

O significado e o valor do presépio.
No dia 01 de dezembro de 2019, o Papa Francisco nos agraciou com a Carta Apostólica “Admirabile signum”, sobre o significado e o valor do presépio.
Ele inicia ressaltando a importância do presépio na vida do povo, na religiosidade popular, e a necessidade de redescobrir e revitalizar o sentido do presépio na espiritualidade cristã.
O presépio é como um Evangelho vivo, que transvaza das páginas da Sagrada Escritura, e sua origem deve-se a São Francisco de Assis.
“Ao entrar neste mundo, o Filho de Deus encontra lugar onde os animais vão comer. A palha torna-se a primeira enxerga para Aquele que Se há de revelar como ‘o pão vivo, o que desceu do céu’ (Jo 6, 51).
Uma simbologia, que já Santo Agostinho, a par doutros Padres da Igreja, tinha entrevisto quando escreveu: ‘Deitado numa manjedoura, torna-Se nosso alimento’. Na realidade, o Presépio inclui vários mistérios da vida de Jesus, fazendo-os aparecer familiares à nossa vida diária”.
O presépio nos comove, porque manifesta a ternura de Deus. Ele, o Criador do universo, abaixa-Se até à nossa pequenez:
“O dom da vida, sempre misterioso para nós, fascina-nos ainda mais ao vermos que Aquele que nasceu de Maria é a fonte e o sustento de toda a vida. Em Jesus, o Pai deu-nos um irmão, que vem procurar-nos quando estamos desorientados e perdemos o rumo, e um amigo fiel, que está sempre ao nosso lado; deu-nos o seu Filho, que nos perdoa e levanta do pecado”.
Daqui decorre a importância de armar o presépio em nossas casas, pois nos ajuda a reviver a história sucedida em Belém, e nos convida a ir à fonte que são os Evangelhos, que nos permitem conhecer e meditar aquele Acontecimento.
A representação no Presépio:
– ajuda a imaginar as várias cenas;
– estimula os afetos;
– convida a sentir-nos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele evento que se torna vivo e atual nos mais variados contextos históricos e culturais.
Desde a sua origem franciscana, o Presépio é um convite a “sentir’, a “tocar’ a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na Sua Encarnação: – “tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados (cf. Mt 25, 31-46)”.
Em alguns parágrafos, o Papa apresenta vários sinais do Presépio, como o céu estrelado na escuridão e no silêncio da noite; as montanhas, os riachos, as ovelhas, os pastores, Maria, José, o Menino Jesus, os reis magos e o simbolismo dos três presentes (o ouro honra a realeza de Jesus; o incenso, a sua divindade; a mirra, a sua humanidade sagrada que experimentará a morte e a sepultura).
O Presépio tem uma mensagem clara: “não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efêmeras de felicidade…”.
Deste modo, nascendo no Presépio “o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado”.
Quanto à figura do Menino Jesus, Deus assim Se nos apresenta, para fazer-Se acolher nos nossos braços:
“Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o Seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do Seu amor, que se manifesta num sorriso e nas Suas mãos estendidas para quem quer que seja”.
O Presépio nos revela o modo de agir de Deus, que quase cria vertigens, pois parece impossível que Ele renuncie à Sua glória para Se fazer homem como nós, afirma o Papa:
“Que surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças.
Como sempre, Deus gera perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas. Assim o Presépio, ao mesmo tempo que nos mostra Deus tal como entrou no mundo, desafia-nos a imaginar a nossa vida inserida na de Deus; convida a tornar-nos seus discípulos, se quisermos alcançar o sentido último da vida”.
Nossos olhos fixos na cena no Presépio, leva-nos a refletir sobre a responsabilidade que cada cristão tem de ser evangelizador:
“Cada um de nós torna-se portador da Boa-Nova para as pessoas que encontra, testemunhando a alegria de ter conhecido Jesus e o seu amor; e fá-lo com ações concretas de misericórdia… O que conta, é que fale à nossa vida. Por todo o lado e na forma que for, o Presépio narra o amor de Deus, o Deus que Se fez menino para nos dizer quão próximo está de cada ser humano, independentemente da condição em que este se encontre”.
Finaliza acenando para o Presépio, que faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé e que nos educa para:
– contemplar Jesus, sentir o amor de Deus por nós;
– sentir e acreditar que Deus está conosco e nós estamos com Ele, todos os filhos e irmãos graças àquele Menino Filho de Deus e da Virgem Maria;
– sentir que nisto se encontra a felicidade.
Conclui com um convite, para que, na escola de São Francisco, abramos o coração a esta graça simples, deixando que, do encanto, nasça uma prece humilde: “o nosso ‘obrigado’ a Deus, que tudo quis partilhar conosco para nunca nos deixar sozinhos”.
Se desejar, acesse e leia na integra:
CARTA APOSTÓLICA
ADMIRABILE SIGNUM
DO SANTO PADRE
FRANCISCO
SOBRE O SIGNIFICADO E VALOR DO PRESÉPIO
Dado em Gréccio, no Santuário do Presépio, a 1 de dezembro de 2019, sétimo do meu pontificado.
+Franciscus
[1] Santo Agostinho, Sermão 189, 4.
[2] Tomás de Celano, Vita Prima, 85: Fontes Franciscanas, 468.
[3] Cf. ibid., 85: o. c., 469.
[4] Ibid., 86: o. c., 470.
Vigilância ativa e perseverança na fé
“É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (Lc 21,19)
Na proximidade do final do Ano Litúrgico, a Liturgia do 33º Domingo do Tempo Comum (Ano C) nos convida a refletir sobre o sentido da História da Salvação e para onde Deus nos conduz: um mundo marcado pela felicidade plena e vida definitiva.
É preciso renascer em nós a esperança, para que dela brote a coragem para o enfrentamento das dificuldades, provações próprias na construção do Reino de Deus.
A primeira Leitura (Mal 4,1-2) retrata o período pós-exílio, uma realidade marcada pelo desânimo, apatia e falta de confiança. O Profeta Malaquias (“o meu mensageiro”) convoca o Povo de Deus à conversão e à reforma da vida cultual, pois vivendo a fidelidade aos Mandamentos da Lei Divina reencontrará a vida e a felicidade.
Seu anúncio sobre o Dia do Senhor é uma mensagem de confiança e esperança. Virá o Sol da Justiça. Este Sol é o próprio Jesus que brilha no mundo e insere a humanidade na dinâmica de um mundo novo, que consiste na dinâmica do Reino.
Numa situação difícil vivida pelo povo, é preciso viver a espera vigilante e ativa, reconhecendo a presença de Deus que intervém e comunica Sua força e poder. É preciso fortalecer a esperança, vencendo todo medo que paralisa.
A segunda Leitura (2 Ts 3,7-12) nos fala da vida futura e definitiva, que deve ser esperada sem preguiça e comodismo. A comunidade não pode cruzar os braços, tão pouco “viver nas nuvens”, assim como não pode perder tempo com futilidades, e nada de útil fazer.
É forte a mensagem dirigida à comunidade: não há lugar para parasitas que vivam à custa dos demais, o que se caracterizaria em consumidores.
Há uma exortação à responsabilização de todos, porque o Reino de Deus começa aqui e agora e a todos compromete. Não é a evasão do mundo:
“…Jesus de Nazaré não traz uma plenitude totalmente pronta. Não em uma intervenção mágica que desresponsabiliza o homem. É verdade que chegou a plenitude prometida, mas espera ser completada. É um dom, mas simultaneamente uma conquista”. (1)
A passagem do Evangelho (Lc 21, 5-19) retrata a aproximação do final da caminhada de Jesus para Jerusalém. E no Templo de Jerusalém que realiza o Seu último discurso público acerca do cumprimento da Sua vida e da História inteira.
Na fidelidade ao Senhor, a Igreja, na realização de sua missão, também poderá sofrer dificuldades e perseguições, mas precisa manter-se confiante e perseverante.
Podemos falar em três tempos:
– O tempo da presença de Jesus e Sua missão, seguido da destruição do Templo alguns anos mais tarde;
– O tempo da missão da Igreja;
– O tempo da vinda do Filho do Homem.
Enquanto aguardamos a segunda vinda do Senhor, Ele nos alerta para que não nos deixemos enganar por falsos pregadores (21,8); haverá catástrofes, terremotos, fome, epidemias (21,10-11), mas ainda não será o fim do mundo; assim como as perseguições serão inevitáveis para os que n’Ele crerem (21,12).
Por causa do Nome do Senhor Jesus, Seus discípulos serão levados aos tribunais e às “sinagogas”, na presença de reis e lançados nas prisões. Mas contarão sempre com a força de Deus para enfrentar os adversários e as dificuldades.
“Quem segue a Cristo poderá encontrar dificuldades, mesmo no seio da própria família; aderir a Jesus, de fato, muitas vezes comporta uma ruptura com as próprias tradições, e conflitos com o ambiente de onde se provém, a ponto de incorrer na denúncia dos próprios familiares (21,16-17). (2)
Nesta vigilância ativa e no testemunho dado é que a comunidade vivificará a fé, reencontrará a intimidade com Jesus, superará todo medo e alcançará a vida eterna plena e feliz: “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” (21,19).
“A coragem de resistir sob a pressão do mundo (mesmo para nós hoje) é condição importante para sermos verdadeiros discípulos de Jesus, dispostos a segui-Lo até a Cruz. É aí que Cristo reina! Assim nos preparamos para a Solenidade de Cristo Rei” .(3)
Considerando que “Toda a Igreja é missionária, em virtude da mesma caridade com que Deus enviou Seu Filho para a Salvação de todos os homens. E única é sua missão, a de se fazer próxima de todos os homens e todos os povos, para se tornar sinal universal e instrumento eficaz da paz de Cristo (RdC 8)” (4), ao término de mais um Ano Litúrgico, é tempo de avaliarmos e projetarmos uma nova caminhada.
Reflitamos:
– Qual foi o testemunho de fé que demos ao longo desta caminhada litúrgica?
– Tenho permanecido firme na fé, ou tenho vacilado em alguns momentos?
– Diante das dificuldades que marcam a vida de cada um e da história, qual confiança tenho em Deus para enfrentá-las?
– Qual esperança cultivo no coração?
– Como estou preparando a segunda vinda do Senhor?
– Quais os reais compromissos com o Reino que multiplico como expressão de uma vigilância ativa?
– Como tenho consumido o tempo na espera do Senhor que vem?
Oremos renovando nosso compromisso diante de Deus para que permaneçamos firmes na fé, e um dia alcancemos a vida eterna:
“Ó Deus, princípio e fim de todas as coisas,
Que reunis a Humanidade no Templo vivo do Vosso Filho,
Fazei que através dos acontecimentos,
Alegres e tristes deste mundo,
Mantenhamos firme a esperança do Vosso Reino,
Com a certeza de que, na paciência,
possuiremos a vida. Amém.” (5)
+Dom Otacilio Ferreira de Lacerda
Bispo Diocesano de Guanhães
(1) – Missal Dominical – pp. 1295-1296.
(2) (3) – Lecionário Comentado – p. 807.
(4) – Missal Dominical – p. 1296.
(5) – Lecionário Comentado – p. 809.
As indicações Pastorais foram:
Pilar da Palavra
1. Promover a animação bíblica da ação pastoral, através da leitura orante da Sagrada Escritura nos grupos eclesiais e na Celebração da Palavra;
2. Oferecer formação centralizada na Palavra de Deus, que proporcione um caminho de iniciação à vida cristã, num processo contínuo, partindo do anúncio (querigma), culminando com o testemunho e o compromisso missionário.
Pilar do Pão
1. Fortalecer e incentivar a Pastoral Litúrgica por meio de uma formação mistagógica, valorizando as expressões genuínas da Piedade Popular e a realidade do Povo de Deus, respondendo aos desafios da cultura urbana;
2. Elaborar subsídios, em vista da formação litúrgica por meio de cartilhas e mídias para TV, redes sociais e canais de internet, contemplando a relação entre liturgia e evangelização, enfatizando o canto litúrgico e a arte sacra.
Pilar da Caridade
1. Motivar os cristãos leigos e leigas, através da articulação dos Conselhos, ao engajamento social na luta pelos direitos humanos, na defesa da ecologia integral, na promoção da cultura da paz, e na proposição e acompanhamento das políticas públicas;
2. Favorecer o encontro pessoal com Jesus Cristo levando as comunidades eclesiais missionárias, enquanto Igreja Samaritana, ao compromisso com a cultura da vida, da caridade e da paz, através de ações sócio transformadoras.
Pilar da Missão
1. Investir nos diversos Conselhos Missionários e na missão ad gentes, para dinamizar as Comunidades Eclesiais Missionárias e garantir sua identidade;
2. Despertar a consciência missionária das comunidades, a fim de que valorizem, como espaços de missão, as periferias geográficas e existenciais, com especial atenção aos hospitais, escolas, presídios/outros lugares de detenção e universidades, priorizando a pessoa e seu acompanhamento espiritual e social.
Encerramento – A Assembleia Regional de Pastoral da CNBB Leste 2, que teve como tema central as novas Diretrizes, terminou no final da manhã desta quinta-feira (14) com um momento orante conduzido por Dom José Carlos, que agradeceu a presença de todos e recordou a vivência missionária dos cristãos. “Que em Paz na proteção de Deus seguiremos nossos caminhos, após esses dias de muito trabalho”, finalizou.
Mudanças históricas e os desafios da atualidade são pontos importantes que foram considerados na elaboração das novas “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros na Igreja no Brasil”. A obra é resultado do trabalho da 56ª Assembleia Geral dos Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), de 2018, que acaba de ser lançada pela Edições CNBB.
O documento traz orientações para a formação de novos presbíteros no Brasil e a necessidade de formação permanente. Segundo o texto, esse novo presbítero precisa ter características como “coragem de alcançar todas as periferias geográficas e existenciais que precisam da luz do Evangelho, em uma atitude acolhedora e misericordiosa”, destaca o texto.
De acordo com o arcebispo de Porto Alegre e primeiro vice-presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, um dos responsáveis pela elaboração do texto na época, a Igreja no Brasil deve buscar “Homens verdadeiramente apaixonados pelo Evangelho do crucificado/ressuscitado, homens entusiasmados pela proposta do Reino e por isso capazes de se lançar generosamente no trabalho apostólico”, afirmou em uma entrevista ao portal da CNBB.
O documento foi inspirado na Ratio Fundamentalis – O dom da vocação presbiteral e suas quatro características que precisam ser destacadas: a formação deve ser única, integral, comunitária e missionária. Publicado no dia 8 de dezembro de 2016, atualiza as orientações de 1985.
As atuais Diretrizes para a Formação Presbiteral foram aprovadas na 48ª Assembleia Geral da CNBB, em 2010, e já visavam enriquecer a formação espiritual, humana, intelectual e pastoral dos futuros sacerdotes “com novos impulsos vitais, consoantes com a índole peculiar de nosso tempo”. As “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros na Igreja no Brasil” passou a vigorar no Brasil em 12 de outubro de 2019, um mês depois de o decreto ser aprovado pela Congregação para o Clero do Vaticano.
O subsídio as “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros na Igreja no Brasil” pode ser adquirido no site das Edições CNBB.
Organização da Igreja no Brasil
De acordo com o Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil da CNBB, atualmente, o Brasil conta com 278 circunscrições eclesiásticas: 45 arquidioceses, 217 dioceses, oito prelazias territoriais, uma arquieparquia de rito oriental, três eparquias orientais, um ordinariado militar, um exarcado, um ordinariato para fieis de rito oriental sem ordinário próprio, uma Administração Apostólica pessoal.
Segundo os dados de 2018, divulgados pelo professor doutor Fernando Altemeyer Junior, chefe do departamento de Ciência da Religião da PUC-SP, a organização na Igreja Católica do Brasil acontece através de 11.700 paróquias, 27.416 presbíteros, 3.849 diáconos permanentes, 2.073 membros de institutos seculares, 122.170 missionários leigos, 2.674 irmãos, 6.154 seminaristas maiores em 595 seminários de formação presbiteral e 29.868 religiosas consagradas.
Fonte: CNBB
Teve início no final da tarde desta segunda-feira, 11 de novembro, a Assembleia Regional de Pastoral do Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). As principais lideranças da Igreja no Espírito Santo e em Minas Gerais estão reunidas na Casa de Retiros São José em Belo Horizonte (MG), para a elaboração e aprovação das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.
Durante a abertura, o presidente do Regional Leste 2 e Bispo de Divinópolis (MG), Dom José Carlos de Souza Campos, deu as boas-vindas ao público presente e falou sobre as alegrias e desafios a serem definidos em assembleia. “As Diretrizes que iremos aprovar nesta Assembleia tem o objetivo de nos conduzir nos próximos anos e perpetuar a fecunda história da Igreja nos Estados do Espírito Santo e Minas Gerais. A partir delas conseguiremos dar continuidade a nossa caminhada”, declarou.
Tema – Durante a assembleia, serão estudadas as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas em maio deste ano na 57ª AG da CNBB, em Aparecida (SP), que nortearão todo o trabalho evangelizador no próximo quadriênio 2019-2023.
Programação – Assuntos como a definição das urgências Pastorais para o próximo quadriênio, formação sobre a Campanha da Fraternidade 2020 e reuniões reservadas.
Participam da Assembleia Regional de Pastoral 130 péssoas, entre o episcopado do Espírito Santo e Minas Gerais, coordenadores regionais de pastorais, movimentos e organismos, representantes de presbíteros, leigos e leigas.
Dia 11 – Segunda-feira
17h – Acolhida
18h – Jantar
19h45 – Pauta e Avaliação do Quadriênio/2015-2019 (Auditório)
20h45 – Vigília: Dom Pedro Cunha Cruz
Dia 12 – Terça-feira
7h – Celebração Eucarística: Dom Roberto José da Silva (CP); Dom José Moreira da Silva; Dom José Eudes Campos do Nascimento
7h45 – Café
8h20 – Casa da Palavra: Côn. Lauro Sérgio Versiani Barbosa (Auditório)
10h – Café
10h30 – Casa do Pão: Pe. Danilo César dos Santos Lima (Auditório)
12h- Almoço
14h – Hora Média: Pe. Walter Luiz Barbiero Milaneze Altoé
14h20 – Grupos de Trabalhos: Casa da Palavra e do Pão
15h30 – Café
16h às 18h – Sessões Reservadas (Arce)bispos (Sala Dom Muniz)
Treinamento da Campanha da Fraternidade 2020 (Auditório)
18h30 – Vésperas: Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias (CP); Dom Marcello Romano; Dom Antônio Carlos Félix
19h – Jantar
20h30 – Os horizontes do Sínodo Pan-amazônico: Dom Walmor Oliveira de Azevedo (Auditório)
Dia 13–Quarta-Feira
7h- Celebração Eucarística: Dom Cláudio Nori Sturm (CP); Dom José Carlos Brandão Cabral; Dom Dario Campos
7h45 – Café
8h20 – Casa da Caridade: Pe. Patriky Samuel Batista (Auditório)
10h – Café
10h30 – Casa da Missão: Pe. Mauricio da Silva Jardim (Auditório)
12h- Almoço
14h – Hora Média: Pe. Volnei Ferreira Noro
14h20 – Grupos de Trabalho: Casa da Caridade e da Missão
15h30 – Café
16h30 – Sessões reservadas (Arce)bispos (Sala Dom Muniz); Treinamento da Campanha da Fraternidade 2020 (Auditório)
18h30- Vésperas: Dom Jorge Alves Bezerra (CP); Dom Marco Aurélio Gubiotti; Dom Gil Antônio Moreira
19h – Jantar
20h20 – Plenária e Aprovação das Indicações Pastorais
Dia 14 – Quinta-feira
7h- Celebração Eucarística: Dom José Carlos de Souza Campos (CP); Dom Paulo
Bosi Dal’Bó; Dom Geovane Luís da Silva
8h – Café
8h30 – Sessões reservadas (Arce)bispos (Sala Dom Muniz) Coordenadores de Pastoral (2º andar/Sala 236) Representantes de Presbíteros (1ºandar/Sala 116)
Leigos(as): Coordenadores Regionais, Pastorais, Movimentos e Organismos
(Auditório)
10h – Café
10h30 – Informes gerais:
5’ – Projeto Regional Leste 3 – Bispos do Espírito Santo.
5’ – Lucimara Trevizan- Catequese.
Fonte: Diocese de Luz
Novembro chegou trazendo com ele o mês de conscientização sobre o câncer de próstata. A campanha ‘Novembro Azul’ é um movimento mundial que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata.
Segundo o Instituto nacional do Câncer (INCA), a doença é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens brasileiros e as maiores vítimas são homens a partir dos 50 anos, além de pessoas com presença da doença em parentes de primeiro grau, como pai, irmão ou filho.
O bispo de Campos (RS) e referencial da Pastoral da Saúde da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Roberto Ferreria Paz, ressalta a importância de vencer resistências e preconceitos a respeito do exame e diagnóstico do câncer de próstata.
“É preciso elevar a autoestima e consciência masculina a respeito da sua saúde corporal e integral”, destaca.
De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Segundo o ministério, embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.
A Pastoral da Saúde na sua dimensão comunitária divulga e promove eventos de conscientização e educação sobre o tema. Já na sua dimensão política institucional nos conselhos e instâncias requisita atenção e verbas para as campanhas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Esse câncer é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.
O Ministério apontou estimativas de 68.220 novos casos em 2018. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 casos novos a cada 100 mil homens, além de ser a segunda causa de morte por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos. Segundo dom Roberto, é preciso dar testemunho da importância da prevenção e seguir o tratamento com amor à vida.
De acordo com o Inca, quando o homem perceber sinais e sintomas sugestivos da doença, como: dificuldade de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite; e sangue na urina é preciso hora de procurar o médico para realizar exames.
A detecção do câncer de próstata pode ser realizada com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos (diagnóstico precoce). Os homens sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença, podem realizar com exames de toque retal e de sangue para avaliar a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico).
Novembro Azul e o bigode
A campanha mundial de prevenção do câncer de próstata, conhecida como Movember (Moustache + November em inglês, ou seja, “bigode” e “Novembro”), surgiu em 1999, quando um grupo de amigos reunidos em um pub, na Austrália, teve a ideia de deixar o bigode crescer durante todo o mês como apoio à conscientização da saúde masculina e arrecadação de fundos para doação a instituições de caridade.
O mês de novembro foi o escolhido justamente por comemorar no dia 17 o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. A campanha foi um sucesso e, em 2004, foi criada a Movember Foundation Charity. A partir disso, as ações foram difundidas por todo o mundo.
Fonte: CNBB
Cremos na Ressurreição da carne e na vida eterna
Com a Liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum (ano C), refletimos sobre o horizonte da humanidade: uma vida que nunca se acaba, plena, total e nova: a vida eterna.
Na passagem da primeira Leitura do Segundo Livro do Macabeus (2 Mac 7,1-2.9-14), refletimos sobre o testemunho de sete irmãos que deram a vida pela fé, movidos pela certeza de que Deus reserva a vida eterna àqueles que percorrem, com fidelidade, os caminhos por Ele propostos.
O texto nos fala do martírio de uma mãe e dos seus sete filhos, que se recusaram a violar a fé e as tradições judaicas, e por isto, foram mortos.
“Os sete irmãos tiveram a coragem de defender a sua fé até a morte, porque acreditavam que Deus lhes devolveria, outra vez a vida, uma vida semelhante àquela que lhes ia ser tirada. O Deus criador tem, de acordo com a catequese aqui feita, o poder de ressuscitar os mártires para a vida eterna”. (1)
Havia um contexto de perseguição contra os judeus, feita por Antíoco IV Epifanes (175-164a.C.). Muitos judeus, ao manterem vivas as suas tradições, foram cruelmente perseguidos e mortos.
Com isto, temos pela primeira vez a doutrina da ressurreição explicitamente apresentada na Bíblia. Esta verdade será desenvolvida e culminará com a Ressurreição de Jesus Cristo.
A mensagem catequética nos convida a não ficarmos paralisados pelo medo, renovando compromissos com a justiça e a verdade e nossa coragem e força para o testemunho da fé.
Reflitamos:
– Quais os valores pelos quais consumimos a nossa vida, ou seja, que acreditamos e pelos quais somos capazes de morrer?
– Somos capazes de defender com a própria vida as verdades de nossa fé?
– Somos capazes de lutar contra a corrente, se preciso for, pelos valores significativos para a nossa vida de fé?
Na segunda leitura, ouvimos a passagem da Segunda Carta de Paulo aos Tessalonicenses (2 Ts 2,16-3-5), e temos um convite para que a comunidade mantenha um diálogo e comunhão com Deus, na espera da segunda vinda gloriosa de Cristo, e, com ela, a vida nova a nós reservada.
Deste modo, a comunidade precisará estar atenta e orante, a fim de que seja fiel ao Evangelho e anuncie a todos a Boa-Nova da Salvação, rezando também uns pelos outros:
“O cristão nunca é uma pessoa isolada, mas o membro de uma família de irmãos, chamados a viver no amor, na partilha, na entrega da vida, como membros de um único corpo – o Corpo de Cristo”. (2)
Na espera da segunda vinda do Senhor, a comunidade viverá o processo de salvação em dois planos: o primeiro de que a Salvação é dom de Deus, e o segundo exige esforço de fidelidade de todos nós.
Reflitamos:
– Temos consciência e que nossas vitórias e conquistas não se devem apenas de nossos esforços, méritos e qualidades, mas como expressão da graça e bondade divinas?
– Como estamos preparando a segunda vinda gloriosa do Senhor?
– Qual a profundidade e intensidade de nossa oração e confiança na força divina?
– Como enfrentamos medo e desânimo na missão evangelizadora?
– rezamos uns pelos outros em expressão de comunhão e solidariedade?
Com a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 20,27-38), refletimos sobre a ressurreição e a realidade última que nos espera nos céus.
A passagem retrata os últimos dias antes da morte de Jesus, e as grandes controvérsias d’Ele com as autoridades judaicas. Neste caso, trata-se dos saduceus que formavam um grupo aristocrático, recrutado entre os sacerdotes da classe superior.
Conservadores, enquanto política, e de bom entendimento com a dominação romana; de modo que pretendiam manter a situação, para não ver comprometidos os benefícios políticos, sociais e econômicos que desfrutavam.
Apoiando-se na “Torah”, não aceitavam a ressurreição dos mortos. A questão colocada para Jesus tinha como objetivo a ridicularização da crença na ressurreição e do próprio Jesus.
Não se trata de pensar a vida eterna com as categorias que marcam a nossa existência finita e limitada; a existência de ressuscitado é plena, total e nova. Como será não pode ser descrita, mas, no horizonte de quem crê, encontra-se a Ressurreição:
“A nossa capacidade de compreensão deste mistério é limitada, pois estamos a contemplar as coisas e classificá-las à luz das nossas realidades terrenas; no entanto, a ressurreição que nos espera ultrapassa totalmente a nossa realidade terrena” (2)
Na segunda parte da resposta, remetendo-se ao Livro do Êxodo, Jesus fala que o Deus, a quem se deve amar e servir, é o Deus dos vivos e não dos mortos, e todos devem viver para Ele (Lc 20,37-38).
Deste modo, após a morte, nos encontraremos com o Deus vivo; e assim, a ressurreição é a esperança que dá sentido a toda a caminhada do cristão.
A fé cristã torna a esperança da ressurreição uma certeza absoluta, pois Cristo ressuscitou, e quem com Ele se identificar, nascerá com Ele para a vida nova e definitiva:
“A ressurreição não é a revivificação dos nossos corpos e a continuação da vida que vivemos neste mundo; mas a passagem para vida nova onde, sem deixarmos de ser nós próprios, seremos totalmente outros… É a plenitudização de todas as nossas capacidades, a meta final do nosso crescimento, a realização da utopia da vida plena” (3).
Urge caminhar, confiantes e alegres, rumo à nova realidade, ainda que tenhamos as dificuldades, sofrimentos, dores… A fé na Ressurreição nos dá coragem para enfrentarmos as forças da morte que dominam o mundo, convictos de que cada ser humano que vem ao mundo é, verdadeiramente, “um pedaço de eternidade”:
“Cada ser humano será para sempre ‘ele’ e não um outro. Cada ser humano viverá para sempre, enraizado no amor eterno de Deus. Pela Sua ressurreição, Jesus abri-nos o caminho da nossa própria vida em plenitude em Deus.
A fé na Ressurreição e o enraizamento no amor de Deus nos credencia para o bom combate, e nos prepara para a glória futura, na espera do Senhor que veio, vem e virá, gloriosamente” (4).
Renovemos nossa coragem e fidelidade aos planos de Deus, movidos pelas verdades de nossa fé que professamos ao rezar o Credo nas Missas e celebrações:
“Creio em Deus-Pai, todo-poderoso…”
+ Dom Otacilio Ferreira de Lacerda – Bispo Diocesano de Guanhães.
Fonte de pesquisa e citações (1) (2) (3) (4): www.dehonianos.org
Nota da CNBB sobre vazamento de óleo no litoral do Nordeste A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiu, na manhã deste 28 de outubro, uma nota sobre o vazamento de óleo no litoral do Nordeste brasileiro. No documento, inspirado pela realização do Sínodo para a Pan-Amazônia e frente aos desastres ambientais, a CNBB cobra uma postura de profunda e imediata conversão ecológica. A presidência da CNBB cobra também das autoridades competentes ações efetivas de recuperação do equilíbrio natural e uma devida apuração para encontrar a origem e as causas dessa tragédia ecológica. Veja a íntegra do documento abaixo:
As manchas de óleo que contaminam tristemente as praias do Nordeste devem sensibilizar corações para urgente necessidade: uma profunda e imediata conversão ecológica. Os processos extrativistas que contaminam e matam devem ser fiscalizados e devidamente responsabilizados pelo poder público, pois não há futuro para a humanidade sem o indispensável respeito à Casa Comum.
O Sínodo dos Bispos para a Amazônia, em seu horizonte, reforça esta convocação: todos vivenciem uma autêntica conversão ecológica. Seja inspiração e exemplo para cada pessoa, no caminho rumo à conversão, o magnífico trabalho de voluntários que estão se dedicando à limpeza das praias do Nordeste.
Homens e mulheres que se arriscam, em contato com o óleo tóxico, para salvar o meio ambiente. Diante desse desastre que contamina as praias do Nordeste, são esperadas, das autoridades competentes, ações efetivas de recuperação do equilíbrio natural. E que seja feita a devida apuração para encontrar a origem e as causas dessa tragédia ecológica.
A coragem e a solidariedade dos voluntários toquem o coração de todos, especialmente de governantes, para que a defesa da vida e do planeta seja sempre prioridade.
Em Cristo,
Brasília-DF, 28 de outubro de 2019
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte – MG
Presidente da CNBBDom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre – RS
1º Vice-Presidente da CNBBDom Mário Antônio da Silva
Bispo de Roraima – RR
2º Vice-Presidente da CNBBDom Joel Portella Amado
Bispo Auxiliar de S. Sebastião do Rio de Janeiro – RJ
Secretário-Geral da CNBB