) e em Roma, na Academia Alfonsiana, obteve mestrado e doutorado em Teologia Moral. Em seguida, frequentou o pós-doutorado em Bioética no Centro Universitário “São Camilo” em São Paulo.
Ordenado sacerdote em 1997, foi incardinado em Bauru, tendo sido reitor do Seminário Provincial de Marília; administrador paroquial em Cabrália Paulista e Piratininga (SP); assistente espiritual do Movimento “Encontro de Casais com Cristo”; coordenador diocesano de pastoral; professor da Faculdade João Paulo II em Marília; vigário-geral; membro do Conselho presbiteral e do Colégio de Consultores.
Desde 2016 é Diretor da Faculdade João Paulo II em Marília.
Fonte: http://br.radiovaticana.va

OFERECEMOS DA NOSSA POBREZA PARA ENRIQUECER A IGREJA
Foi com alegria que recebi a notícia da nomeação do Pe Jacy para ser o Bispo da Diocese de São Luís de Cáceres, no Estado do Mato Grosso. Mais uma vez a Diocese de Guanhães oferece de sua pobreza para enriquecer a Igreja, que necessita de Pastores para cuidar do Povo de Deus! Somos um clero pequeno! A Messe que o Senhor nos confiou é grande e os operários são poucos! Há quase cinco anos atrás a Diocese de Guanhães ofereceu à Diocese de Araçuaí Dom Marcello Romano. Sem dúvida, sentimo-nos valorizados e enriquecidos cada vez que podemos colaborar atendendo aos apelos do Senhor! Acreditamos que a Providência do Bom Deus, Compassivo e Misericordioso sempre nos acompanha! Pedimos ao Cristo, Bom Pastor e Porta do Rebanho que nunca faltem verdadeiras e santas vocações. Que a Providência e a Misericórdia estejam sempre presentes em nossas vidas. Presente na nossa Diocese de Guanhães que já enviou Dom Marcello Romano e que agora envia o Monsenhor Jacy, que em breve será Dom Jacy Diniz Rocha. Seja feliz Mons. Jacy! Coragem é a nossa palavra de ordem! A nossa missão de Pastores é árdua! Tem espinhos e pedras no caminho, mas também tem perfumes e flores, e principalmente as Graças e as Bênçãos do Senhor que nos chama e que nos confia tão grande missão, apesar de nós mesmos! Cuide bem do clero e do rebanho que Deus está lhe confiando, e certamente, será também muito bem cuidado por todos! Deus lhe abençoe!
Dom Jeremias Antonio de Jesus
Bispo Diocesano
“Fiat Voluntas Tua!”

Nesta semana comemoramos o Dia Internacional do Trabalhador, data que teve origem em um grande movimento de trabalhadores na cidade de Chicago, nos EUA, por melhores condições de trabalho no ano de 1886, fato que resultou na morte de dezenas de manifestantes. Desde então, o 1° de maio se internacionalizou como a data em que se rememoram as diversas lutas da classe trabalhadora pelo mundo.
Este ano, em especial, o Dia do Trabalhador no Brasil tem um significado maior, pois, estamos diante de um dos momentos mais críticos de nossa História no que se refere às ameaças de perdas significativas dos direitos sociais dos trabalhadores. A aprovação da Lei da Terceirização, juntamente com a aceleração dos projetos de Reformas das Leis Trabalhistas e Previdenciária, significa um duro golpe em conquistas históricas da classe trabalhadora deste país. Estas Reformas significam perdas reais de garantias legais, ao mesmo tempo em que deixaram os trabalhadores expostos à queda no rendimento salarial e desassistidos em momentos de maior vulnerabilidade.
A justificativa encontrada pelo atual governo ao promover essa usurpação dos direitos dos trabalhadores está na tão propagandeada crise. Sobre o pretexto da geração de empregos e do aumento da confiança dos investidores estão passando como um rolo compressor num acordo direto entre o executivo e o Congresso Nacional, ignorando por completo a sociedade brasileira. Pesquisa divulgada pelo Datafolha indica que 70% dos brasileiros são contra as reformas da maneira que estão apresentadas, portanto, algumas perguntas nos vêm: a quem interessa estas Reformas sem debate com a sociedade? Que garantias temos que com elas teremos geração de emprego? Qual a parte de sacrifícios da elite?
Para respondê-las não precisamos ser grandes conhecedores de economia e de algum outro conhecimento acadêmico, sabemos que quem pagará mais uma vez serão os pobres deste país. Enquanto na Reforma da Previdência não se toca nas anistias de dívidas e desonerações fiscais das grandes empresas, se impõe 49 anos de contribuição para um trabalhador ter integralidade ao benefício, ou a um trabalhador rural a idade mínima de 65 anos. Na mesma proporção, a Reforma Trabalhista coloca os acordos patronais com empregados acima da CLT, como se a relação Capital-Trabalho fosse simples e consensual em nosso país.
Diante do exposto, mostra-se necessária a mobilização popular na luta pela permanência e ampliação dos direitos da classe trabalhadora. A sociedade não pode ser deixada de lado destas proposições de reformas que afetarão diretamente o futuro dos mais carentes no Brasil. Várias instituições como OAB, a Igreja Católica, Tribunais de Justiça, têm levantado o debate e se posicionado contra as Reformas. Busque se informar e participe ativamente deste importante momento da História dos Direitos Sociais no Brasil.
Flávio Puff
Professor de História
IFMG/Campus São João Evangelista

Abril de 2012: 63 bandas inscritas. 72 músicas vindas de muitos lugares do estado de Minas Gerais e de alguns locais do país. Novembro de 2013: 39 bandas inscreveram 52 canções. E, de novo, chegavam a Guanhães músicas de muitos lugares. Agosto de 2014: Surpreendentes 28 bandas acompanhadas de 33 músicas. Agosto de 2015: 27 bandas compuseram o quadro geral. 35 músicas foram compostas cuidadosamente por músicos de várias regiões de MG. Julho de 2016: 19 bandas trouxeram 27 presentes. Cada um foi cuidadosamente aberto. Cada presente-música nos enchia da certeza de que o Festival da Música Cristã é o maior exemplo da bondade de Deus.
Perdoem-me os mais “durões”. Os números acima contam uma história de amor, de coragem, de perseverança. O sonho de ouvir a música cristã entoando, sem barreiras, por todos os cantos da cidade de Guanhães. Tudo bem! Vou contar como esse sonho surgiu. Quem o plantou, regou, cuidou, fez até vigília para não permitir que alguma erva daninha sufocasse o florescer contínuo. A história do Festival da Música Cristã se mistura à vida do Padre Saint-Clair, Padre Adão Soares, Célio Augusto, Edneia Pereira, Fabiana Martins, Luís Carlos, Mariza Pimenta, Marina Carvalho, Meire Ane Caldeira, Robertinho Zier, Sidimar, Taisson Bicalho… Você pode me perguntar: “Não é injusto, Luís, citar nomes”? Respondo: “Não, não é”. Essas pessoas aqui citadas transformaram o sonho do padre Saint-Clair de realizar um festival só com músicas cristãs uma realidade.
Meu Deus! Quantos músicos já passaram pelos palcos da Música Cristã?! Quantas pessoas conhecemos ao longo desses seis anos?! Quantas vezes estávamos ansiosos, na madrugada, aguardando resultados? Como já nos alegramos com cada conquista?! Já até choramos quando bandas foram desclassificadas! Ninguém sabe disto: todas as músicas cantadas ali contam a história de fé, de relação com Deus, de redenção vivida pelos músicos e cantores.
No palco da Música Cristã passam testemunhos de fidelidade a Cristo e comunhão com a Igreja. Ah! E não estamos nos referindo apenas aos cristãos católicos. Evangélicos (neo)pentecostais e protestantes comungam conosco da mesma fé religiosa. O Festival da Música Cristã constitui a celebração anual da fé fora das igrejas. Nosso maior objetivo é promover a comunhão por meio da arte. E temos conseguido. Ou melhor. Opa! Opa! Deus tem nos proporcionado, porque é Ele quem permite a realização de tudo (eu creio), dar testemunho de tão sublime ato de amor.
Peço desculpas aos que leem este texto. Vocês não podem exigir de mim coerência textual. O que descrevo/escrevo são memórias. Como não se lembrar do padre José Adriano cantando: “Hei!, cantai ao Senhor um cântico novo…” Todo mundo se lembra dessa linda composição do Padre Zé, não é? Como não se lembrar da presença marcante do padre Dilton Maria Pinto e do Fernando Araújo? Nesse percurso, os dois anunciaram 176 bandas mais 219 músicas que incendiaram, emocionaram, resgataram esperanças, confirmaram a certeza do amor de Deus por todos nós!
Estamos mais uma vez nos preparando para o Festival da Música. 2017 marca o 6º ano deste evento promovido pela Pastoral da Comunicação (Pascom) da Diocese de Guanhães.. Sozinha a Pascom nunca esteve. Os apoios foram muitos. A Rádio Vida Nova FM, com presença constante dos profissionais da emissora, anuncia o Festival para milhares de pessoas em todos esses anos. Sempre recebemos o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no Regional Leste 2 (CNBB Leste 2). Já recebemos apoio de rádios da região, da Associação Comercial e Empresarial de Guanhães (Acig), da Gráfica Candonga, das paróquias da Diocese etc.
Como temos feito nesses anos, pedimos a dom Jeremias Antônio de Jesus, bispo diocesano e apoio incondicional do Festival, a bênção de Deus sobre todos os participantes deste evento. Nossa fé afirma que o Senhor Jesus está conosco e que o Espírito Santo garante a comunhão entre os filhos e filhas do Pai.
O 6º Festival da Música Cristã ocorrerá entre os dias 28 e 29 de julho, no pátio da igreja catedral, em Guanhães. Não deixe para a última hora. Realize as inscrições. Venha cantar conosco!
Acesse o site www.festivaldamusicacrista.com.br para mais informações.
Fraternalmente,
Luís Carlos Pinto
MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O 54º DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES
(7 de maio de 2017 – IV Domingo da Páscoa)
Tema: «Impelidos pelo Espírito para a missão»

Amados irmãos e irmãs!
Nos anos passados, tivemos ocasião de refletir sobre dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.
Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 21).
Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.
Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a cabeça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimento de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos torna espetadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem purificar os nossos «lábios impuros», tornando-nos aptos para a missão. «“Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia-me”» (Is 6, 7-8).
Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a «andar de lugar em lugar» no meio do povo, como Jesus, «fazendo o bem e curando» a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «cristóforo» ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos (cf. Francisco, Catequese, 30 de janeiro de 2016). Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens (cf. Francisco, Homilia na Missa Crismal, 24 de março de 2016). A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13,44).
Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27).
Jesus é ungido pelo Espírito e enviado. Ser discípulo missionário significa participar ativamente na missão de Cristo, que Ele próprio descreve na sinagoga de Nazaré: «O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19). Esta é também a nossa missão: ser ungidos pelo Espírito e ir ter com os irmãos para lhes anunciar a Palavra, tornando-nos um instrumento de salvação para eles.
Jesus vem colocar-Se ao nosso lado no caminho. Perante as interrogações que surgem do coração humano e os desafios que se levantam da realidade, podemos sentir-nos perdidos e notar um défice de energia e esperança. Há o risco de que a missão cristã apareça como uma mera utopia irrealizável ou, em todo o caso, uma realidade que supera as nossas forças. Mas, se contemplarmos Jesus Ressuscitado, que caminha ao lado dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-15), é possível reavivar a nossa confiança; nesta cena evangélica, temos uma autêntica e real «liturgia da estrada», que precede a da Palavra e da fração do Pão e nos faz saber que, em cada passo nosso, Jesus está junto de nós. Os dois discípulos, feridos pelo escândalo da cruz, estão de regresso a casa percorrendo o caminho da derrota: levam no coração uma esperança despedaçada e um sonho que não se realizou. Neles, a tristeza tomou o lugar da alegria do Evangelho. Que faz Jesus? Não os julga, percorre a própria estrada deles e, em vez de erguer um muro, abre uma nova brecha. Pouco a pouco transforma o seu desânimo, inflama o seu coração e abre os seus olhos, anunciando a Palavra e partindo o Pão. Da mesma forma, o cristão não carrega sozinho o encargo da missão, mas experimenta – mesmo nas fadigas e incompreensões – que «Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).
Jesus faz germinar a semente. Por fim, é importante aprender do Evangelho o estilo de anúncio. Na verdade, acontece não raro, mesmo com a melhor das intenções, deixar-se levar por um certo frenesim de poder, pelo proselitismo ou o fanatismo intolerante. O Evangelho, pelo contrário, convida-nos a rejeitar a idolatria do sucesso e do poder, a preocupação excessiva pelas estruturas e uma certa ânsia que obedece mais a um espírito de conquista que de serviço. A semente do Reino, embora pequena, invisível e às vezes insignificante, cresce silenciosamente graças à ação incessante de Deus: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como» (Mc 4, 26-27). A nossa confiança primeira está aqui: Deus supera as nossas expetativas e surpreende-nos com a sua generosidade, fazendo germinar os frutos do nosso trabalho para além dos cálculos da eficiência humana.
Com esta confiança evangélica abrimo-nos à ação silenciosa do Espírito, que é o fundamento da missão. Não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cristã, sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, «lugar» privilegiado do encontro com Deus.
É esta amizade íntima com o Senhor que desejo vivamente encorajar, sobretudo para implorar do Alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa de ser guiado por pastores que gastam a sua vida ao serviço do Evangelho. Por isso, peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: sem ceder à tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se assim sinal vivo do amor misericordioso de Deus.
Amados irmãos e irmãs, é possível ainda hoje voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor, sobretudo aos jovens, o seguimento de Cristo. Face à generalizada sensação duma fé cansada ou reduzida a meros «deveres a cumprir», os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sempre atual da figura de Jesus, de deixar-se interpelar e provocar pelas suas palavras e gestos e, enfim, sonhar – graças a Ele – com uma vida plenamente humana, feliz de gastar-se no amor.
Maria Santíssima, Mãe do nosso Salvador, teve a coragem de abraçar este sonho de Deus, pondo a sua juventude e o seu entusiasmo nas mãos d’Ele. Que a sua intercessão nos obtenha a mesma abertura de coração, a prontidão em dizer o nosso «Eis-me aqui» à chamada do Senhor e a alegria de nos pormos a caminho, como Ela (cf. Lc 1, 39), para O anunciar ao mundo inteiro.
Cidade do Vaticano, 27 de novembro – I Domingo do Advento – de 2016.
Franciscus
Do site do Vaticano
Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo,
No contexto da 55ª Assembleia da CNBB, a nossa diocese de Guanhães está celebrando 31 anos de existência. Infelizmente não posso estar aí com vocês celebrando esse momento tão importante da nossa caminhada diocesana exatamente por que estou participando da assembleia dos bispos do Brasil. Mas quero me dirigir a cada um de vocês: cada padre, cada irmão e irmã; quero me dirigir a todos os leigos e leigas que trabalham, que edificam nossa diocese; aos nossos funcionários e funcionárias, aos nossos servidores; quero me dirigir também a todo o povo de Deus que pertence a Diocese de Guanhães para lhes agradecer pela caminhada, pelo trabalho, pela dedicação, agradecer pelo tempo que cada um dispensa para ajudar a edificar o Reino de Deus na nossa diocese de Guanhães.
Mais uma vez quero agradecer nossos padres, que são os nossos primeiros colaboradores, que nos ajudam tanto nesse processo de evangelização, nos ajudam tanto na caminhada que é bastante desafiadora. É um dia tão importante para podermos dizer: muito obrigado Senhor, obrigado por mais um ano de caminhada, por mais um ano de existência, muito obrigado pelas graças e bênçãos que o Senhor tem derramado sobre todos nós; muito obrigado pelo empenho de cada um e de cada uma, de cada pessoa que ama essa nossa diocese de Guanhães.
Nesse dia 1º de maio também estamos celebrando o dia de São José Operário e queremos pedir a intercessão de São José operário pelos nossos trabalhadores nesse momento tão delicado que o nosso país está atravessando, um momento de crise em várias dimensões: é uma crise política é uma crise moral, é uma crise econômica, é uma crise social, é uma crise que está instalada e os nosso irmãos e irmãs trabalhadores estão sofrendo preocupados com seu futuro, sem contar o grande número de desempregados que clamam por dignidade e trabalho.
Quero também lembrar, nesse dia 1º de maio, os padres que foram ordenados há 4 anos atrás: o padre Amarildo, o padre João Gomes, o padre Marinho, o padre Osmar e o padre Wanderlei. São os primeiros padres que eu ordenei na diocese e hoje celebram quatro anos de ministério. Parabéns a cada um de vocês, Deus continue lhes abençoando e lhe dando força para continuar anunciando o Reino de Deus na nossa diocese.
Quero também me dirigir aos nossos seminaristas, religiosas e consagradas. A toda pessoa de boa vontade, homem e mulher de boa vontade, que caminha conosco, a cada um de vocês que dá a sua parcela de contribuição e de participação e que, apesar dos nosso desafios, as nossas dificuldades, nos ajudam a caminha na certeza de podermos vencer. Deus abençoe a cada um de vocês.
Uma boa festa de 1º de maio, dia dos trabalhadores, dia de São José operário, dia da nossa diocese de Guanhães. Que Nossa Senhora, a quem a diocese é dedicada e está também consagrada, interceda pelos nossos diocesanos, pelo nosso clero, pelo nosso povo. E não nos falte a intercessão e proteção de São Miguel arcanjo que é nosso padroeiro.
Muito obrigado a todos e um abraço carinhoso a todos vocês.
(Texto transcrito pela PASCOM da diocese de Guanhães)
Queridos irmãos e irmãs em Cristo!
Muito obrigado pelo carinho, orações e solidariedade de todos!
Eu e meus irmãos somos muito gratos a Deus pelos pais que Ele nos deu. Pessoas simples e humildes, porém de uma grandeza incomensurável. Eles nos deram um nome. E onde quer que estejamos, o nome deles estará sempre conosco.
Agradecemos pelos 91 anos do nosso pai. Homem do campo que amou a terra, de onde tirou o sustento de todos nós. À terra voltou, como todos nós retornaremos um dia! Uma alma sertaneja que o Bom Deus acolheu no seu Reino.
Obrigado pelo carinho de vocês. Rezem pela nossa mãe, Claudiana. Ela precisa!
Abraço a todos! Deus lhe abençoe!
Meu pai antecipou a celebração da Páscoa da Ressurreição junto ao Senhor da Vida!
+ Dom Jeremias Antonio de Jesus