A Palavra do Bispo

Mensagens e publicações do bispo diocesano, Dom Otacilio Ferreira de Lacerda.

“Caminha conosco, Senhor”

 

Na Liturgia das Horas, encontramos esta oração nas Vésperas da Segunda-feira da Quarta Semana, que nos remete ao Evangelho de Lucas (Lc 24, 13-35).

Esta oração, podemos repeti-la em cada entardecer, certos de que a noite cai lentamente, cedendo lugar ao anoitecer; com o sol poente cedendo lugar à lua, em suas fases naturais:

“Ficai conosco, Senhor Jesus, porque a tarde cai e, sendo nosso companheiro na estrada, aquecei-nos os corações e reanimai nossa esperança, para Vos reconhecermos com os irmãos nas Escrituras e no partir do Pão. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo”.

Supliquemos sempre que o Senhor fique conosco, sobretudo para com Ele solidificarmos nossa amizade e intimidade, de modo especialíssimo em cada Ceia da Eucaristia que participamos.

Supliquemos que Ele fique conosco, em todos os momentos, favoráveis ou adversos, obscuros ou luminosos, opacos ou radiantes de luz, na alegria ou na tristeza, na angústia ou na esperança…

Supliquemos que Ele ficando conosco fortaleça nossa fé, reanime nossa esperança e inflame nossos corações na mais pura e desejável caridade para com nosso próximo, como discípulos missionários Seus, e tão somente assim seremos reconhecidos e identificados.

Ele ficará conosco, sem dúvida, pois é nosso “companheiro na estrada”, companheiro de viagem, ainda que passemos por vales tenebrosos e montanhas de dificuldades; desertos áridos da existência, vencendo as tentações (ter, poder e ser), como Ele venceu, pois com Ele, mais que vencedores somos.

Caminhando com o Senhor, ainda que tenhamos o coração endurecido e sejamos tardios para entender o Mistério de Sua Paixão, Morte e Ressurreição; Sua Palavra nos ilumine e faça arder nosso coração.

Partícipes da Mesa do Senhor, na partilha do Pão da Eucaristia, reconheçamos Sua real presença, como os discípulos reconheceram quando Ele o Pão partiu, e seus olhos se abriram.

A Ele nos dirigimos confiantes, sabemos que Ele vive e Reina com o Pai, na comunhão com o Espírito Santo, a mais perfeita comunhão de amor.
Amém. Aleluia!

Dom Otacilio F. Lacerda http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/caminha-conosco-senhor.html

O mais belo amanhecer

Quantos amanheceres já pudemos contemplar, e quantos ainda poderemos? Mas não há amanhecer como aquele que Maria Madalena viveu, quando ainda era escuro, na madrugada da Ressurreição do Senhor.

A partir daquele amanhecer, iniciou-se o novo tempo, o tempo do anúncio e do testemunho da mais bela Notícia que o mundo possa ouvir, a Ressurreição de Jesus: vive para sempre Aquele que fora morto (Jo 20, 11-18).

Como seria o diálogo de um discípulo (um entre tantos seguidores de Jesus da época), sedento da Vida Nova que o Cristo Ressuscitado nos alcançou, e que desejasse descobrir, de Maria Madalena, a mais bela Notícia, uma vez que ela foi a primeira a testemunhá-la?

Discípulo: Maria o que foste fazer no túmulo de Jesus?

Maria Madalena: fui apenas para estar com Ele, ainda que estivesse morto, mesmo que tivesse que buscá-lo, onde quer que O tivessem colocado. Chorei, inicialmente, porque não havia encontrado o Seu Corpo.

Discípulo: O que faria para encontrá-Lo?

Maria Madalena: Estaria disposta a qualquer sacrifício para realizar o meu desejo, mas se as pessoas corresponderem ao Amor de Deus, tanto mais Deus corresponde e corresponderá ao amor da humanidade.

Discípulo: Não entendi. Então você O encontrou?

Maria Madalena: Sim. Recebi a grande recompensa por tê-Lo amado. Fiz a grande experiência do encontro pessoal com o Ressuscitado, e anunciei a quantos pude esta experiência que me trouxe uma alegria imensurável e indescritível, e que o mundo inteiro não poderia me oferecer e tão pouco conter.

Discípulo: Como os discípulos reagiram ao seu anúncio?

Maria Madalena: A Notícia da Ressurreição do Senhor foi uma surpresa para os discípulos. Embora Ele os houvesse alertado, a Notícia os pegou desprevenidos, por isto a sensação desencontrada de temor e alegria.

Discípulo: Por que temor e alegria?

Maria Madalena: Temor, porque se tratava de avizinhar-se do mundo dos mortos, e as Escrituras proibiam, terminantemente, qualquer prática deste tipo. Alegria, porque renascia a esperança de se reencontrarem com o Amigo querido, que havia sido crucificado, crudelíssima e injustamente. Quanto sofrimento! Que dor indescritível Ele sofreu e nós com Ele.

Discípulo: E o que aconteceu após comunicar aos discípulos o fato acontecido?

Maria Madalena: Foram ao túmulo, Pedro e o discípulo que Jesus amava, e confirmaram o que eu havia dito. O último, embora chegando primeiro, entrou depois, “Viu e Acreditou”. E, assim, foi o início de uma missão que haveria de varar os séculos e se espalhar pelo mundo inteiro.

Discípulo: Então, em que consiste a Ressurreição de Jesus para você e para a Igreja?

Maria Madalena: Constitui o âmago do anúncio evangélico, confiado como missão aos discípulos, quando Ele mesmo comunicou com a Sua presença, colocando-Se no meio deles (reunidos com medo dos judeus), dando o Sopro do Espírito e os enviando a perdoar ou os pecadores reter, como bem descreveu o Evangelista (Jo 20,19-31).

Discípulo: Então, não foi nada fácil para os discípulos e para você o início da Missão?

Maria Madalena: De fato, não. Tivemos que superar todo medo, e só foi possível porque não se consegue conservar apenas para si esta experiência que vivemos. Ela provocou uma reviravolta em nossa existência.

Discípulo: A Ressurreição do Senhor deu a você e aos discípulos uma nova perspectiva de vida?

Maria Madalena: Sem dúvida, porque Jesus Ressuscitou, vale a pena viver, apesar das derrotas e dos fracassos, uma vez que Ele Se tornou penhor de vida e esperança. É preciso sempre anunciar isto ao mundo!

Saindo do diálogo imaginário…

É missão de todos nós, batizados, ser um sinal vivo do Ressuscitado no mundo. Alegres e convictas testemunhas com a mais bela missão de ser sal da terra, luz do mundo, fermento na massa.

Oportuna são as palavras extraídas da “Carta a Diogneto” (escrita no séc. III): “Quando entregues à morte, são vivificados. Na pobreza enriquecem a muitos… São desprezados, mas, no meio de desonras, sentem-se glorificados”. E finalmente: “Para resumir numa palavra: o que é a alma no corpo, são os cristãos no mundo”.

Como Pascais que somos, cremos que cada dia, em cada amanhecer, nasce a Vida, a Força, a Graça e a Luz do Ressuscitado que nos acompanha, iluminando a “noite escura de nossa alma”.   Aleluia! 

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda

em http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/o-mais-belo-amanhecer.html?m=0


 Santa Maria Madalena: “Apóstola dos Apóstolos”

Na Carta da Carta Apostólica “Mulieris Dignitatem”, escrita pelo Papa São João Paulo II (15/08/1988), na Solenidade da Assunção de Maria Santíssima, há uma menção à Santa Maria Madalena que ora retomamos, quando ouvimos a passagem do Evangelho em que ela tem papel fundamental como testemunha da Ressurreição do Senhor.

De fato, as mulheres são as primeiras testemunhas da Ressurreição, como vemos nas passagens dos Evangelhos: Mt 28,1-10; Lc 24,8-11; Jo 20,16-18.

Maria Madalena, é chamada de a “Apóstola dos Apóstolos”, segundo Santo Tomás de Aquino (séc XIII)

“Por isso ela é chamada também ‘a apóstola dos apóstolos’ Maria Madalena foi a testemunha ocular do Cristo ressuscitado antes dos Apóstolos e, por essa razão, foi também a primeira a dar-lhe testemunho diante dos apóstolos.

Este acontecimento, em certo sentido, coroa tudo o que foi dito em precedência sobre o ato de Cristo de confiar as verdades divinas às mulheres, de igual maneira que aos homens” (1).

A exemplo de Maria Madalena, que se pôs a caminho para comunicar a mais bela notícia, a Ressurreição do Senhor, assim também o façamos, sem demora.

Glorifiquemos a Deus, também, pelo protagonismos feminino na missão evangelizadora da Igreja, acompanhado de nossas orações pelas mesmas:

Oremos:

“Ó Deus, o Vosso filho confiou a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria Pascal; dai-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que o Cristo vive e contemplá-Lo na glória de Seu Reino. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”

(1) Carta da Carta Apostólica “Mulieris Dignitatem”, n. 16 – Papa São João Paulo II (15/08/1988),

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda em

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                                                           Procura, reconhecimento e Missão

Ele Vive! Aleluia!

No Evangelho, da Terça-feira da Oitava de Páscoa, é proclamada a passagem que Maria Madalena vai ao túmulo onde Jesus Se encontrava morto, para chorar a Sua ausência (Jo 20,11-18).

Neste relato, encontramos uma tríplice dimensão das narrativas de aparições: iniciativa, reconhecimento e missão.

Madalena procura um morto. Entretanto, o conhecimento do Ressuscitado não se dá no mero encontro com Jesus, que ainda permanece desconhecido, o encontro acontece quando Sua presença se torna apelo “pessoal”: Maria!

Iluminadora a citação do Lecionário comentado:

Nesta página evangélica Maria Madalena passa da condição inicial de imobilidade e de choro junto do sepulcro, para jubiloso movimento conclusivo com o qual anuncia aos discípulos a sua experiência do Ressuscitado…

A estada de Maria junto do sepulcro é o sinal do seu apego a Jesus, e o seu pranto é determinado pela ausência do corpo do Mestre no túmulo” (1)

Somente quando ela faz o gesto de deter Jesus, temos a revelação do pleno sentido do acontecimento: a volta de Jesus ao Pai e a investidura para a missão do anúncio aos irmãos. Da iniciativa ao reconhecimento, do reconhecimento à missão!

O propósito do Evangelista é levar-nos a compreender o novo modo de presença do Senhor, bem como um o novo modo de entrar em contato com Ele.

Também tem o claro propósito de nos indicar que o novo modo de presença do Senhor entre nós, funda-se a Seu novo modo de “estar com o Pai”, glorioso, ainda que não tenha subido para junto do Pai (v. 17):

“Maria não deve deter Jesus, como se Ele tivesse regressado à vida terrena. O Filho, pelo contrário, entrara na comunhão com o Pai, e ela é enviada a anunciar que esta comunhão é oferecida também aos discípulos.

A estes Maria proclama agora a sua fé: ‘Vi o Senhor’ e leva-lhes a mensagem Pascal” (2)

Sendo nossa fé Pascal, é tempo de exultarmos de alegria, porque a tristeza, o desânimo e o medo cederam lugar à alegria, à esperança e à coragem.

É tempo de, renovadas as forças no Mistério Pascal celebrado, nos tornarmos alegres testemunhas de Jesus Cristo Ressuscitado, renovando compromissos com uma humanidade nova, pacificadora e justa.

É Páscoa! Ele caminha conosco, vivo e vitorioso. Prantos e lamentos haverão de dar lugar, em nosso coração, à alegria, à exultação, e palavras trocadas de mútua ajuda, para que jamais recuemos na fé.

De fato, a Páscoa do Senhor não dispensa nossos compromissos batismais, antes, são renovados e fortalecidos.

Aprendamos com Maria Madalena a passar da procura ao reconhecimento, e deste à Missão de testemunhar que Ele Vive, Ele Reina. Eis a nossa Missão! Aleluia! Aleluia!

PS: Fonte de pesquisa: Missal Cotidiano – pp. 338-339

(1)          Lecionário Comentado – p. 378.

(2)         Lecionário Comentado – p. 379.

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda em

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Santa Maria Madalena:

Que amor, que amizade invejável!

Na terça-feira da oitava da Páscoa, ouvimos a passagem do Evangelho (Jo 20,11-18), proclamado dia 22 de julho, quando celebramos a Memória de Santa Maria Madalena.

Maria Madalena foi mencionada entre os discípulos de Cristo, esteve presente ao pé da Cruz e mereceu ser a primeira a ver o Redentor Ressuscitado, na madrugada da Ressurreição (Mc 16,9).
Através da Homilia do Papa São Gregório Magno (séc. VI), revemos como Maria Madalena sentia o desejo de encontrar a Cristo, que julgava ter sido roubado, e assim renovemos mesmo amor pelo Cristo Ressuscitado.
“Maria Madalena, tendo ido ao sepulcro, não encontrou o corpo do Senhor. Julgando que fora roubado, foi avisar aos discípulos. Estes vieram também ao sepulcro, viram e acreditaram no que a mulher lhes dissera.
Sobre eles está escrito logo em seguida: Os discípulos voltaram então para casa (Jo 20,10). E depois acrescenta-se: Entretanto, Maria estava do lado de fora do túmulo chorando (Jo 20,11).
Este fato leva-nos a considerar quão forte era o amor que inflamava o espírito dessa mulher, que não se afastava do túmulo do Senhor, mesmo depois de os discípulos terem ido embora.
Procurava a quem não encontrara, chorava enquanto buscava e, abrasada no fogo do seu amor, sentia ardente saudade d’Aquele que julgava ter sido roubado. Por isso, só ela O viu então, porque só ela O ficou procurando.
Na verdade, a eficácia das obras está na perseverança, como afirma também a voz da Verdade: Quem perseverar até o fim, esse será salvo (Mt 10,22).
Ela começou a procurar e não encontrou nada; continuou a procurar, e conseguiu encontrar.
Os desejos foram aumentando com a espera, e fizeram com que chegasse a encontrar. Pois os desejos santos crescem com a demora; mas se diminuem com o adiamento, não são desejos autênticos.
Quem experimentou este amor ardente, pode alcançar a verdade. Por isso afirmou Davi: Minha alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? (Sl 41,3). Também a Igreja diz no Cântico dos Cânticos: Estou ferida de amor (Ct 5,8). E ainda: Minha alma desfalece (Ct 5,6).
Mulher, por que choras? A quem procuras? (Jo 20,15). É interrogada sobre o motivo de sua dor, para que aumente o seu desejo e, mencionando o nome de quem procurava, se inflame ainda mais o seu amor por Ele.
Então Jesus disse: Maria (Jo 20,16). Depois de tê-la tratado pelo nome comum de mulher sem que ela o tenha reconhecido abertamente: Reconhece Aquele por quem és reconhecida. Não é entre outros, de maneira geral, que te conheço, mas especialmente a ti.
Maria, chamada pelo próprio nome, reconhece quem lhe falou; e imediatamente exclama: Rabuni, que quer dizer Mestre (Jo 20,16).
Era Ele a quem Maria Madalena procurava exteriormente; entretanto, era Ele que a impelia interiormente a procurá-Lo.” (1)
Santa Maria Madalena: que amor, que amizade!
Imitemo-la!
Procuremo-Lo!
Que nosso amor e amizade pelo Senhor
seja de tamanha intensidade e profundidade,
que O testemunhemos Vivo e Ressuscitado,
com renúncias quotidianas necessárias,
na fidelidade plena no carregar de nossa cruz!
Eis o verdadeiro amor que haveremos de
testemunhar por Cristo Jesus!
Aleluia! Aleluia!
 (1) Lit. Horas – Vol. III – pág. 1435-143
Dom Otacilio Ferreira de Lacerda
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Crer no Ressuscitado é buscar as coisas do alto!

Crer no Ressuscitado é buscar as coisas do alto!

Quem nunca se encantou diante da beleza de uma montanha? Não por acaso, ela aparece na Bíblia como lugar da manifestação de Deus, quando Moisés recebeu a tábua dos dez Mandamentos; Jesus se transfigurou diante dos discípulos…

A vocação cristã consiste em permanente subida à montanha sagrada para ouvir o Filho amado de Deus, sem fixar tendas no topo da montanha, mas descer a planície, ao quotidiano, enraizando esta Palavra, com renovado ardor no anúncio, no serviço, diálogo ecumênico e profundo com o mundo.

Mas diante desta montanha, podemos três posturas, que revelarão nossa identidade: os pessimistas, os medíocres e os corajosos, como nos disse um grande Teólogo, a partir de uma bonita metáfora:

“Imaginemos um grupo de excursionistas que partiram à conquista de um cume difícil, e olhemos para eles algumas horas depois da partida. Naquele momento, podemos presumir sua comitiva dividida em três tipos de indivíduos.

Alguns lamentam ter deixado o albergue. As fadigas, os perigos parecem-lhes sem proporção com o interesse do sucesso. Decidem regressar. a outros não lhes desagrada ter partido.

O panorama é belo. Mas, para que subir ainda? Não seria melhor desfrutar da montanha onde se está, no meio aos prados ou em pleno bosque?

E deitam na grama ou exploram as vizinhanças, esperando a hora do piquenique. Outros finalmente, os verdadeiros alpinistas, não tiram os olhos do cume que se prometeram conquistar. e retomam a subida. Queremos então ser felizes?

Deixemos retornar os cansados e os pessimistas. Deixemos os gozadores estender-se burguesamente na ladeira. E agreguemo-nos, sem hesitação, ao grupo daqueles que querem arriscar a escalada, até o último degrau. Para frente” (Pe. Teilhad de Chardin – Sulla felicitá –pp.28-29).

Tudo isto nos remete às belíssimas palavras de Paulo: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas do alto, e não nas da terra, pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus” (Cl 3,1-3). No topo da montanha O Filho amado nos diz o que são as coisas do alto: o amor, a fraternidade, o perdão, a acolhida, a solidariedade, a comunhão entre as pessoas e com todo o Universo…

Neste tempo de Páscoa mais uma vez somos convidados (as) a Celebrar a Ressurreição de Jesus. A presente reflexão tem a modesta pretensão de nos provocar diante da “montanha”.

Qual atitude tomaremos?

Somente com atitudes corajosas é que poderemos, no topo da montanha, contemplar o rosto do Ressuscitado e ressuscitar com Ele, não fugindo da cruz de cada dia a que fomos convidados a tomar e carregar, fazendo renascer entre nós relações evangélicas de ternura, para que a Igreja e o mundo sejam mais humanos, revestidos de beleza e alegria!

Assim a luz do Ressuscitado brilhará, a partir de pequenos e grandes gestos de amor, concretizando a devoção que mais agrada a Deus que é a dedicação aos necessitados.

E na Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã, renovamos nossas forças, para subir e descer a montanha incansavelmente para que nosso testemunho nos assegure vida plena, com dignidade e esperanças renovadas…

É Páscoa!

Busquemos as coisas do alto! Subamos a montanha! Não tenhamos medo!

“Levantem as mãos cansadas e fortaleçam joelhos enfraquecidos. Endireitem os caminhos por onde terão que passar, a fim de que o que é aleijado não manque, mas seja curado”! (Hb 12,12-13).

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda em

http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/crer-no-ressuscitado-e-buscar-as-coisas.html?m=0


 

” Ele Ressuscitou. Não Está aqui.”

 

“Ele Ressuscitou. Não está aqui.”

No primeiro dia da semana, ao nascer do sol, Maria Madalena e Maria, mãe de Tiago e Salomé, tendo comprado perfumes para a unção do corpo de Jesus, tiveram a grande surpresa da pedra muito grande do túmulo removida e apenas encontraram um jovem que assim falou:

Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré que foi crucificado? Ele Ressuscitou. Não está aqui. Vede o lugar onde O puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que Ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá O vereis, como Ele mesmo tinha dito” (Mc 16,6-7).

Tendo vivenciado, com empenho e intensidade, o itinerário Quaresmal, e ressoando a Boa-Nova contemplada na proclamação da Vigília Pascal, demos os primeiros passos para o novo itinerário Pascal, na preparação da grande Festa de Pentecostes, o nascimento da Igreja e a comunicação do dom do Espírito Santo, que a conduz com os sete dons.

Voltemo-nos à Palavra dirigida àquelas mulheres no mais belo e radiante amanhecer: “Ele Ressuscitou. Não está aqui”. Não está morto e inerte no túmulo.

Não ficaria morto e derrotado Aquele que nos amou até o fim. A escuridão experimentada pela morte de Jesus foi transformada na mais plena e perfeita luminosidade: a luz do Ressuscitado, que ilumina os caminhos sombrios da história.

“pedra muito grande” do túmulo foi removida, ou seja, nada pode impedir a ação de Deus vivo e verdadeiro, que não abandonou Seu Filho, mas O ressuscitou, glorificando-O, e fazendo com que Ele se sentasse à Sua direita, para reinar sobre todos os povos, em todos os tempos: Juiz dos vivos e dos mortos.

Tendo ressuscitado, confia-nos a continuidade de Sua missão; tendo passado pela morte, em amor intenso e imenso por nós, agora vive junto do Pai, e está presente em nosso meio com o envio do Seu Espírito, que nos assiste nesta divina missão.

Vivamos o Tempo Pascal como tempo do transbordamento da alegria que se percebeu em nosso coração ao celebrarmos o Sábado Santo e o Domingo da Páscoa: o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim de nossa vida, é o vencedor.

Que a nossa alegria seja percebida do mesmo modo como os discípulos se manifestaram ao sentir a presença do Ressuscitado. Como os apóstolos, Pedro e o discípulo que Jesus amava, corramos ao encontro da Boa Notícia: o Senhor Ressuscitou.

Quem O ama, corre ao seu encontro, vê os sinais de Sua Ressurreição e acredita. Acreditando, anuncia e testemunha, esforçando-se em buscar as coisas do alto onde Ele habita gloriosamente, sentado à direita de Deus (Cl 3,1-2).

Não houvesse Jesus Ressuscitado, vazia seria nossa pregação, ilusória seria a nossa fé, seríamos falsas testemunhas de Deus, como afirmou o Apóstolo Paulo (1 Cor 15,14-15).

“Ele Ressuscitou. Não está aqui”. Este acontecimento mudou o rumo da história. Agora é o nosso tempo, tempo de missão, de fazer o mesmo caminho que fizeram as primeiras testemunhas do Ressuscitado: comunicar Sua Palavra, para a Páscoa de um mundo marcado pela tristeza, desânimo, medo, violência, e outros tantos sinais de morte, para a alegria transbordante, à esperança, à coragem, à paz e à vida plena.

“Ele Ressuscitou. Não está aqui”. Sejamos, pois, sinais de Sua presença viva, em todos os âmbitos de nossa vida. Feliz Páscoa! Aleluia.

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda

http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/ele-ressuscitou-nao-esta-aqui.html?m=0

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“DAR RAZÃO DE NOSSA ESPERANÇA”

Estejam sempre preparados para responder a

qualquer que lhes pedir a razão da esperança

que há em vocês.” (1Pd 3, 15)

Esperança é como uma frágil semente, que precisa ser cuidada e semeada no chão dos acontecimentos, para que floresça e dê frutos que levem à saciedade, e mais que isto, à certeza de que fomos bem alimentados.

A esperança é a construção da própria existência na base sólida da Palavra de Deus, nutrindo-se pelo Pão de Eternidade, que é o Cristo Senhor, que Se dá a nós no Banquete da Eucaristia, toda vez que dele participamos.

Sua solidez não permite confundir com esperanças aéreas, imaginosas, ou frutos especulativos de nossa fantasia, de nossos enganos, ilusões que não contribuem para que alcancemos o melhor que Deus tem para cada um de nós.

Como pássaros, que batem suas asas para voo certeiro ao encontro do alimento, do filhote ou do ninho, dos seus semelhantes para sobreviverem, a esperança é o adejar das asas de nossa alma para encontros com a vida, com os sonhos, com nossas conquistas…

Cultivar a esperança sempre, sem permitir a perda das utopias, convictos de que o céu sombrio tem sua provisoriedade, e que dias melhores sempre haverão de vir.

Não permitamos a morte da esperança, não nos aliemos aos que promovem o seu cortejo, não a sepultemos no vale dos que nada mais esperam, nada mais buscam, porque ela já não mais vive em seu interior, num vazio absurdamente entristecedor e enlouquecedor.

Não percamos jamais a esperança, para que nossos dias não sejam avaramente contados, sem voos anunciados nas asas da esperança, que nos levam ao encontro das coisas do alto onde habita Deus e que devemos sempre buscar, como tão bem falou o Apóstolo (Cl 3,1-4).

Que não se mate a esperança,

Que não matemos a esperança.

Demos sempre razão de nossa esperança.

Há motivos para crer, há motivos para esperar…

Temos fé, e ainda mais,

Somos discípulos e testemunhas

D’Aquele que, por Sua Morte e Ressurreição,

Vem ao encontro de nossa fragilidade,

Humana debilidade…

Ele vem para nos ensinar que

Fé aliada à esperança,

De braços com a caridade

Mundo Novo, Reino presente entre nós veremos,

Novo céu e Nova terra buscaremos e alcançaremos.

Com Ele para sempre viveremos,

A Ele toda honra, glória, poder e louvor

Para sempre cantaremos.

Amém. Aleluia!

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda

http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/dar-razao-de-nossa-esperanca.html?m=0


Páscoa: alargar os horizontes do amor!

Celebramos o maior dos Mistérios do Amor de Deus: A Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor, e toda a Igreja está vivendo dias do transbordamento desta alegria: Cristo Ressuscitou. Aleluia!

Aclamamos e cantamos com as comunidades em cada Eucaristia, memorial permanente deste amor que desconhece medidas, horizontes…

O Círio Pascal aceso comunica este mistério central da fé Cristã: A luz de Cristo iluminou e ilumina a humanidade.

O sopro vital de Deus não permitiu que a maldade humana prevalecesse, e Deus, num ato de puro amor, abriu a terra e escancarou-a para o céu, Ressuscitando o Seu Filho.

A onipotência do amor de Deus falou mais alto que a prepotência da maldade humana.

No mistério da morte da Cruz de Nosso Senhor se deu o encontro de três pessoas eternas:

O eterno Amante que é o Pai,

O eterno Amado que é o Filho, e

O eterno Amor que é o Espírito Santo.

A Cruz não foi o mistério da solidão, do abandono, da desilusão, do fracasso… Muito pelo contrário, foi a consumação de um encontro eterno de Amor pela redenção da humanidade, na fidelidade, humildade, confiança e despojamento.

Pela Cruz fomos reconciliados, iluminados. Foi-nos apontado o caminho do amor, o único e essencial.

Se pelo imenso amor Jesus foi fiel até o fim, Deus pelo Seu imenso amor, não poderia fazer outra coisa: Ressuscitou Seu Filho.

E os discípulos em todo tempo, deverão empenhar-se em testemunhar com semelhante amor que a Vida venceu a Morte, pois Deus tem sempre a última Palavra.

Crer no Ressuscitado é trilhar o caminho do amor por Ele proposto.

A Boa Nova da Ressurreição é motivo de transbordarmos de alegria, mas não significa que tudo está realizado: há muitos sinais de morte que clamam por Páscoa/passagem…

Como Igreja, sejamos fortalecidos na caminhada pastoral, rejuvenescendo em cada coração maior amor à Igreja.

Esta Boa Nova nos inquieta frente aos desafios da cidade, não permite acomodações, recuos…

Há clamores que anseiam por respostas a fim de que a paz não seja apenas um sonho, mas realidade; para que a vida e a alegria sejam estampadas em cada olhar e o sorriso nos lábios anuncie que está irrompeu e irromperá sempre a madrugada da Ressurreição!

Quando a pedra do túmulo foi removida, ao mundo foi anunciado: o túmulo não pôde reter o vivente (Ap 1,18).

Sepulcro vazio e coração transbordante do Amor de Deus transformado pela vida nova do Ressuscitado. Este amor que nos preenche, renova-nos, faz-nos chegar primeiro às situações diversas, pois quem ama chega primeiro.

É tempo de buscarmos as coisas do alto; as coisas celestes, pois se com Cristo morremos, também com Ele Ressuscitamos.

Páscoa é sempre tempo de alargar os horizontes do amor, pois como disse o Papa Emérito Bento XVI “o horizonte do amor é verdadeiramente infinito!”

No ápice da escuridão da noite,

anuncia-se a chegada de um novo dia!

A escuridão de nossa noite é sempre

iluminada com o esplendor da Ressurreição!
Aleluia!

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“Livrai-nos, Senhor, do delírio de onipotência”

Ultrapassar os limites da condição humana é a grande tentação que vem desde o Éden, o grande pecado de nossos pais, que herdamos e que, como possibilidade, todos também o temos.

Quantas vezes se coloca de lado o Projeto d’Aquele que nos criou, para se seguir os próprios caprichos e astúcias, dando ouvido e asas aos desejos nem sempre pronunciáveis e desejáveis.

Quantas vezes a ilusão toma conta de nosso coração, com pretensa promessa de realização pessoal e solidificação da felicidade plena.

Quantas vezes o delírio de onipotência cega a humanidade, fazendo suas vítimas (holocaustos, promoção da miséria, guerras, discriminações, exclusões), vilipendiando a dignidade e sacralidade da existência humana.

Delírio de onipotência!

Crudelíssimo delírio que nos afasta da Verdadeira Onipotência: Deus. Afastamento que traz consigo consequências nefastas, e mais que indesejáveis, numa palavra: deploráveis.

Deste modo, nos perguntamos: quem melhor do que Maria, que lutou corajosamente contra a serpente e o mal, para nos ensinar a tornar a desejada libertação um fato em nossa vida?

Maria também travou uma luta interior contra o mal. Teve de ultrapassar as mesmas dificuldades e tentações na realização do plano de Salvação de Deus para a humanidade. Mesmo concebida sem a mancha do pecado, da desobediência, da infidelidade. Ainda que Imaculada Conceição.

Maria tão humana, inteiramente sim para Deus.

Maria tão humana, inteiramente para a vontade divina.

Que nossa devoção consista em imitá-la em tamanha fidelidade, somente assim, estaremos libertos do terrível delírio de onipotência e de suas marcas de pecado.

Assim vivendo, estaremos preparando verdadeiramente a chegada do Senhor, para celebrarmos a maior de todas as alegrias que possamos sentir: O Nascimento do Redentor; d’Aquele que visibilizou e visibiliza a Onipotência da Misericórdia Divina.

Quanto mais nos abrirmos para a Divina Onipotência, mais libertos seremos do desejo de onipotência, que, paradoxalmente, nos fragiliza.

Oremos:

Livrai-nos, Senhor, do delírio de onipotência, que nos cega, nos faz prisioneiros de nós mesmos, de nossos interesses, desejos, cobiça, presunção, petulância.

Livrai-nos, Senhor, do delírio de onipotência, que rompe os laços sagrados da fraternidade.

Livrai-nos, Senhor, do delírio de onipotência, que nos afasta de Vós, que Se faz e quer fazer-Se tão próximo e íntimo a nós.

Livrai-nos, Senhor, de todo delírio de onipotência; Vos pedimos com o coração contrito e confiante em Vossa misericórdia. Amém.

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda  em http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/livrai-nos-senhor-do-delirio-de.html?m=0


“O Senhor derrubou do trono os poderosos”
A história da humanidade já escreveu páginas execráveis com milhões de vítimas, sangue derramado de inocentes, por causa do delírio de onipotência.
Este delírio já cegou, não poucas vezes, a humanidade, multiplicando suas vítimas, com holocaustos; promoção insana da miséria; guerras fratricidas; discriminações abomináveis e exclusões indesejáveis, vilipendiando a dignidade e sacralidade da existência humana, desde sua concepção até seu declínio natural.
É sempre necessário vencer a grande tentação da condição humana,  que vem desde o Éden, o grande pecado de nossos pais, a herança que todos participamos pelo pecado original, que nos marca quando do nascimento.
Vigilância se faz necessário para que a ilusão não se sedimente em nossa mente e coração, com ilusórias promessas de realização em todos os âmbitos da vida, como promessa de felicidade plena.
Abertura ao Espírito e escuta de Sua voz são fundamentais para que compreendamos e realizemos o Projeto d’Aquele que nos criou, com o abandono de caprichos e astúcias pessoais que possam nos cegar ou nos fazer surdos aos clamores que sobem aos céus, fazendo-nos dar vida e força às asas de desejos indesejáveis e impronunciáveis.
Oremos:
Senhor, Vos pedimos que nos livreis do delírio de onipotência que nos cega, nos faz prisioneiros de nós mesmos, asfixiados pelos interesses mesquinhos, desejos, cobiça, presunção e petulância.
Senhor, libertai-nos do delírio de onipotência, pois, ainda que não percebamos, ele rompe os laços sagrados da fraternidade, afastando-nos de Vós, que quereis ser e sois tão próximo e íntimo a nós.

Senhor, queremos com Vossa Mãe, Maria, lutar corajosamente contra a serpente e o mal, para que sejamos livres de todas as amarras, pois foi para a liberdade que nos libertastes.

Senhor, com Vossa Mãe, queremos também fortalecer nossa luta interior contra o mal, ultrapassando as mesmas dificuldades e tentações na realização do plano de Salvação que tendes para nós.
Senhor, com Vossa Mãe, concebida sem a mancha do pecado, da desobediência, da infidelidade, o mais perfeito modelo de amor,  fidelidade e atitude, também queremos amar-Vos e testemunharmos como discípulos missionários Vossos.
Senhor, com Vossa Mãe, tão humana e inteiramente sim para Deus; também o mesmo queremos fazer.
Senhor, concedei-nos a graça de que a devoção à Vossa Mãe consista em imitá-la em suas incontáveis virtudes,  libertos do terrível delírio de onipotência com suas faces maculadas de pecado.
Senhor, afastai o perigo da onipotência humana, que nos aprisiona e nos mergulha no mar do pecado, e mergulhemos no Mar de Vossa pela Onipotência de Misericórdia.
Senhor, contando com a onipotência suplicante de Vossa Mãe Maria, preparando assim, Vossa vinda gloriosa, assistidos pelo Vosso Espírito, em plena fidelidade ao Projeto de Vosso Pai. Amém.

Luzes para nossas famílias

Vivendo a Semana Santa e o tempo de quarentena e isolamento social necessário, para que vençamos a pandemia, nossas famílias estão mais reunidas, e como Igreja Doméstica, em oração.

Vivemos um tempo de graça para solidificação e santificação de nossas famílias; de redescobrir a sua importância, como espaço de novos relacionamentos e amadurecimento em valores sagrados que não podem ser esquecidos ou relegados à indiferença.

Neste sentido, ofereço este Hino escrito pelo Diácono e Doutor da Igreja, Santo Efrém, o Sírio (séc. IV), para que às famílias o rezem. Creio que a família que se encontra e reza, é de fato, uma Igreja doméstica, e nela, a luz de Deus brilha mais forte.

Proponho um exercício espiritual em família: cada um escolhe uma estrofe, e compartilha em diálogo orante, num enriquecimento mútuo.

“1. Veio o Mestre de todos, em Seu amor pelos obstinados, e permaneceram em sua obstinação. Embora Ele os tenha advertido, perseguiram sem inteligência ao tesouro das inteligências.

  1. Maravilho-me de Tua misericórdia, que derramaste sobre os maus; de como empobreceste Tua glória para enriquecer nossa pobreza; para que sejamos, com nossos tesouros, companheiros dos anjos.
  1. Tão perfeito é em Sua bondade, que, além de ensinar, pagava um salário ao aflito Adão, a quem curou. Curou-lhe, e assim Adão aprendia. Aquele que aprendia recebeu o salário, o que aprendia quando era curado.
  1. Levou a humanidade à Sua perfeição com tudo o que teve que suportar. Quando era ferido, ensinava; quando sofria, fazia promessas. Foi capturado como uma ovelha, para assim confirmar Suas promessas.
  1. Aquele que julga os juízes foi interrogado e julgado, no lugar de quem havia feito o mal. Na verdade, no lugar dos ímpios foi interrogado o Justo. Glória ao que Lhe enviou!
  1. Quando o Bom, em Seu amor, entrou para ser julgado em lugar dos maus, este foi o prodígio: que condenaram a Ele, em vez de a si mesmos. Eles, com Suas próprias mãos, crucificaram-Lhe, em vez da sua maldade.
  1. Quando Se entregou a eles, para que vivessem por Sua morte, foi como o cordeiro no Egito, que dava vida porque era símbolo de seu Senhor. Assim também Ele foi morto, e, em Seu amor, redimiu aos que Lhe matavam.
  1. Como Adão se extraviou pecando no paraíso, na terra das delícias, o justo, em seu lugar, foi arrastado ao tribunal, na terra dos suplícios.
  1. Vede! O Bom veio para levar os justos à perfeição, que foram portadores de seus símbolos. É Ele, com sua plenitude, quem levou em seu corpo a perfeição para seus irmãos como a membros seus.
  1. Assim como Adão em seu corpo matara aos viventes, assim, conforme Aquele modelo, mediante o corpo d’Aquele que a tudo aperfeiçoa, os justos alcançaram a perfeição, e os pecadores encontraram misericórdia.
  1. O Vitorioso desceu para ser vencido, mas não por Satã. A este o venceu e lhe afogou. Foi vencido pelos que O crucificaram: Ele venceu com Sua justiça, e foi vencido por Sua bondade.
  1. Venceu ao Forte, e foi vencido pelos fracos. Crucificaram-Lhe, porque Se deu a Si mesmo, e foi vencido para assim vencer. Venceu em Suas tentações, e foi vencido por Suas entranhas de amor.
  1. Venceu a Satã no deserto, quando veio a provocar-Lhe. Foi vencido por Satã na terra dos homens, quando Lhe crucificou. Mas ao ser morto, o matava, para vencer-lhe até em Sua própria derrota.
  1. A Sabedoria que a tudo aperfeiçoava, que brincava com os meninos, fazia perguntas aos simples, e disputava com os escribas, deu a todos inteligência, em todos semeou a verdade.
  1. A Sabedoria de Deus desceu para viver entre os néscios. Com Sua instrução, oferecia sabedoria, com Sua explicação, iluminava. Em paga de Seus auxílios esbofetearam-Lhe as faces.
  1. O Bom, em Sua bondade, desceu aos maus. Pagou Aquele que não tinha dívidas, cobrou o que não tinha emprestado. Foram-Lhe ingratos nas duas coisas: pois Lhe despojaram, e também Lhe pagaram.
  1. O Bom assumiu a carga e carregou a outros, ambas as coisas são um prodígio: Enquanto Ele nos carregava com a verdade, carregou nossa iniquidade sobre Si mesmo. Os necessitados carregaram com suas riquezas, e lhe carregaram com os seus pecados.
  1. O Bom mostrou Seu carinho aos crucificadores em Seus filhos, que Ele havia levado nos braços e abençoado. Um só foi o símbolo de todos eles: Quando recebeu o beijo, morderam-No com a boca do ladrão.
  1. O erro daquele povo radica na esperança, e tem colocado seu olhar nos sacrifícios. É uma impiedade que, depois daquele Cordeiro de Deus, ainda sigam oferecendo sacrifícios”.

Não percamos tempo com coisas que podem nos ocupar, mas não preenchem nosso espírito, e tão pouco nos fortalecem no bom combate da fé.

Urge que cada vez mais nossas famílias bebam das divinas fontes da Tradição da Igreja, bem como se nutram da Palavra Divina e se fortaleçam dia a dia na comunhão espiritual participando das Missas pelos mais diversos meios de Comunicação Social.

Ninguém nos amou como Ele

 

Contudo um dos soldados

Lhe furou o lado  com uma lança,

e logo saiu Sangue e Água” (Jo 19,34)

Hoje, dia em que celebramos a Paixão e Morte do Senhor, a Igreja nos enriquece com a Catequese do Bispo São João Crisóstomo (séc. IV) sobre o poder do Sangue de Cristo.

“Queres conhecer o poder do Sangue de Cristo? Voltemos às figuras que o profetizaram e recordemos a narrativa do Antigo Testamento: Imolai, disse Moisés, um cordeiro de um ano e marcai as portas com o seu sangue (cf. Ex 12,6-7).

Que dizes, Moisés? O sangue de um cordeiro tem poder para libertar o homem dotado de razão? É claro que não, responde ele, não porque é sangue, mas por ser figura do Sangue do Senhor.

Se agora o inimigo, ao invés do sangue simbólico aspergido nas portas, vir brilhar nos lábios dos fiéis, portas do templo dedicado a Cristo, o Sangue verdadeiro, fugirá ainda mais para longe.

Queres compreender mais profundamente o poder deste Sangue? Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou. Começou a brotar da própria Cruz, e a sua origem foi o lado do Senhor.

Estando Jesus já morto e ainda pregado na Cruz, diz o Evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-Lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu Água e Sangue: a Água, como símbolo do Batismo; o Sangue, como símbolo da Eucaristia.

O soldado, traspassando-Lhe o lado, abriu uma brecha na parede do Templo Santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este Cordeiro. Os judeus mataram um Cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício.

De Seu lado saiu Sangue e Água (Jo 19,34). Não quero, querido ouvinte, que trates com superficialidade o segredo de tão grande Mistério. Falta-me ainda explicar-te outro significado místico e profundo. Disse que esta Água e este Sangue são símbolos do Batismo e da Eucaristia.

Foi destes Sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo Batismo e pela Eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de Seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.

Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere, aludindo ao lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, também Cristo, de Seu lado, nos deu a Água e o Sangue para que surgisse a Igreja. E assim como Deus abriu o lado de Adão enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a Água e o Sangue durante o sono de Sua Morte.

Vede como Cristo Se uniu à sua esposa, vede com que Alimento nos sacia. Do mesmo Alimento nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor natural, alimenta com o próprio leite e o próprio sangue o filho que deu à luz, também Cristo alimenta sempre com o Seu Sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.”

Com esta Catequese, sejamos mais uma vez elevados com as maravilhas que Deus realiza em nosso favor, porque é bondoso, compassivo, clemente e cheio de misericórdia.

Façamos deste dia de silêncio, Oração, jejum, recolhimento, ocasião propícia para vivermos intensamente o Tríduo Pascal, ontem iniciado com a Missa da Ceia do Senhor, em que Jesus instituiu a Eucaristia, como memorial da Nova e Eterna Aliança, também instituiu o Sacerdócio e o nos deu o Seu Novo Mandamento: “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”.

Com a contemplação dos Mistérios Dolorosos, seja  profundamente tocada nossa alma, para que renovemos nosso compromisso com os crucificados da história, que possuem tantos rostos e nomes.

Contemplemos, de modo especial, o Coração trespassado do Senhor, do qual nascemos e nos nutrimos: Água que é como soro do pericárdio ou exsudação pleural. O que mais, por nós, poderia Deus ter feito? Quem suportaria tanta dor, senão movido por um Amor que nos ama e nos ama até o fim?

Retomemos as palavras do Bispo:

“Estando Jesus já morto e ainda pregado na Cruz, diz o Evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-Lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu Água e Sangue: a Água, como símbolo do Batismo; o Sangue, como símbolo da Eucaristia”.

Seja este dia favorável para meditação sobre o Supremo Amor de Deus pela humanidade, que de tanto Amor não poupou o próprio Filho, para que, n’Ele crendo, alcancemos a Vida Eterna.

Deste modo, não nos ocupemos por demais em compreender o Amor de Deus, mas muito mais em vivê-lo, pois somente amando a Deus como Ele nos ama é que encontraremos a felicidade. Somente nos amando mutuamente, como Deus nos ama, é que viveremos a desejada fraternidade.

Mistério da Paixão e Morte contemplado, acreditado e vivido num contínuo movimento, edificando a Igreja e escrevendo uma nova História, confessando o Cristo que não foge da Cruz, mas a assume para a redenção da Humanidade.

Mistério da Paixão e Morte, assim vivido tão intensamente, é certeza de que a fraqueza dará lugar à força divina, a escuridão cederá lugar à luz e a morte à vida.

Caminhemos em passos silenciosos, mais que meditativos, contemplativos, para que possamos exultar de alegria na madrugada da Ressurreição, entoando o grande Aleluia!

Postado por Dom Otacilio F. Lacerda em

http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/ninguem-nos-amou-como-ele.html?m=0

Oração para o Ministério Presbiteral

Senhor Jesus Cristo, Pontífice da Nova e Eterna Aliança,

a quem o Pai ungiu com o Espírito Santo,
revestindo-me de poder,
guardando-me  para a santificação do povo fiel,

e assim oferecer a Deus o Santo Sacrifício.

Que, recebendo a oferenda do Povo Santo para apresentá-la a Deus,

eu tome sempre consciência do que vou fazer
para por em prática o que vou celebrar,
conformando minha vida ao Mistério da Cruz do Senhor.

Senhor Jesus Cristo, com a Igreja,
renovo em cada Eucaristia o Sacrifício da Redenção humana,
servindo aos fiéis o Banquete da Páscoa,
presidindo o Povo de Deus na caridade,
alimentando-o com a Vossa Palavra
e o restaurando com Vossos Sacramentos.

Confirmai-me na graça de dar a minha vida por Vós
e pela Salvação de todos,
quero me assemelhar cada vez mais a Vós,
com mesmos pensamentos e sentimentos Vossos,
testemunhando constantemente,

com fidelidade e amor para convosco,
com a bênção e a proteção da Mãe da Igreja, Nossa Senhora,
que jamais nos desampara.

Amém!

Homenagem de Dom Otacilio aos Padres: Adão Soares de Souza, Amarildo Dias da Silva, André Luiz Eleotério Lomba, Alípio José de Souza, Daniel Bueno Borges, Derci da Silva, Dilton Maria Pinto, Edmilson Henrique Cândido, Eduardo Dornelas da Cruz, Elair Sales Diniz, Hermes Firmiano Pedro, João Evangelista dos Santos, João Carlos de Sousa, João Gomes Ferreira, José Adriano Barbosa dos Santos, José Aparecido de Pinho, José Aparecido dos Santos, José Martins da Rocha, Mário Gomes da Silva, Mário Gomes dos Santos, Valter Guedes de Oliveira, Osmar Batista Siqueira, Ivani Rodrigues, José Geraldo da Silva, Salomão Rafael Gomes Neto, Bruno Costa Ribeiro, Luiz Maurício Silva, Wanderlei Rodrigues dos Santos.

Itinerário Quaresmal vivido, Alegria Pascal celebrada!

Como a Liturgia Quaresmal nos enriquece numa autêntica espiritualidade Pascal, levando-nos cada dia a um mergulho no Mistério do Amor de Deus vivenciado e celebrado em cada Banquete da Eucaristia e, na vida, expresso com palavras e ações, sem o que esvaziaremos a beleza do Mistério!

Como Igreja, estamos em permanente travessia do deserto, enfrentando as tentações do Maligno (ter, ser, poder), mas subindo ao Monte Tabor para escutar o que o Filho Amado de Deus, Jesus, tem a nos dizer para sua Palavra na planície vivermos.

Também como Igreja presente na Cidade, com seus inúmeros clamores e desafios, nos sentamos à beira do poço para saciar nossa sede de eternidade, ouvindo o que o Senhor tem a nos dizer.

Sua Palavra acolhida é o colírio de nossa fé, para que nosso olhar não se desvie e deixemos de perceber os sinais de morte que estão diante de nossos olhos e clamam por uma resposta. O Senhor é a Ressurreição e a Vida, n’Ele vivendo e crendo teremos a vida eterna.

Com o Domingo de Ramos, iniciamos a Semana Santa, firmando nossos passos no fortalecimento de nossa fé em Jesus Cristo que, por amor a nós, Sua vida entregou; Seu Sangue derramou para nos redimir e nos reconciliar com Deus.

No Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, O acolhemos não mais em Jerusalém, mas em nosso coração, em nossos lares e em todos os lugares; aclamaremos que Jesus: “Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!”. Um Rei diferente, que ama doando a vida e Se entregando por todos nós por amor, no crudelíssimo Sacrifício da Cruz, enfrentando toda maldade humana.

Na Quinta-Feira Santa iniciaremos o Tríduo Pascal, celebrando a Instituição da Eucaristia, na qual Jesus nos dá o Mandamento do amor e nos ensina, com o lava-pés, a atitude de serviço em favor da vida de nosso semelhante, num gesto supremo de humildade.

Na Sexta-Feira Santa, celebraremos o Mistério de Sua Paixão e Morte na Cruz, por amor extremo e infinito por todos nós, e mergulharemos em intenso e profundo silêncio, contemplando imensurável Mistério que se prolongará até a noite do Sábado. A Celebração no recolhimento, o vermelho da Liturgia, o silêncio profundo… Tudo se cala diante do Mistério do Amor que ama até o fim. Amor, que incrível o Amor de Deus por nós!

E começando lentamente a Celebração na noite da Vigília do Sábado Santo, celebraremos, ainda que seja noite, a Sua gloriosa Ressurreição, e então voltaremos a dar glória a Deus, com exultação e alegria, os sinos voltarão a soar, as flores embelezarão nossos altares, o branco da Liturgia nos convidará a sentir a leveza da paz, alcançada pela Vitória da Vida que venceu a morte. O Aleluia! cantado com júbilo será a expressão grandiosa de tudo isto.

E, quando a manhã do Domingo irromper, já estaremos dentro do longo e alegre Tempo Pascal.

Itinerário Quaresmal percorrido com fidelidade, Páscoa celebrada, amor e alegria, no coração, transbordados. Aleluia aclamaremos!

Dom Otacilio Ferreira de Lacerda – Bispo Diocesano de Guanhães/MG.

Semana Santa: tempo de intensa misericórdia

Estamos vivendo a Semana Santa, chamada de Semana Maior, em que, como Igreja, nos recolhemos em profunda, intensa e fecunda oração, e modo especialíssimo, neste tempo em que, juntos, estamos fazendo a nossa parte, dentro dos limites próprios de cada um.

Deste modo, é oportuno rezamos esta Oração escrita por Santa Faustina Kowalska:

Esta oração muito nos ajuda na compreensão do consiste a misericórdia para um cristão, e o que ela exige, para que seja autêntica e agradável a Deus.

Sejamos misericordiosos como o Pai! E somente seremos, se nos configurarmos decididamente a Jesus, que nos revela a Face misericordiosa do Pai, na plena comunhão com o Espírito Santo, o Amor.

Assim rezando e assim vivendo viveremos a Semana Santa, cada vez mais unidos ao Mistério da Paixão e Morte do Senhor na Cruz, para com Ele também ressuscitarmos.

Oremos:

Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los.

Ajudai-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja atenta às necessidades dos meus irmãos e não me permitais permanecer indiferente diante de suas dores e lágrimas.

Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão.

Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas.

Ajudai-me, Senhor, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço; o meu repouso esteja no serviço ao próximo.

Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível a todos os sofrimentos do próximo; ninguém receba uma recusa do meu coração. Que eu conviva sinceramente mesmo com aqueles que abusam de minha bondade. Quanto a mim, me encerro no Coração Misericordiosíssimo de Jesus, silenciando aos outros o quanto tenho que sofrer.

Vós mesmo mandais que eu me exercite em três graus da misericórdia; primeiro: Ato de misericórdia, de qualquer gênero que seja; segundo: Palavra de misericórdia – se não puder com a ação, então com a palavra; terceiro: Oração. Se não puder demonstrar a misericórdia com a ação nem com a palavra, sempre a posso com a oração. A minha oração pode atingir até onde não posso estar fisicamente.

Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis”. (1)

(1) Oração escrita por Santa Faustina em 1937, e que se encontra em seu Diário (p.163 – Caderno I).

http://peotacilio.blogspot.com/2020/04/semana-santa-tempo-de-intensa.html?m=1

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