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“É necessário voltar a Belém”

O título deste texto é bem sugestivo para todos nós que seguimos a Jesus Cristo, provocando-nos a  uma reflexão profunda.

Esse convite partiu do Papa Francisco, em sua homilia direcionada ao Natal de 2021[1]. Um texto elucidativo, proposto por Dom Marcello Romano para fazermos nossa meditação em uma manhã de espiritualidade direcionada ao clero e aos seminaristas da Diocese de Guanhães, dia dezesseis de dezembro de 2022, neste Tempo do Advento em preparação para a  Celebração do Natal do Senhor.

Ficou claro para todos os presentes, após leitura e partilha comunitária, que precisamos voltar a Belém. Mas o que isso quer dizer? Bem, significa que precisamos voltar ao local simples que Jesus nasceu a fim de reencontrarmos a nossa simplicidade.

O que o Papa chama de “pequenez”, ressalta o contraste do império de Cesar Augusto e Jesus, que nasce num curral cercado por trabalhadores do campo.

Esse local simples que o Deus Menino nasceu é rico em significado. Quer, antes de tudo, mostrar um Deus que se faz presente em nossas vidas e em nossas histórias. Mas para isso é preciso deixá-Lo agir em nós.

Buscar as coisas simples da vida, assim como o Menino Deus, pois muitas vezes “nós continuamos a procurar a grandeza segundo o mundo, talvez até em nome d’Ele”,[2] nos lembra o Papa.

Dom Marcello nos trouxe um outro exemplo gritante para reflexão, o de Irmão Francisco de Assis, que buscou a simplicidade da vida; mostrando também que o Papa ao escolher esse nome não foi por acaso, pois o nome “Francisco” é mais que um nome, é um projeto. E este perpassa por nós e nos corações, uma Igreja aos moldes de Francisco,[3] uma Igreja Segundo Jesus Cristo.

Mas para isso é preciso voltar a Belém, voltar a nossas origens, olhar para dentro de nós. Assim como Jesus entrou na história do mundo de forma simples, deixá-Lo entrar em nossa história também para que sejamos simples, isto é, buscando uma sociedade melhor para nós e nossas famílias sem sermos corrompidos pelos poderes herodianos e farisaicos.

São Carlos de Foucauld, nosso irmão universal, rogai por nós.

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[1]FRANCISCO. Homilia do Papa Francisco. Opus Deis, 06 de jan. de 22. Disponível em: < https://opusdei.org/pt-br/article/papa-francisco-natal-2021/#id_1 >. Acesso em: 19 de dez. de 2022.

[2]IBIDEM

[3]ARAN, Alvim. Uma Igreja aos moldes de FranciscoDiocese de Guanhães, 06 de jan. de 22. Disponível em: < https://diocesedeguanhaes.com.br/2022/05/26/uma-igreja-aos-moldes-de-francisco/>. Acesso em: 26 de mai. de 2022.

 Seminarista : Alvim Aran

A MISSÃO DE CRISTO É A MISSÃO DA IGREJA!

Iniciamos o mês missionário, cujo valor, encontra-se na celebração da Eucaristia, alimento e referencial motivador para toda boa obra. Ao mesmo tempo, celebramos a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, que de seu mosteiro, rezou por toda a Igreja, na sua ação missionária.

Desse modo, podemos compreender dois elementos fundamentais da ação missionária da Igreja. Primeiro, missão é a responsabilidade de toda pessoa batizada. Por isso dizemos: “batizados e enviados”. Quando fomos batizados assumimos a condição do próprio Jesus de, além de inseridos em sua Igreja-Corpo-Família, recebemos o mandato de sermos suas testemunhas: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura” (Mc 14, 15). Este “Ide” se faz pela ação do Espírito Santo que move e harmoniza todas as coisas. Assim como o Pai enviou seu Filho, é o mesmo Filho quem nos envia.

A missão não se faz de grandes obras, mas das pequenas, por exemplo, na partilha do pão, na oração, na transmissão da Palavra de Deus e de uma visita simples que se faz a um desconhecido ou a um amigo. Até porque, o estar presente na vida de alguém já é missão. Assim, missão se faz na parceria de toda a comunidade, porque todos somos missionários: da criança à pessoa idosa. Por isso o Papa Francisco pede uma Igreja em saída, que saia de si mesma para ir ao encontro do outro, que muitas vezes encontra-se nas periferias existenciais, esquecido por nós! Assim, é urgente “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG, nº 20). É necessário irradiar a Alegria do Evangelho, proposta de Jesus e que se fundamenta na própria experiência com Ele (cf. AG, nº 24).

Desse modo, é fundamental que toda celebração Eucarística nos habilite para vivermos a missão e na missão. A Eucaristia não é meio, pois tem fim em si mesma, é o Mistério Pascal de Cristo – porém é experimentada como conteúdo originador de toda ação missionária (Bento XVI). Com isso compreendemos que, alimentados por Jesus Cristo, a própria Eucaristia, Ele mesmo nos provoca, confrontando-nos com o seu anúncio.

A missão é de todos os sacerdotes, juntamente com seu bispo, em primeiro lugar. Porém, sendo eles motivadores e organizadores da ação missionária, cabe à toda a Igreja, Corpo de Cristo, agir para um objetivo comum, a salvação de todos (cf. AG, nº 36). Se fazemos parte da Igreja, então somos missionários na essência do ser cristão. É preciso, com isso, assumir esta consciência (cf. CIC, cc. 781-782). Desse modo estaremos vivendo a premissa do Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-1965), que diz: a Igreja é “Sacramento universal de Salvação” (LG, nº 48).

Por onde cada pessoa cristã se fizer presente, aí também estará a expressão do ser igreja. Missão não é proselitismo, mas abertura de si no encontro com o outro, diferente no pensar e no agir. Missão é a apresentação alegre de Cristo Jesus como fonte de toda a vida. E é a partir d’Ele que seremos suas testemunhas (Lc, 24, 48; At 1, 8). E mais: “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5, 13-14). A ação missionária, assumida com responsabilidade e consciência, desenvolve-se dentro e fora das estruturas da Igreja Católica – missão ad intra e ad extra. O ser missionário se vive a qualquer momento e circunstância. Porém, o mês missionário é para, tão somente, realçar essa beleza do cristianismo católico: o de sermos instrumentos da Verdade, que é o próprio Cristo Jesus! (3 Jo 8).

Portanto, a pergunta a seguir é fundamental: Estamos dispostos para a missão de ser igreja e a partir da Igreja? – Se estivermos neste espírito, o da missão, então seremos capazes de dialogarmos com o diferente, de escutarmos o estrangeiro, de partilharmos a vida e os bens, de comunicarmos o que é belo, justo, bom e verdadeiro, dentre outras práticas libertadoras (cf. Documentos da CNBB-105, p. 91).

Porque a vida em si mesma é uma constante missão!

Diácono Valmir Rodrigues Pereira.
(Arquidiocese de Diamantina-MG)
Licenciado em Filosofia (ICSH)
Bacharel em Teologia (SASCJ)
Esp. em Docência do Ensino Básico e Superior (F.E.)
Pós-graduando em Psicopedagogia (I.C.)

Dia da Independência

O dia da pátria, num país, deve ser um evento de grande alegria, pois é a data perfeita para o cidadão demonstrar o seu orgulho de pertencer àquela nação. Nele temos a oportunidade de rememorar tudo aquilo que faz parte da nossa identidade: nossa cultura, nossa música, nossos heróis, etc. Também de fazer um exame e constatar os pecados históricos – sem medo – renovando o propósito de superá-los, sem apelar ao fatalismo, próprio de cada geração.
Ele (o fatalismo) é o inimigo do progresso, pois não tem por fruto outra coisa a não ser o pessimismo. Sim, vivemos um momento onde a miséria, a falta de segurança, a precariedade nos sistemas de saúde e educação, a desigualdade, e tantos outros males nos assombram. Entretanto, diante da presente situação, resignar-se, prendendo-se a um certo saudosismo, é a ultima opção. É preciso projetarmo-nos para o futuro e reacender nos corações a chama da esperança
Para que este futuro seja melhor que o passado e o presente, urge que estejamos dispostos a abrirmo-nos ao projeto de superação de todo egoísmo, das ambições desregradas e de tudo o mais que nos impeça de construir as bases de um novo tempo onde todos, pautados no bem comum, não se sintam amedrontados e, reconstruindo os vínculos sociais, trabalhem juntos, na partilha, para que as realidades que hoje nos assustam deem lugar a uma sociedade mais justa, igualitária, onde todos vivam com igual dignidade.
Pode, o presente texto, causar estranheza em alguns e leva-los a questionar o que tem isto a ver com o Evangelho. É significativo o número de pessoas que pensam que a Igreja deve ocupar-se somente da salvação das almas, sem levar em consideração que a salvação se dá de forma orgânica. Não só a alma, mas o homem todo deve ser salvo. Não se separa a dimensão espiritual do ser humano das demais, pois este é um só. Diferentemente do que era o desejo da modernidade, a fé não pode ser limitada ao espaço de culto. Nossa religiosidade influi, significativamente, na forma como nos relacionamos, fazemos política e existimos. Cristo não toca o Homem pela metade, mas de forma integral.
O Cristão é chamado a ser sinal vivo da presença de Deus no meio em que vive e a Palavra é a bússola que deve nortear seu agir. Ela nos ensina que Deus é solidário com o seu povo, que é misericórdia e que se faz presente em nossos irmãos. Como ser sinal deste Deus que professamos se sou incapaz de ser misericordioso, se sou indiferente ou egoísta? Se alguém, ensina São João, gozando dos bens deste mundo, vir o seu irmão em necessidade e lhe fechar as entranhas, como permanece nele a caridade de Deus (Jo 3, 17)? Como um cristão que possui muito pode dormir em paz sabendo que há irmãos que não possuem o essencial para se viver? Sobre essa questão, lemos na carta encíclica “Populorum Progressio”, publicada durante o pontificado de São Paulo VI: “a propriedade privada não constitui para ninguém um direito incondicional e absoluto. Ninguém tem direito de reservar para seu uso exclusivo aquilo que é supérfluo, quando a outros falta o necessário”.
Não basta apenas fazer pequenas obras de caridade periodicamente, mas lutar para que o meu irmão, presença de Cristo na minha vida, tenha uma vida digna. É este mesmo Cristo que disse: “todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 40). O que agrada mais a Deus: aconselhar que o outro reze, pedindo que Deus estenda sua mão em seu auxílio ou ser a mão de Deus estendida?
A vocação cristã também possui um caráter profético. Também é preciso levantar a voz para anunciar e denunciar os esquemas de morte. O profeta é aquele que renova a esperança de seu povo. São tantos os que, nos nossos dias, se fazem solidários, mas apenas com palavras de consolo. Mais que palavras é imperioso que hajam pessoas dispostas a levantar a esperança, assim como fez Jesus com a viúva de Naim.
Podem até parecer palavras utópicas, difíceis de se concretizarem, mas “a esperança não decepciona” (Rm 5, 5).
Confiemos em Deus e nos nossos irmãos. Superemos nossas limitações e nos ponhamos a trabalhar, unidos, pela construção de um novo tempo. É preciso lançar a semente no campo por mais que não venhamos a vê-la dar seu fruto. Entretanto, tal como Moisés, através de nossas simples ações, pautadas no Evangelho, poderemos, pelo menos, vislumbrar a terra prometida.
Que o bom Deus olhe por nós e nos ajude a manter viva a esperança de contruirmos um Brasil Melhor.
Sílvio Gomes- Seminarista do 2º Ano do Discipulado-Diocese de Guanhães.

Uma geração de deprimidos

O que tem acontecido com os nascidos entre 1981 e 2010?

*Elaine Ribeiro

A depressão é um tema de preocupação mundial, uma vez que tem sido considerada a doença que mais gera afastamento do trabalho, e tem alcançado, mais intensamente, uma faixa etária da população que nos chama a atenção: nascidos entre 1981 a 2010. São pessoas que hoje têm entre 12 e 41 anos, fase que engloba adolescentes, jovens e adultos em suas fases mais produtivas, tanto em período escolar, quanto profissional, de expressivo desenvolvimento humano.

As queixas apresentadas por eles trazem situações como: “a vida não tem sentido; não tenho mais vontade de fazer nada; nada me agrada; as roupas não ficam bem em mim; preciso fazer muitas coisas, ou ainda, ter muitos estímulos para ter vontade de algo.” Mas, elas não param por aí: há um questionamento constante sobre a felicidade e o que fazer para alcançá-la, e uma dificuldade para compreender o sentido do sacrifício, das recusas e entregas pelo outro.

Sim, essa é, infelizmente, a realidade que se apresenta neste momento, uma vez que a busca por acompanhamento psicológico e psiquiátrico tem aumentado na mesma proporção das crises de ansiedade, depressão e índices preocupantes de suicídio.

Muitos jovens procuram a psicoterapia, pois estão cientes do que se passa com eles: estou deprimido, tive crises, surtei, pirei, não aguento mais, a vida é pesada demais, para quê estou estudando. Muitos questionam o para quê esforçar-se nos estudos, por exemplo. Há um desejo de sucesso financeiro rápido, imediato, com baixo esforço ou estudo. Aquilo que para outras gerações era a consequência natural do crescimento e amadurecimento, ou seja, assumir responsabilidades, fazer algo pelo outro, ter pequenos sacrifícios, sofrer em certo grau para obter algo, parece ser intolerável para essa geração. Tanto que ela tem sido nomeada como uma “geração infeliz”.

Claro que não temos uma totalidade assim, mas são esses números expressivos que nos preocupam. Alguns aspectos podem intensificar esse quadro, dentre eles a pandemia da Covid-19, que deixou muitos jovens e adultos em casa, reclusos, fixados às redes sociais e, com isto, deixando de usar o que chamamos de habilidades sociais e emocionais, que passam pelo relacionar-se com o outro, pensar as consequências dos seus atos, agradecer, colocar-se no lugar do outro.

Há um isolamento que parece, por muitas vezes, ignorar a existência do outro no mundo, o que leva-os a ter maior dificuldade de perceber que a vida é feita para o outro, na relação com o outro, e não de uma forma autocentrada e egoísta, que gera as principais crises existenciais.

Os perfis de rede social têm sido potencializadores de uma falta de senso crítico e uma visão extremamente limitada do mundo. E o que se vê é uma busca constante por influenciadores como fonte de relacionamento, formação de opinião e discernimento, o que está longe de ser uma forma segura e eficaz de estruturação do conhecimento.

A tristeza por si só é uma emoção normal ao ser humano, seja por uma perda, uma dificuldade, adoecimento, transição de vida. Mas, quando se estende por meses, altera a disposição, a vontade, o interesse pelas coisas, a concentração e a qualidade de vida de forma geral, pensamos sim, num quadro depressivo. E parte dos diagnósticos se dá porque a informação sobre doenças emocionais está mais divulgada.

Um julgamento popular que apenas diz: “na minha época não era assim”, ou, “isso é falta de ocupação”, não resolve o problema. Temos um novo tempo, uma nova realidade, um outro cenário. Para jovens e adultos que têm coragem de identificar o problema precisamos ter a receptividade, compreensão, além de fazermos com que cada vez mais essa realidade possa ser tratada em rodas de conversa nas escolas, nas empresas, em casa, na família, nas igrejas e nas próprias redes sociais.

* Elaine Ribeiro é psicóloga clínica e organizacional da Fundação João Paulo II / Canção Nova.
Instagram: @elaineribeiro_psicologa
Site: elaineribeiropsicologia.com.br

Misericórdia e vida eterna

“…Somente a misericórdia nos serve de companheira…”

Reflexão sobre a misericórdia e a vida eterna, o desprendimento das riquezas e o horizonte da eternidade, escrito por Santo Ambrósio (séc. IV), Bispo e Doutor da Igreja, a partir da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 12,13-21).

“Já que todas as coisas que são do mundo permanecem nele, e nos abandona tudo aquilo que entesouramos para os nossos herdeiros; e, na realidade, deixar de ser nossas todas essas coisas que não podemos levar conosco.

Somente a virtude acompanha aos falecidos, somente a misericórdia nos serve de companheira, essa misericórdia que atua em nossa vida como norte e guia até as mansões celestiais, e busca conseguir para os falecidos, em troca do desprezível dinheiro, os tabernáculos eternos”. (Lecionário Patrístico Dominical – 2013 – Editora Vozes – p.686)

Quando a morte de alguém que amamos acontece, sentimo-nos impotentes, tristes e com sentimentos de que esta tristeza será para sempre. Nada tem mais sentido, beleza, luminosidade.

Parece-nos terem roubando nosso chão e, como pássaros com as asas quebradas, não temos como voar, e mesmo que asas ainda tivéssemos, não conseguiríamos alçar voo.

Bem afirmou Santo Ambrósio: “somente a misericórdia nos serve de companheira” rumo à eternidade. De fato, exortados pelo Papa Francisco, na Bula da “Misericordiae Vultus”, vivamos as obras de misericórdia corporais e espirituais.

Nada levaremos, quando desta vida partirmos, a não ser a misericórdia vivida, que nos acompanhará para na passagem definitiva: nem dinheiro, nenhum bem, nem título, nem glória humana alguma alcançada, absolutamente nada que se possa tocar.

Sendo assim, que não sejamos tardios, morosos e jamais adiemos qualquer ação misericordiosa em favor de nossos irmãos.

Quantas vezes nos apegamos aos bens como se fossem capazes de nos eternizar e nos garantir a felicidade plena eterna. Ledo engano, no qual não podemos incorrer, sobretudo se professamos a fé no Deus que nos ama e quer que tão apenas usemos os bens que passam e abracemos os que não passam; aqueles que não se pode tocar, mas nos permitem tocar, um dia, o chão da eternidade, na glória da imortalidade.

Lá nada precisaremos. Aqui, por vezes, nos consumimos e nos devoramos com ambições desmedidas, cobiças que geram fome, miséria e tantos sofrimentos.

Que jamais nos enganemos com falsas ilusões de felicidade e eternidade: a salvação somente nos vem de Deus e na prática da misericórdia que nos acompanha até o último suspiro no tempo presente, para se prolongar na eternidade.

Dom Otacilio Ferreira de Lacerda,
Bispo de Guanhães

Por que se desconectar da internet?

Andamos de um lado para o outro, resolvendo problemas, respondendo mensagens, assistindo um vídeo importante, comprando algum produto urgente, enfim, ocupados com várias coisas que se apresentam diante de uma tela.

O mundo hoje cabe na palma de nossas mãos e tudo isso fascina qualquer um, seja uma criança de um ano ou um idoso, de 70 anos. E, se perguntarmos a uma pessoa porquê fica tanto tempo no celular, ela sempre terá uma resposta que justifique e “convença”.

E assim, alterações neuroquímicas vão surgindo no cérebro humano, com uma nova “droga”, mas, agora, lícita, e que vem, muitas vezes, disfarçada de trabalho ou conhecimento, de informação. E para não ficar para trás, fica-se atrás de um objeto que escraviza. E aqui está o problema.

É comum querermos proteger e privar crianças e adolescentes do uso constante do celular, impor regras para o manuseio e acesso a este tipo de tecnologia. E essa atitude não está errada, pois tais estímulos têm sido como uma bomba para a estrutura cerebral deles; e já têm revelado os seus efeitos nocivos a longo prazo. Mas a questão é o quanto os adultos, responsáveis por essas crianças e adolescentes, não conseguem se desconectar da internet, sempre com o discurso de que é necessário para o trabalho, estudo, quando na verdade se gasta boa parte do tempo nas mídias sociais e afins.

É preciso lembrar que o primeiro comportamento da criança é o imitativo, ou seja, ela reproduz o ato, sem saber exatamente o que significa, e o faz por pura e exclusiva imitação. Sendo assim, seria interessante olhar com muita franqueza o comportamento da família com a tecnologia e, posteriormente, fazer uma análise de quanto as crianças o reproduzem em seu próprio comportamento. Se for honesto, encontrará muito de você neles. Até mesmo o “vício” pela tecnologia, especificamente pelo uso do celular, ficará explícito.

Quanto tempo você consegue ficar sem olhar o celular? Um minuto, dez, trinta? Duas horas? Um período completo, seja manhã, tarde ou noite? E ao acessar, o que tem buscado?

Lembre-se, quando existe o desejo de introduzir bons hábitos familiares e excluir os maus, é o comportamento da família que precisa mudar. É importante reconhecermos nossos limites. Pois é a partir do autoconhecimento que o autodomínio vem, e assim, novos comportamentos são introduzidos, para novos hábitos se firmarem. Não adianta cobrar do outro e não ser exemplo. Mude você primeiro e promova essa mudança coletiva. Você verá que sua ansiedade diminuirá, sua criatividade e memória irão melhorar e enxergará a vida de uma forma que há tempos não via.

*Aline Rodrigues é psicóloga, especialista em saúde mental, e missionária da Comunidade Canção Nova. Atua com Terapia Cognitiva Comportamental; no campo acadêmico, clínico e empresarial.

Uma Igreja aos moldes de Francisco

*Por Alvim Aran

Um tema muito caro para o Papa Francisco é “Uma igreja em saída” que vai ao encontro dos fiéis, principalmente dos mais excluídos (Evangelii Gaudium, Cap I, noº 48), que procure estar presente na vida das pessoas e que não seja uma subcultura dentro de nossa sociedade. O que queremos dizer com subcultura? Por que a igreja se tornaria uma subcultura dentro da sociedade? Partindo dessas duas perguntas, após breve reflexão, pretendemos mostrar uma visão de Igreja partindo de Jesus Cristo e o esvaziamento de sua condição divina assumindo a condição humana.

Paulo, na carta aos Filipenses, mostra de maneira clara um Deus que se faz carne, que assume a condição humana e vem ao encontro daqueles que necessitam (Filipenses 2, 1 – 11), assim como no cap I do evangelho escrito por João (Jo 1, 14). A Igreja que Francisco busca é exatamente essa, uma Igreja que não fica presa em si mesma, mas se abre ao outro e assume a história humana (realidade material-histórica) assim como Jesus fez. Mas para isso é preciso sair das sacristias, de outra forma, é preciso assumir a posição missionária que é a atitude da Igreja por excelência.

Essa missão assumida por todos os batizados e batizadas coloca novamente a Igreja no mundo, na cultura popular e faz com que essa deixe de ser uma subcultura. Com subcultura queremos dizer que a Igreja está fechada em si mesma, não participa da vida concreta do povo de Deus em sua realidade histórica. De outra forma, as pessoas que participam da igreja (mais ativos) são um grupo seleto formado por aqueles e aquelas que estão mais próximos das pastorais.

Sabemos pelas realidades de nossas comunidades que a maioria das pessoas não são procuradas pela Igreja, são elas que procuram o templo ou a paróquia. Temos uma Igreja paroquial centrada na matriz de determinada cidade. E por experiência dizemos que os bairros mais afastados da matriz e da “paróquia” não tem assistência da Igreja, e com isso vemos o aumento das igrejas neopentecostais.

Esse afastamento da Igreja parte do clero, não de todos, mas da maioria acomodada que quer um povo que vai até a Igreja, mas não quer que a Igreja vá até o povo, e também das pessoas que acham no tradicionalismo uma forma de barca segura contra o avanço do mundo, são acostumados com uma Igreja de portas fechada para novas experiências. O novo nos assusta, não nos deixa andar para frente, pois é mais fácil ficar preso a movimentos ultrapassados do que se abrir a novidades.

Com esse movimento antiquado, ao invés de irem enfrentar o mundo, ficam esperando, fazendo uma analogia, a ovelha vir até o pastor e não o contrário. Sendo assim, a Igreja se torna subcultura, um grupo isolado, pois não são todos e todas que procuram ir ao templo e viver a radicalidade de Cristo, ou seja, a Igreja não participa do todo da comunidade, mas apenas de uma parte seleta.

Jesus não foi isolado do mundo, antes se fez presente em nossa realidade “assumindo em tudo a condição humana” (Filipenses 2, 1 – 11). Assim também a Igreja deve ser em tudo igual Jesus, não ficar presa em si, mas ir ao encontro daqueles e daquelas que precisam de ajuda e assumir a causa da libertação do povo de Deus.

Por isso a Igreja em saída é um termo caro para o Papa Francisco, não se pode evangelizar presos em sacristias, casas paroquiais ou templos chiques e caros. É preciso colocar o pé na lama, tirar os sapatos e ir pregar a boa nova anunciada por Jesus. Fazer igual aos primeiros discípulos do Caminho (Como os primeiros cristãos eram chamados), ir ao encontro das pessoas e não esperar as pessoas vir até os cristãos.

São Carlos de Foucauld, nosso irmão universal, rogai por nós.

SOFRER COM O OUTRO

SOFRER COM O OUTRO
Reflexão para o Momento Mariano dos seminaristas de Diamantina

“Sejamos sensíveis ao sofrimento do próximo!”

Pelo sinal…
Caríssimos Irmãos,
Após o anúncio do arcanjo, Maria se depara com um mistério que estava muito além de sua compreensão. Entretanto, embora não compreendendo, ela foi capaz de crer e confiar na graça operante de Deus. E é esta mesma capacidade que a impulsiona a fazer de sua vida a de seu filho, estando sempre ao seu lado em diversas circunstâncias. E isso foi vivido de maneira tão radical que nos últimos instantes de vida do Senhor, lá estava ela, caminhando com ele até o calvário, culminando com ela de pé, aos pés da cruz.

Como Mãe da Igreja, Maria é modelo dos que foram incorporados a Cristo pelo batismo. Ao sermos chamados pelo nome, o Divino Mestre nos convida a vivermos em função dele, assim como fez sua mãe, de forma irrestrita, especialmente na pessoa do irmão. E se queremos abraçar verdadeiramente a vocação sacerdotal, não podemos perder de vista este ponto: enxergar no outro o mesmo Cristo que um dia falou ao nosso coração como falou a Mateus: “Segue-me!”.

Mediante isso, assim como Maria não se manteve indiferente ao sofrimento de seu filho, assim também a dor de nosso próximo não nos pode parecer trivial. Em hipótese alguma a fome, a corrupção, a violência e tantos outros males que reduzem a dignidade do homem nos devem parecer alheias. Parece até um pleonasmo, mas deve doer em nosso coração a dor de nossos irmãos da mesma forma que no coração de Maria foi sentida a morte de Jesus.

Num mundo tão egoísta e insensível como o nosso, dominado pelo individualismo e pelo utilitarismo, corremos o grave risco de fecharmos os nossos olhos para a realidade ou até mesmo nos acostumarmos com o mal. Isso nos deixa mornos no amor e nos arranca da realidade, nos conduzindo para um mundo abstrato em nossas mentes onde isso tudo parece distante de nós, mesmo estando tão perto.

O amor de Maria por seu Filho é a expressão mais palpável do amor materno com que Deus nos ama, por isso supera e significa o sofrimento. É com este mesmo amor que devemos alimentar em nossos corações, um amor inquieto, um amor que não tolera a injustiça, que nos leva a agir com misericórdia. É necessário uma cultura do compromisso e da disponibilidade para assim combatermos a cultura do indiferentismo. Guardemos em nosso coração: Se fomos criados à imagem e semelhança de Deus, a indiferença nos desfigura, pois nos opõe ao seu amor.

Diante da cena do calvário, nos deparamos com diversos tipos de pessoas: curiosos, zombadores e blasfemadores. Estes também se fazem presentes nos nossos dias. Quantas pessoas, que diante do sofrimento do próximo apenas se achega, curiosamente, recolhe informações e se vai? Quantas não são as pessoas que fazem da dor motivo de piada e mais quantas que, julgando-se sinônimos de perfeição, acham-se no direito de serem juízes do outro, de ofender a sacralidade da pessoa por ela estar em uma determinada situação? Eis que a trave da ignorância lhes impede de ver o Cristo crucificado diante delas.

Entretanto, neste cenário de pura maldade que havia no momento da crucificação, lá estava Maria. Eis a chama do amor que crepita em meio ao mal. Assim, também, somos nós convidados a sermos sinais de amor diante do mal e do sofrimento; a sermos luz em meio à escuridão, por mais que as sombras parecem ser mais fortes.

Quando observamos o avanço das trevas, corremos o perigo de perdermos a fé e a esperança da vinda de dias melhores. Aqui também nos fazemos alunos na escola de Maria, mulher que creu e confiou quando tantos não fizeram. Em seu coração, transpassado pela espada de dor, estava acesa a chama da fé. Ela não se conformava que Deus deixaria acabar ali a obra começada.

Assim devemos ser, caríssimos: por mais que pareça difícil, devemos manter viva em nós a chama da fé, para que ela nos guie em meio às sombras. Devemos nos inquietar com as injustiças e com as mazelas deste mundo e confiar na ação de Deus. Ação para a qual quis Ele contar conosco, na disposição de servi-lo com generosidade de coração para juntos ‘fazer acontecer aqui o Seu Reino’.

Ó Maria, ajudai-nos a sermos compassivos diante das necessidades do nosso próximo. Que não sejamos indiferentes às suas dores e necessidades, mas que sejamos movidos pela mesma compaixão que sentistes ao acompanhar os últimos instantes de vida de nosso Senhor Jesus Cristo. Que sejamos sensíveis ao sofrimento do próximo. Amém.

Sílvio Souza Gomes,
seminarista

COISAS QUE NÃO ME DISSERAM SOBRE DEUS

“E como o ciclo natural de tudo o que é existente, o mundo também vai virar pó. Pode ser daqui a algumas décadas ou bilhões de anos, ou, para ser mais preciso, pode ser hoje mesmo. Mas pouco me importa. Não sobrará ninguém para dizer que eu estava certo. Tenho a convicção de que não será como um dilúvio, a explosão do sol, ou algo parecido. Nós mesmos vamos dar fim a isto tudo. Depois da bomba atômica e da pandemia só fiquei em dúvida se não seria muito em breve”

Parece absurdo que quase ao término da teologia se faça uma declaração como estas: o que ainda não foi dito sobre Deus? Diante de uma chuva de informações a qual somos bombardeados torna-se evidente que nutrir uma experiência profunda de Deus é a melhor vacina contra as imagens equivocadas que se propagam por aí, sobretudo a de que Deus seja favorável a guerra. Por isto quis iniciar com esse relato apocalíptico, no sentido mais estrito do termo, afim de revelar que nos períodos de maiores incertezas da humanidade sempre emergiram profetas do caos e literatura deste tipo. Quantos não vociferam calúnias contra Deus a despeito dos males que se abatem sobre nós? Pandemia, conflito entre países, afinal, de quem é a culpa?

Esta é a pergunta que paira no existencial da história humana, a contar pela narrativa de Adão e Eva que personifica a ação impensada de muitos, que ao invés de solucionar crises, superar conflitos, procuram responsabilizar terceiros sem devido exame de consciência. Assim, a guerra em última análise não passa de uma escolha equivocada, porque fere aquele princípio, segundo o qual, fomos criados para viver em harmonia. Nunca é demais, portanto, dizer daquilo que é uma convicção fundamental de nossa fé: o amor de Deus ultrapassa nosso entendimento. Claro, isso não significa nem justifica procrastinação epistemológica. Muito pelo contrário, o desejo de Deus permanece latente em nós e exige, por sua própria força, uma experiência pessoal a partir da qual comprometer-se com a vida do irmão torna-se um desafio que supera todo e qualquer conflito. É este imperativo que determina as relações humanas em seus mais distintos níveis de experiência. E que o papa conclama naquelas palavras: a unidade prevalece sobre o conflito.

Então, é inadmissível que o amor dê lugar ao ódio, que o Reino de Deus seja sucateado pela tirania da violência e que se busque respaldo bíblico para justificar o sofrimento. Talvez nas atuais circunstâncias a que chegamos haja motivos muitos para a suspeita de que estamos nos fins dos tempos. Mas nunca o de se esperar que a ruína de um povo, uma nação ou um país seja desejável aos olhos de Deus. E se teu juízo a despeito deste fato seja contrário, não falamos do mesmo Deus.

Enfim, só quem faz uma experiência além do que é dito pode compreender quem Deus é, porque se você sabe apenas o que te disseram sobre Deus, talvez ainda não O tenha conhecido!

Por Gabriel Ferreira Oliveira,
seminarista

“Eu não merecia não, ser divulgador do céu”.

A música do Padre Zezinho, cuja letra intitula esse texto, revela algo profundo: o verdadeiro discípulo e missionário não evangeliza a partir de suas próprias forças, pois não é seu merecedor; a missão é de Deus.

Fazer parte da vinha, portando um chamado específico não significa pertencer a um estado superior aos demais membros de uma comunidade. Pelo contrário, é serviço constante que favorece a concretização do sonho de Jesus Cristo: todos sejam um (cf. Jo 17, 21). Isso só será possível segundo a intimidade com o Espírito Santo, cuja ação é misteriosa e surpreendente. Nesse sentido, é perceptível que a vocação do missionário não nasce de si mesmo, mas é um dom ofertado gratuitamente por Deus. Cabe ao evangelizador escutar, discernir e se prontificar.

Escutar o Senhor que chama é sentir a mesma convocação feita ao povo de Israel: “escuta Israel! O Senhor é nosso Deus, o Senhor é um. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua força” (cf. Dt 6, 4-5).  O convite feito a Israel é o mesmo que se estende a todos quantos se sentem interpelados pelo anúncio do Reino que, aliás, é para todos. A responsabilidade que nasce do sim dado a Deus será renovada no mesmo altar que ocorreu o chamado, porém, não realizada apenas com sacrifícios (Hb), mas com louvor e ação de graças, porque a vida totalmente ofertada é agradável aos olhos do Senhor.

Discernir o chamado só será possível na intimidade com o Senhor. É por isso que o Deus de Jesus Cristo, o mesmo Senhor e guia de Israel, nunca enviou alguém sem antes convocá-lo à intimidade, pois o missionário não se pertence (Sl 100 (99), 3). Ora! Os doze só são enviados depois de terem com o mestre uma relação de entrega e aprendizado: chamou-os pelo nome, tirando-os dos corriqueiros afazeres (Mt 4, 18-22) para introduzi-los na missão divina cujo centro é a própria Trindade. Quando perguntam ao mestre onde mora, a resposta de Jesus é o indicativo que não se anunciará aos povos outra morada senão aquela que Ele mesmo indicar, por isso exorta: “vinde e vereis” (Jo 1, 39). Assim, o missionário será sempre interpelado a experimentar acolhida nesse lugar, nessa missão sustentada por Deus mesmo.

Depois de se sentir acolhido, ouvindo Aquele que chama, o missionário se perceberá interpelado a discernir a proposta no encontro pessoal com Jesus. Feito isso, poderá responder, colocando-se em prontidão como discípulo e missionário do Evangelho que cura, mas compromete; liberta e novamente inquieta numa tensão cotidiana cujo desejo central é o de ver aquele filho de Deus, sem vez e sem voz, libertado de suas amarras. Contudo, isso não é mérito do missionário, do ministro ou do dirigente da comunidade, pois é a ação do próprio Deus que antes de enviar o missionário, já está presente em todas e quaisquer localidades, denominadas terras de missão. É puro dom e graça! Cabe ao servidor continuar sua missão sem esperar alguma recompensa que lhe afague a vaidade sem desanimar. Porque aquele que chama é fiel e sustenta sempre (1 Ts 5, 24).

Mesmo em meio a esse tripé, pode-se ter algum cristão que ainda maldiga todas as iniciativas em prol do ardor missionário em sua localidade concreta. Entretanto, é importante observar se aquele que se dispõe e está no caminho, colabora com os projetos e sonhos, ajudando a sanar as dúvidas para juntos vencerem as dificuldades que toda a vinha do Senhor apresenta, porque a “missão da Igreja ainda está no começo” como afirma João Paulo II na sua carta encíclica, Redemptoris missio (n.2). E sendo assim, a comunidade evangelizadora ainda é carente de homens e mulheres engajados e que comunguem do mesmo objetivo: levar o evangelho aos que se encontram no cotidiano, mas também àqueles que estão noutros cantos (Mt 28, 19s). Seria bom cantar testemunhando com a vida — “é missão de todos nós, Deus chama, eu quero ouvir sua voz” (música de Zé Vicente)!

Partindo da intrigante verdade cantada por Padre Zezinho, o missionário é chamado por livre iniciativa de Deus, por isso não mereceria ser divulgador do céu. Nesse sentido, o evangelizador não tem méritos frente ao serviço que presta, mas a responsabilidade de anunciar o Evangelho sem reservar-se à vaidade, frisando por vezes os fracassos das iniciativas missionárias. O que se encontra de estabelecido e edificado na missão é fruto da graça sempre operante, mas também do esforço e colaboração de quem verdadeiramente ouviu e quis discernir, comprometendo-se com o convite que lhe foi feito. Cabe, portanto, ao findar o mês tematicamente missionário, um exame de consciência (mea maxima culpa) a todos os missionários, observando se de fato o amor de Deus foi testemunhado, porque diante do que se viu e ouviu não se poderá ficar calado (At 4, 20).

Filipe Ferreira Coelho, 4º ano de Teologia.

REFERÊNCIAS

BÍBLIA SAGRADA. Tradução oficial da CNBB. 2ª ed. 2019.

PADRE ZEZINHO. Cantiga de Sacerdote. Disponível em: <Padre Zezinho, scj – Cantiga de sacerdote – YouTube> acesso em: 24 Out. 2021.

PAPA JOÃO PAULO II. Redemptoris Missio: sobre a validade permanente do mandato missionário. Disponível em: <Redemptoris Missio (7 de dezembro de 1990) | João Paulo II (vatican.va)>  acesso em: 24 Out. 2021.

ZÉ VICENTE. Missão de todos nós. Álbum: Nas horas de Deus amém. Disponível em: <Zé Vicente Ft. Dalva Tenório – Missão de todos nós – YouTube> acesso em: 24 Out. 2021.

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