
A bandeira de João Peçanha Falcão, fundador do povoado de Santo Antônio do Bom Sucesso do Descoberto do Peçanha, em outubro de 1758, trazia consigo o padre Francisco Martins, que ergueu a primeira capela em honra de Nossa Senhora do Bom Sucesso. Era uma construção simples, forrada de esteira de taquara e coberta de palha. Em 1865, a construção que a substituiu ainda estava inacabada.
A Paróquia só foi criada em 1822 por alvará régio, suprimido pela lei provincial de 22 de julho de 1868 e restaurado pela lei n. 1669, de 16 de setembro de 1870. O alvará de 1822 criou a Freguesia com suas respectivas capelas. Em 1822, o pároco era padre João Bernardes Vieira Braga.
Vários padres passaram pela comunidade desde então. Dentre eles destacamos padre Francisco Martins (1758), padre João Pedro de Almeida (1792), mestre de leitura dos índios aldeados e que lutava por melhorias no povoado; padre Manoel Gonçalves Nunes (1828); padre João Júlio Ribeiro (1854); padre Alexandre Generoso de Almeida Silva (1887); padre Júlio Feliciano Collen (1889); monsenhor José Pereira do Amaral (1936), que cuidou da Paróquia por 50 anos e construiu a nova igreja Matriz. Passaram por esta Paróquia também padre Antônio Amadeu Rocha, padre Elair Sales Diniz, padre Alípio José de Sousa, padre Marcílio Amorim Mendes e padre Marcello Romano, que é o atual pároco.
A paróquia Santo Antônio é composta por dois municípios mineiros, Peçanha e Cantagalo, distantes 9 km um do outro por via asfaltada. Peçanha possui uma área de 996 km² e população de 17. 153 habitantes; 2.375 casas na área urbana e 2.161 casas na área rural. Cantagalo possui uma área de 141,88 km² e população de 3. 967 habitantes; 606 casas na área urbana e 433 na área rural. Somados, temos uma área de 1.137,88 km² e população de 21. 120 habitantes.
O nosso povo é pobre e profundamente religioso. Vive basicamente da agricultura e pecuária de subsistência. Não há praticamente indústria nos municípios. Temos cerca de 40 comunidades rurais e 9 setores urbanos visitados pelo padre com a regularidade que é possível: uma vez a cada mês, as comunidades maiores; uma vez a cada dois meses, as menores. Em todas as comunidades temos direcionado os trabalhos no sentido de dar às mesmas uma organização eclesial básica, implantando a Celebração Dominical da Palavra, o Dízimo, a Catequese de Primeira Eucaristia e Crisma, os Grupos de Reflexão. Temos várias pastorais e movimentos caminhando, mas com certa dificuldade. Enfrentamos um grande desafio que é a falta de lideranças qualificadas para o trabalho evangelizador. As pessoas fazem o que podem.
O nosso lema é: “Com Santo Antônio, na força do Espírito, renovando as estruturas”. Sobretudo inspirados pelo Evangelho e pelos documentos da Igreja, em especial agora, o documento de Aparecida e as prioridades da IV Assembléia Diocesana, este tem sido o nosso objetivo pastoral.
Dom Marcello Romano
Contato
Alfredo Marinho Falcão, 44 – Centro – Peçanha, MG.