Michel Hoguinelle

Seminários de Caratinga, celebram aniversário…

Aniversário do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário – Caratinga/MG.

O Seminário Propedêutico São José, foi criado por dom Hélio Gonçalves Heleno, em 02 de fevereiro de 1998, enquanto o Seminário Nossa Senhora do Rosário, foi criado por dom José Eugênio Correa, em 01 de março de 1958.

Em solene Eucaristia, celebrada pelo atual bispo Diocesano de Caratinga, Dom Juarez, com participação de diversos padres, foi comemorada estas datas, tanto no Seminário Diocesano, quanto no Seminário Propedêutico. São mais que instituições de formação; são lares, onde jovens de diversas paróquias e dioceses buscam responder ao chamado divino. Os seminaristas não estudam apenas as matérias introdutórias, filosofia e teologia, mas cultivam amizades, partilham orações, aflições e problemas relacionados ao âmbito acadêmico ou pessoal, além de receberem acompanhamento espiritual e psicológico.

Aniversário do Seminário Propedêutico São José – Ubaporanga/MG.

Boa parte dos padres da Diocese de Guanhães, foram formados nessas instituições. Que São José, patrono da Igreja Universal, e Nossa Senhora do Rosário, Santíssima Virgem Mãe de Deus, continuem abençoando e guiando, sob a luz do Espírito Santo, todos os que fizeram parte desta história. Que esses 26 e 66 anos de graças e bênçãos sejam apenas o começo de uma jornada contínua de fé e serviço à Comunidade de Deus.

 

Fonte (com adaptações): https://diocesecaratinga.org.br/

“Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”.

Como tradicionalmente ocorre, o Vaticano divulgou neste 24 de janeiro, memória litúrgica de São Francisco de Sales – patrono dos escritores e jornalistas -, a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, neste ano na 58ª edição, a ser celebrada no dia 12 de maio. O tema escolhido pelo pontífice é “Inteligência artificial e sabedoria do coração: para uma comunicação plenamente humana”. 

Na mensagem, o Papa reflete sobre a evolução dos sistemas de inteligência artificial, que vão modificando “de forma radical também a informação e a comunicação e, através delas, algumas bases da convivência civil”. Assim, são mudanças que afetam não só aos profissionais, mas a todos. Entre os questionamentos do Papa Francisco em sua reflexão sobre o tema, ele pergunta: “como podemos permanecer plenamente humanos e orientar para o bem a mudança cultural em curso?”. Continue lendo

Divulgado o tema e lema do Mês Vocacional – 2024

O mês de agosto é dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Este ano, a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) junto com o Serviço de Animação Vocacional – Pastoral Vocacional, definiu como temática principal do mês vocacional: “Igreja como uma sinfonia vocacional” e o lema: “Pedi, pois, ao Senhor da Messe” (Mt 9, 38).

Segundo o assessor da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, padre Guilherme Maia Junior, o tema foi aprovado na última reunião ampliada da Comissão, realizada em setembro do ano passado, e tem como base uma frase da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações de 2023. Continue lendo

“Jubileu 2025 – peregrinos de esperança”

Seguindo o processo de preparação para o encontro nacional “Jubileu 2025 – peregrinos de esperança” que acontecerá em Brasília, na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, nos dias 29 e 30 de janeiro de 2024, foram encaminhadas cartas convites a todos os bispos da Igreja no Brasil bem como à coordenação das pastorais, movimentos e organismos do povo de Deus para a participação no eventoque terá a presença de Dom Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização e também organizador e coordenador do jubileu de 2025.

Na primeira etapa de inscrições, a Comissão para o Jubileu 2025 convidou um representante por arqui/diocese do país. Agora, na segunda etapa, são chamadas a participar todas as pessoas ligadas à ação evangelizadora na Igreja no Brasil. A carta convite é assinada pelo primeiro vice-presidente da CNBB e coordenador da Comissão para o Jubileu 2025, dom João Justino de Medeiros Silva.

Acesse (aqui) a carta direcionada aos bispos.
Acesse (aqui) a carta direcionada às coordenações de pastorais, organismos e movimentos.

Como se inscrever?

Nesta segunda etapa, as inscrições estão abertas a quem desejar até atingir o número limite de vagas, que são 300. O valor da inscrição é de R$ 250,00, o que dá direito à participação no encontro, material e o cafezinho. Para hospedagem, há duas modalidades. A primeira é no próprio local do encontro, com a reserva e informações de pagamento feitas previamente na secretaria da casa pelo fone (61) 99679-9770, falar com João Matheus. A segunda é se hospedar em outro lugar, especialmente no Setor Hoteleiro Norte de Brasília, área mais próxima do auditório João XXIII da Casa Dom Luciano. No momento da inscrição, pode-se escolher se deseja incluir a hospedagem.

Clique aqui para obter todas as informações e se inscrever.  

Saiba quem é dom Rino Fisichella 

Dom Salvatore Fisichella, conhecido como dom Rino Fisichella, nasceu em Codogno, província de Lodi, na Itália, em 25 de agosto de 1951. Concluiu seus estudos clássicos em Lodi, no Colégio São Francisco. Posteriormente, aluno do Colégio Capranica de Roma, frequentou a Pontifícia Universidade Gregoriana, obtendo a licenciatura em Teologia.

Dom Rino Fisichella

Ordenado sacerdote para a diocese de Roma em 13 de março de 1976, desempenhou os seguintes cargos e ministérios: vice-pároco de Santi Protomartiri Romani; vice-assistente e assistente diocesano dos jovens da Ação Católica; cônego de Santa Maria em Trastevere; professor de Teologia Fundamental na Pontifícia Universidade Gregoriana; consultor da Congregação para a Doutrina da Fé; membro da Comissão Central do Grande Jubileu do Ano 2000 e vice-presidente da Comissão Teológico-Histórica da mesma Comissão; reitor da Igreja de São Gregorio Nazianzeno no Palazzo Montecitorio.

Em 1994 foi nomeado Capelão de Sua Santidade. Em 3 de julho de 1998 foi eleito bispo titular de Voghenza e nomeado auxiliar de Roma, pelo Papa João Paulo II. Recebeu a consagração episcopal no dia 12 de setembro seguinte.  Em 18 de janeiro de 2002, foi nomeado reitor da Pontifícia Universidade Lateranense.

Em 17 de junho de 2008 o Papa Bento XVI o nomeou presidente da Pontifícia Academia para a Vida elevando-o da mesma forma à dignidade de arcebispo. Já em 30 de junho de 2010, foi nomeado presidente do mais novo Dicastério do Vaticano, o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Em 5 de junho de 2022, com a ereção do Dicastério para a Evangelização, tornou-se o Pró-Prefeito para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares.

Dom Rino também é autor de numerosos volumes e artigos, publicados em revistas teológicas.

Fonte: CNBB Nacional

 

“Tecer laços, construir comunidade”

Com a motivação “Tecer laços, construir comunidade”, a Coordenação Nacional da Pascom divulga o planejamento 2024. A motivação vem do percurso sinodal vivido pela Igreja e ao grande chamamento que devemos responder, como Igreja e como comunicadores, é o de caminhar juntos. O texto afirma que a vivência do Sínodo acentua aquilo que está no DNA da Pascom: “é a pastoral do ser e do estar em comunhão com toda a comunidade eclesial, garantindo a acolhida e a participação, a organização solidária e a gestão democrática dos processos comunicacionais.” (Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. n. 323)

Além das atividades como encontros formativos, no Planejamento 2024 são apresentados os objetivos para cada eixo da Pascom e seus respectivos Grupos de Trabalho (GT). O processo de elaboração aconteceu no decorrer do segundo semestre, juntamente com os coordenadores dos regionais e os assessores da Comissão Episcopal para Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O documento também apresenta a organização da comunicação eclesial, com as atribuições e membros da Comissão, da Coordenação Nacional e dos regionais.

Baixe o planejamento, clique aqui.

Anunciar a alegria do Evangelho

A introdução do texto apresenta que, que para cumprir a sua missão, a Pascom Brasil se compromete a ser cada vez mais transversal, à luz das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, colaborando generosamente com suas comissões, pastorais, movimentos e organismos e indica seu objetivo para o ano de 2024.

“A partir de Jesus Cristo, tecer laços e construir comunidade, por meio da comunicação, em espírito sinodal, anunciando a alegria do Evangelho nas comunidades eclesiais missionárias.”

8º Encontro Nacional da Pascom

Uma das principais atividades do ano é o Encontro Nacional da Pascom, que em sua oitava edição, retorna ao Santuário Nacional de Aparecida. O encontro acontece de 12 a 14 de julho, com a temática: “Pastoral da Comunicação em uma mudança de época: desafios e perspectivas”. As inscrições e demais informações serão divulgadas a partir de janeiro.

 

 

 

 

 

Fonte: CNBB Nacional

“Inteligência Artificial e Paz” – (Mensagem para o 57º Dia Mundial da Paz)

Foi divulgada, nesta quinta-feira (14/12), a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz que será celebrado em 1º de janeiro próximo, sobre o tema “Inteligência Artificial e Paz”. “A inteligência é expressão da dignidade que nos foi dada pelo Criador, que nos fez à sua imagem e semelhança e nos tornou capazes, através da liberdade e do conhecimento, de responder ao seu amor. Esta qualidade fundamentalmente relacional da inteligência humana manifesta-se de modo particular na ciência e na tecnologia, que são produtos extraordinários do seu potencial criativo”, escreve Francisco na mensagem.

Segundo o Papa, “o progresso da ciência e da técnica – na medida em que contribui para uma melhor organização da sociedade humana, para o aumento da liberdade e da comunhão fraterna – leva ao aperfeiçoamento do homem e à transformação do mundo”.

Francisco ressalta que “os progressos técnico-científicos, que permitem exercer um controle – até agora inédito – sobre a realidade, colocam nas mãos do homem um vasto leque de possibilidades, algumas das quais podem constituir um risco para a sobrevivência humana e um perigo para a Casa comum”.

Prossecução da paz e do bem comum

“Os progressos da informática e o desenvolvimento das tecnologias digitais, nas últimas décadas, começaram já a produzir profundas transformações na sociedade global e nas suas dinâmicas. Os novos instrumentos digitais estão mudando a fisionomia das comunicações, da administração pública, da instrução, do consumo, dos intercâmbios pessoais e de inúmeros outros aspectos da vida diária”, escreve ainda o Papa.

Segundo Francisco, “a imensa expansão da tecnologia deve ser acompanhada por uma adequada formação da responsabilidade pelo seu desenvolvimento. A liberdade e a convivência pacífica ficam ameaçadas, quando os seres humanos cedem à tentação do egoísmo, do interesse próprio, da ânsia de lucro e da sede de poder”.

“Por isso, temos o dever de alargar o olhar e orientar a pesquisa técnico-científica para a prossecução da paz e do bem comum, ao serviço do desenvolvimento integral do homem e da comunidade”, ressalta o Santo Padre.

Progresso digital, respeito pela justiça e pela causa da paz

“A dignidade intrínseca de cada pessoa e a fraternidade que nos une como membros da única família humana devem estar na base do desenvolvimento de novas tecnologias e servir como critérios indiscutíveis para as avaliar antes da sua utilização, para que o progresso digital possa verificar-se no respeito pela justiça e contribuir para a causa da paz. Os avanços tecnológicos que não conduzem a uma melhoria da qualidade de vida da humanidade inteira, mas pelo contrário agravam as desigualdades e os conflitos, nunca poderão ser considerados um verdadeiro progresso”, destaca o Papa.

Francisco chama a atenção para quando “a inteligência artificial é utilizada em campanhas de desinformação que espalham notícias falsas e levam a uma desconfiança crescente relativamente aos meios de comunicação”.

Segundo a mensagem do Papa, “a grande quantidade de dados analisados pelas inteligências artificiais não é, por si só, garantia de imparcialidade. Quando os algoritmos extrapolam informações, correm sempre o risco de as distorcer, replicando as injustiças e os preconceitos dos ambientes onde têm origem. Quanto mais rápidos e complexos eles se tornam, mais difícil é compreender por que produziram um determinado resultado”.

A propósito das máquinas inteligentes, elas “podem desempenhar as tarefas que lhes são atribuídas com uma eficiência cada vez maior, mas a finalidade e o significado das suas operações continuarão sendo determinados ou capacitados por seres humanos com o seu próprio universo de valores”.

De acordo com o Papa, “não se deve permitir que os algoritmos determinem o modo como entendemos os direitos humanos, ponham de lado os valores essenciais da compaixão, da misericórdia e do perdão, ou eliminem a possibilidade de um indivíduo mudar e deixar para trás o passado”.

Inteligência Artificial e desenvolvimento humano integral

No texto, Francisco considera “o impacto das novas tecnologias no âmbito do trabalho: trabalhos, que outrora eram prerrogativa exclusiva da mão-de-obra humana, acabam rapidamente absorvidos pelas aplicações industriais da inteligência artificial. Também neste caso, há substancialmente o risco de uma vantagem desproporcionada para poucos à custa do empobrecimento de muitos. A Comunidade Internacional, ao ver como tais formas de tecnologia penetram cada vez mais profundamente nos locais de trabalho, deveria considerar como alta prioridade o respeito pela dignidade dos trabalhadores e a importância do emprego para o bem-estar econômico das pessoas, das famílias e das sociedades, a estabilidade dos empregos e a equidade dos salários”.

“Nestes dias, contemplando o mundo que nos rodeia, não se pode ignorar as graves questões éticas relacionadas ao setor dos armamentos”, escreve ainda o Papa. “A possibilidade de efetuar operações militares através de sistemas de controle remoto levou a uma percepção menor da devastação por eles causada e da responsabilidade da sua utilização, contribuindo para uma abordagem ainda mais fria e destacada da imensa tragédia da guerra”, ressalta.

“Numa ótica mais positiva, se a inteligência artificial fosse utilizada para promover o desenvolvimento humano integral, poderia introduzir inovações importantes na agricultura, na instrução e na cultura, uma melhoria do nível de vida de inteiras nações e povos, o crescimento da fraternidade humana e da amizade social. Em última análise, a forma como a utilizamos para incluir os últimos, isto é, os irmãos e irmãs mais frágeis e necessitados, é a medida reveladora da nossa humanidade”, sublinha Francisco.

Discernimento no uso de dados e conteúdos da internet

A seguir, o Pontífice recorda que “os jovens estão crescendo em ambientes culturais impregnados de tecnologia, o que não pode deixar de pôr em causa os métodos de ensino e formação”. “É necessário que os jovens desenvolvam uma capacidade de discernimento no uso de dados e conteúdos recolhidos na internet ou produzidos por sistemas de inteligência artificial. As escolas, as universidades e as sociedades científicas são chamadas a ajudar os estudantes e profissionais a assumir os aspectos sociais e éticos do progresso e da utilização da tecnologia”.

O Papa exorta “a Comunidade das Nações a trabalhar unida para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas”. Segundo ele, “nos debates sobre a regulamentação da inteligência artificial, deve ser levada em conta as vozes de todas as partes interessadas, incluindo os pobres, os marginalizados e outros que muitas vezes permanecem ignorados nos processos de decisão globais”.

Francisco conclui a mensagem, desejando que “os progressos no desenvolvimento de formas de inteligência artificial sirvam, em última análise, a causa da fraternidade humana e da paz”, e espera “que o rápido desenvolvimento de formas de inteligência artificial não aumente as já demasiadas desigualdades e injustiças presentes no mundo, mas contribua para pôr fim às guerras e conflitos e para aliviar muitas formas de sofrimento que afligem a família humana”.

Leia a mensagem do Papa na íntegra:

Mensagem do Santo Padre Francisco para a celebração do 57º Dia Mundial da Paz

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E PAZ

No início do novo ano, tempo de graça concedido pelo Senhor a cada um de nós, quero dirigir-me ao Povo de Deus, às nações, aos Chefes de Estado e de Governo, aos Representantes das diversas religiões e da sociedade civil, a todos os homens e mulheres do nosso tempo para lhes expressar os meus votos de paz.

 

1. O progresso da ciência e da tecnologia como caminho para a paz

 

A Sagrada Escritura atesta que Deus deu aos homens o seu Espírito a fim de terem «sabedoria, inteligência e capacidade para toda a espécie de trabalho» (Ex 35, 31). A inteligência é expressão da dignidade que nos foi dada pelo Criador, que nos fez à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 26) e nos tornou capazes, através da liberdade e do conhecimento, de responder ao seu amor. Esta qualidade fundamentalmente relacional da inteligência humana manifesta-se de modo particular na ciência e na tecnologia, que são produtos extraordinários do seu potencial criativo.

Na Constituição pastoral Gaudium et spes, o Concílio Vaticano II reafirmou esta verdade, declarando que «sempre o homem procurou, com o seu trabalho e engenho, desenvolver mais a própria vida».  Quando os seres humanos, «recorrendo à técnica», se esforçam por que a terra «se torne habitação digna para toda a humanidade», agem segundo o desígnio divino e cooperam com a vontade que Deus tem de levar à perfeição a criação e difundir a paz entre os povos. Assim o próprio progresso da ciência e da técnica – na medida em que contribui para uma melhor organização da sociedade humana, para o aumento da liberdade e da comunhão fraterna – leva ao aperfeiçoamento do homem e à transformação do mundo.

Justamente nos alegramos e sentimos reconhecidos pelas extraordinárias conquistas da ciência e da tecnologia, graças às quais se pôs remédio a inúmeros males que afligiam a vida humana e causavam grandes sofrimentos. Ao mesmo tempo, os progressos técnico-científicos, que permitem exercer um controle – até agora inédito – sobre a realidade, colocam nas mãos do homem um vasto leque de possibilidades, algumas das quais podem constituir um risco para a sobrevivência humana e um perigo para a casa comum. 

Deste modo os progressos notáveis das novas tecnologias da informação, sobretudo na esfera digital, apresentam oportunidades entusiasmantes mas também graves riscos, com sérias implicações na prossecução da justiça e da harmonia entre os povos. Por isso torna-se necessário interrogar-nos sobre algumas questões urgentes: quais serão as consequências, a médio e longo prazo, das novas tecnologias digitais? E que impacto terão elas sobre a vida dos indivíduos e da sociedade, sobre a estabilidade e a paz?

 

2. O futuro da inteligência artificial, por entre promessas e riscos

 

Os progressos da informática e o desenvolvimento das tecnologias digitais, nas últimas décadas, começaram já a produzir profundas transformações na sociedade global e nas suas dinâmicas. Os novos instrumentos digitais estão a mudar a fisionomia das comunicações, da administração pública, da instrução, do consumo, dos intercâmbios pessoais e de inúmeros outros aspetos da vida diária.

Além disso as tecnologias que se servem duma multiplicidade de algoritmos podem, dos vestígios digitais deixados na internet, extrair dados que permitem controlar os hábitos mentais e relacionais das pessoas para fins comerciais ou políticos, muitas vezes sem o seu conhecimento, limitando o exercício consciente da sua liberdade de escolha. De facto, num espaço como a web caraterizado por uma sobrecarga de informações, pode-se compor o fluxo de dados segundo critérios de seleção nem sempre enxergados pelo utente.

Devemos recordar-nos de que a pesquisa científica e as inovações tecnológicas não estão desencarnadas da realidade nem são «neutrais», mas estão sujeitas às influências culturais. Sendo atividades plenamente humanas, os rumos que tomam refletem opções condicionadas pelos valores pessoais, sociais e culturais de cada época. E o mesmo se diga dos resultados que alcançam: enquanto fruto de abordagens especificamente humanas do mundo envolvente, têm sempre uma dimensão ética, intimamente ligada às decisões de quem projeta a experimentação e orienta a produção para objetivos particulares.

Isto aplica-se também às formas de inteligência artificial. Desta, até ao momento, não existe uma definição unívoca no mundo da ciência e da tecnologia. A própria designação, que já entrou na linguagem comum, abrange uma variedade de ciências, teorias e técnicas destinadas a fazer com que as máquinas, no seu funcionamento, reproduzam ou imitem as capacidades cognitivas dos seres humanos. Falar de «formas de inteligência», no plural, pode ajudar sobretudo a assinalar o fosso intransponível existente entre estes sistemas, por mais surpreendentes e poderosos que sejam, e a pessoa humana: em última análise, aqueles são «fragmentários» já que têm possibilidades de imitar ou reproduzir apenas algumas funções da inteligência humana. Além disso o uso do plural destaca que tais dispositivos, muito diferentes entre si, devem ser sempre considerados como «sistemas sociotécnicos». Com efeito o seu impacto, independentemente da tecnologia de base, depende não só da projetação, mas também dos objetivos e interesses de quem os possui e de quem os desenvolve, bem como das situações em que são utilizados.

Por conseguinte a inteligência artificial deve ser entendida como uma galáxia de realidades diversas e não podemos presumir a priori que o seu desenvolvimento traga um contributo benéfico para o futuro da humanidade e para a paz entre os povos. O resultado positivo só será possível se nos demonstrarmos capazes de agir de maneira responsável e respeitar valores humanos fundamentais como «a inclusão, a transparência, a segurança, a equidade, a privacidade e a fiabilidade». 

E não é suficiente presumir, por parte de quem projeta algoritmos e tecnologias digitais, um empenho por agir de modo ético e responsável. É preciso reforçar ou, se necessário, instituir organismos encarregados de examinar as questões éticas emergentes e tutelar os direitos de quantos utilizam formas de inteligência artificial ou são influenciados por ela. 

Assim, a imensa expansão da tecnologia deve ser acompanhada por uma adequada formação da responsabilidade pelo seu desenvolvimento. A liberdade e a convivência pacífica ficam ameaçadas, quando os seres humanos cedem à tentação do egoísmo, do interesse próprio, da ânsia de lucro e da sede de poder. Por isso temos o dever de alargar o olhar e orientar a pesquisa técnico-científica para a prossecução da paz e do bem comum, ao serviço do desenvolvimento integral do homem e da comunidade. 

A dignidade intrínseca de cada pessoa e a fraternidade que nos une como membros da única família humana devem estar na base do desenvolvimento de novas tecnologias e servir como critérios indiscutíveis para as avaliar antes da sua utilização, para que o progresso digital possa verificar-se no respeito pela justiça e contribuir para a causa da paz. Os avanços tecnológicos que não conduzem a uma melhoria da qualidade de vida da humanidade inteira, antes pelo contrário agravam as desigualdades e os conflitos, nunca poderão ser considerados um verdadeiro progresso. 

A inteligência artificial tornar-se-á cada vez mais importante. Os desafios que coloca não são apenas de ordem técnica, mas também antropológica, educacional, social e política. Deixa esperar, por exemplo, poupança de esforços, produção mais eficiente, transportes mais fáceis e mercados mais dinâmicos, bem como uma revolução nos processos de recolha, organização e verificação de dados. Precisamos de estar conscientes das rápidas transformações em curso e geri-las de forma a salvaguardar os direitos humanos fundamentais, respeitando as instituições e as leis que promovem o progresso humano integral. A inteligência artificial deveria estar ao serviço dum melhor potencial humano e das nossas mais altas aspirações, e não em competição com eles.

 

3. A tecnologia do futuro: máquinas que aprendem sozinhas

 

Nas suas múltiplas formas, a inteligência artificial, baseada em técnicas de aprendizagem automática (machine learning), embora ainda numa fase pioneira, já está a introduzir mudanças notáveis no tecido das sociedades, exercendo uma influência profunda nas culturas, nos comportamentos sociais e na construção da paz.

Desenvolvimentos como a aprendizagem automática (machine learning) ou a aprendizagem profunda (deep learning) levantam questões que transcendem os âmbitos da tecnologia e da engenharia e têm a ver com uma compreensão intimamente ligada ao significado da vida humana, aos processos basilares do conhecimento e à capacidade que tem a mente de alcançar a verdade.

A capacidade de alguns dispositivos produzirem textos sintática e semanticamente coerentes, por exemplo, não é garantia de fiabilidade. Diz-se que podem «alucinar», isto é, gerar afirmações que à primeira vista parecem plausíveis, mas na realidade são infundadas ou preconceituosas. Isto coloca um sério problema quando a inteligência artificial é utilizada em campanhas de desinformação que espalham notícias falsas e levam a uma desconfiança crescente relativamente aos meios de comunicação. A confidencialidade, a posse dos dados e a propriedade intelectual são outros âmbitos em que as tecnologias em questão comportam graves riscos, aos quais se vêm juntar outras consequências negativas ligadas a um uso indevido, como a discriminação, a interferência nos processos eleitorais, a formação duma sociedade que vigia e controla as pessoas, a exclusão digital e a exacerbação dum individualismo cada vez mais desligado da coletividade. Todos estes fatores correm o risco de alimentar os conflitos e obstaculizar a paz.

 

4. O sentido do limite, no paradigma tecnocrático

 

O nosso mundo é demasiado vasto, variado e complexo para ser completamente conhecido e classificado. A mente humana nunca poderá esgotar a sua riqueza, nem sequer com a ajuda dos algoritmos mais avançados. De facto, estes não oferecem previsões garantidas do futuro, mas apenas aproximações estatísticas. Nem tudo pode ser previsto, nem tudo pode ser calculado; no fim de contas, «a realidade é superior à ideia» e, por mais prodigiosa que seja a nossa capacidade de calcular, haverá sempre um resíduo inacessível que escapa a qualquer tentativa de quantificação.

Além disso, a grande quantidade de dados analisados pelas inteligências artificiais não é, por si só, garantia de imparcialidade. Quando os algoritmos extrapolam informações, correm sempre o risco de as distorcer, replicando as injustiças e os preconceitos dos ambientes onde têm origem. Quanto mais rápidos e complexos eles se tornam, mais difícil é compreender por que produziram um determinado resultado.

As máquinas inteligentes podem desempenhar as tarefas que lhes são atribuídas com uma eficiência cada vez maior, mas a finalidade e o significado das suas operações continuarão a ser determinados ou capacitados por seres humanos com o seu próprio universo de valores. O risco é que os critérios subjacentes a certas escolhas se tornem menos claros, que a responsabilidade de decisão seja ocultada e que os produtores possam subtrair-se à obrigação de agir para o bem da comunidade. Em certo sentido, isto é favorecido pelo sistema tecnocrático, que alia a economia à tecnologia e privilegia o critério da eficiência, tendendo a ignorar tudo o que não esteja ligado aos seus interesses imediatos. 

Isto deve fazer-nos refletir sobre um aspeto transcurado frequentemente na atual mentalidade tecnocrática e eficientista, mas decisivo para o desenvolvimento pessoal e social: o «sentido do limite». Com efeito o ser humano, mortal por definição, pensando em ultrapassar todo o limite mediante a técnica, corre o risco, na obsessão de querer controlar tudo, de perder o controle sobre si mesmo; na busca duma liberdade absoluta, de cair na espiral duma ditadura tecnológica. Reconhecer e aceitar o próprio limite de criatura é condição indispensável para que o homem alcance ou, melhor, acolha a plenitude como uma dádiva; ao passo que, no contexto ideológico dum paradigma tecnocrático animado por uma prometeica presunção de autossuficiência, as desigualdades poderiam crescer sem medida, e o conhecimento e a riqueza acumular-se nas mãos de poucos, com graves riscos para as sociedades democráticas e uma coexistência pacífica. 

 

5. Temas quentes para a ética

 

No futuro, a fiabilidade de quem solicita um mútuo, a idoneidade dum indivíduo para determinado emprego, a possibilidade de reincidência dum condenado ou o direito a receber asilo político ou assistência social poderão ser determinados por sistemas de inteligência artificial. A falta de níveis diversificados de mediação que tais sistemas introduzem está particularmente exposta a formas de preconceito e discriminação: os erros do sistema podem multiplicar-se facilmente, gerando não só injustiças em casos individuais, mas também, por efeito dominó, verdadeiras formas de desigualdade social.

Além disso, por vezes, as formas de inteligência artificial parecem capazes de influenciar as decisões dos indivíduos através de opções predeterminadas associadas a estímulos e dissuasões, ou então através de sistemas de regulação das opções pessoais baseados na organização das informações. Estas formas de manipulação ou controle social requerem atenção e vigilância cuidadosas, implicando uma clara responsabilidade legal por parte dos produtores, de quem os contrata e das autoridades governamentais.

O ato de se confiar a processos automáticos que dispõem os indivíduos por categorias, por exemplo, através dum uso invasivo da vigilância ou da adoção de sistemas de crédito social, poderia ter repercussões profundas também no tecido civil, estabelecendo classificações inadequadas entre os cidadãos. E estes processos artificiais de classificação poderiam levar também a conflitos de poder, envolvendo não apenas destinatários virtuais, mas também pessoas de carne e osso. O respeito fundamental pela dignidade humana requer a rejeição de que a unicidade da pessoa seja identificada com um conjunto de dados. Não se deve permitir que os algoritmos determinem o modo como entendemos os direitos humanos, ponham de lado os valores essenciais da compaixão, da misericórdia e do perdão, ou eliminem a possibilidade de um indivíduo mudar e deixar para trás o passado.

Neste contexto, não podemos deixar de considerar o impacto das novas tecnologias no âmbito laboral: trabalhos, que outrora eram prerrogativa exclusiva da mão-de-obra humana, acabam rapidamente absorvidos pelas aplicações industriais da inteligência artificial. Também neste caso, há substancialmente o risco duma vantagem desproporcionada para poucos à custa do empobrecimento de muitos.  A Comunidade Internacional, ao ver como tais formas de tecnologia penetram cada vez mais profundamente nos locais de trabalho, deveria considerar como alta prioridade o respeito pela dignidade dos trabalhadores e a importância do emprego para o bem-estar econômico das pessoas, das famílias e das sociedades, a estabilidade dos empregos e a equidade dos salários.

 

6. Transformaremos as espadas em relhas de arado?

 

Nestes dias, contemplando o mundo que nos rodeia, não se pode ignorar as graves questões éticas relacionadas com o setor dos armamentos. A possibilidade de efetuar operações militares através de sistemas de controle remoto levou a uma percepção menor da devastação por eles causada e da responsabilidade da sua utilização, contribuindo para uma abordagem ainda mais fria e destacada da imensa tragédia da guerra. A pesquisa sobre as tecnologias emergentes no setor dos chamados «sistemas de armas letais autônomas», incluindo a utilização bélica da inteligência artificial, é um grave motivo de preocupação ética. Os sistemas de armas autônomos nunca poderão ser sujeitos moralmente responsáveis: a exclusiva capacidade humana de julgamento moral e de decisão ética é mais do que um conjunto complexo de algoritmos, e tal capacidade não pode ser reduzida à programação duma máquina que, por mais «inteligente» que seja, permanece sempre uma máquina. Por esta razão, é imperioso garantir uma supervisão humana adequada, significativa e coerente dos sistemas de armas.

Também não podemos ignorar a possibilidade de armas sofisticadas caírem em mãos erradas, facilitando, por exemplo, ataques terroristas ou intervenções visando desestabilizar instituições legítimas de Governo. Em resumo, o mundo não precisa realmente que as novas tecnologias contribuam para o iníquo desenvolvimento do mercado e do comércio das armas, promovendo a loucura da guerra. Ao fazê-lo, não só a inteligência, mas também o próprio coração do homem, correrá o risco de se tornar cada vez mais «artificial». As aplicações técnicas mais avançadas não devem ser utilizadas para facilitar a resolução violenta dos conflitos, mas para pavimentar os caminhos da paz.

Numa ótica mais positiva, se a inteligência artificial fosse utilizada para promover o desenvolvimento humano integral, poderia introduzir inovações importantes na agricultura, na instrução e na cultura, uma melhoria do nível de vida de inteiras nações e povos, o crescimento da fraternidade humana e da amizade social. Em última análise, a forma como a utilizamos para incluir os últimos, isto é, os irmãos e irmãs mais frágeis e necessitados, é a medida reveladora da nossa humanidade.

Um olhar humano e o desejo dum futuro melhor para o nosso mundo levam à necessidade dum diálogo interdisciplinar voltado para um desenvolvimento ético dos algoritmos – a algor-ética -, em que sejam os valores a orientar os percursos das novas tecnologias.  As questões éticas deveriam ser tidas em consideração desde o início da pesquisa, bem como nas fases de experimentação, projetação, produção, distribuição e comercialização. Esta é a abordagem da ética da projetação, na qual as instituições educativas e os responsáveis pelo processo de decisão têm um papel essencial a desempenhar.

 

7. Desafios para a educação

 

O desenvolvimento duma tecnologia que respeite e sirva a dignidade humana tem implicações claras para as instituições educativas e para o mundo da cultura. Ao multiplicar as possibilidades de comunicação, as tecnologias digitais permitiram encontrar-se de novas formas. Todavia continua a ser necessária uma reflexão contínua sobre o tipo de relações para onde nos estão encaminhando. Os jovens estão a crescer em ambientes culturais impregnados de tecnologia, o que não pode deixar de pôr em causa os métodos de ensino e formação.

A educação para o uso de formas de inteligência artificial deveria visar sobretudo a promoção do pensamento crítico. É necessário que os utentes das várias idades, mas principalmente os jovens, desenvolvam uma capacidade de discernimento no uso de dados e conteúdos recolhidos na web ou produzidos por sistemas de inteligência artificial. As escolas, as universidades e as sociedades científicas são chamadas a ajudar os estudantes e profissionais a assumir os aspetos sociais e éticos do progresso e da utilização da tecnologia.

A formação no uso dos novos instrumentos de comunicação deveria ter em conta não só a desinformação, as notícias falsas, mas também a recrudescência preocupante de «medos ancestrais (…) que souberam esconder-se e revigorar-se por detrás das novas tecnologias».  Infelizmente, encontramo-nos mais uma vez a combater «a tentação de fazer uma cultura dos muros, de erguer os muros (…), para impedir este encontro com outras culturas, com outras pessoas» e o desenvolvimento duma coexistência pacífica e fraterna.

 

8. Desafios para o desenvolvimento do direito internacional

 

O alcance global da inteligência artificial deixa claro que, juntamente com a responsabilidade dos Estados soberanos de regular a sua utilização internamente, as Organizações Internacionais podem desempenhar um papel decisivo na obtenção de acordos multilaterais e na coordenação da sua aplicação e implementação. A este respeito, exorto a Comunidade das Nações a trabalhar unida para adotar um tratado internacional vinculativo, que regule o desenvolvimento e o uso da inteligência artificial nas suas variadas formas. Naturalmente o objetivo da regulamentação não deveria ser apenas a prevenção de más aplicações, mas também o incentivo às boas aplicações, estimulando abordagens novas e criativas e facilitando iniciativas pessoais e coletivas. 

Em última análise, na busca de modelos normativos que possam fornecer uma orientação ética aos criadores de tecnologias digitais, é indispensável identificar os valores humanos que deveriam estar na base dos esforços das sociedades para formular, adotar e aplicar os quadros legislativos necessários. O trabalho de elaboração de diretrizes éticas para a produção de formas de inteligência artificial não pode prescindir da consideração de questões mais profundas relativas ao significado da existência humana, à proteção dos direitos humanos fundamentais, à busca da justiça e da paz. Este processo de discernimento ético e jurídico pode revelar-se preciosa ocasião para uma reflexão compartilhada sobre o papel que a tecnologia deveria ter na nossa vida individual e comunitária e sobre a forma como a sua utilização possa contribuir para a criação dum mundo mais equitativo e humano. Por este motivo, nos debates sobre a regulamentação da inteligência artificial, dever-se-ia ter em conta as vozes de todas as partes interessadas, incluindo os pobres, os marginalizados e outros que muitas vezes permanecem ignorados nos processos de decisão globais.

 

* * *

 

Espero que esta reflexão encoraje a fazer com que os progressos no desenvolvimento de formas de inteligência artificial sirvam, em última análise, a causa da fraternidade humana e da paz. Não é responsabilidade de poucos, mas da família humana inteira. De facto, a paz é fruto de relações que reconhecem e acolhem o outro na sua dignidade inalienável, e de cooperação e compromisso na busca do desenvolvimento integral de todas as pessoas e de todos os povos.

No início do novo ano, a minha oração é que o rápido desenvolvimento de formas de inteligência artificial não aumente as já demasiadas desigualdades e injustiças presentes no mundo, mas contribua para pôr fim às guerras e conflitos e para aliviar muitas formas de sofrimento que afligem a família humana. Possam os fiéis cristãos, os crentes das várias religiões e os homens e mulheres de boa vontade colaborar harmoniosamente para aproveitar as oportunidades e enfrentar os desafios colocados pela revolução digital, e entregar às gerações futuras um mundo mais solidário, justo e pacífico.

Vaticano, 8 de dezembro de 2023.

Francisco

 

Jesus Cristo: a Palavra se fez carne e habitou entre nós

Quem é Jesus para nós? Vejamos com os olhos da fé (Jo 1,1-14)

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. João, um enviado de Deus, veio dar testemunho dessa verdadeira Luz. O verbo se fez carne e habitou entre nós, o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Assim nós lemos quando vamos fazer a leitura do prólogo do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.

No tempo de Jesus, acreditava-se que a vinda do Messias seria precedida pelo envio de Elias, que prepararia o povo para a chegada do Salvador, restaurando a Lei de Moisés (cf. Mt 3,22ss). Havia, naquele tempo, uma expectativa messiânica muito grande por parte dos Judeus. O Messias seria aquele que iria restaurar a Aliança feita entre Deus e seu povo e destituir as autoridades por sua infidelidade.

João, aquele que batizava com água, incomodava com suas pregações, e o povo queria saber se era ele o Messias. E João disse ser a “voz que grita no deserto”, critica o sistema existente e chama a atenção das autoridades, não para a sua pessoa, mas para a sua pregação que anuncia alguém que chega depois dele e que já está presente. Ele veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. O Verbo era a luz verdadeira que ilumina todos os homens.

ANTES JESUS ERA O VERBOE O VERBO SE FEZ CARNE

Antes de ser gerado Jesus fazia parte de Deus, estava nele. Quando lemos na Bíblia: “EU SOU aquele que é… EU SOU me enviou até vós… este é meu nome para sempre… (Ex 3,14-15), aquele Deus que falava com Moisés, que viu e ouviu o clamor do seu povo. O próprio Deus, criador de todas as coisas que armou sua tenda e fez morada no meio de nós. Jesus é esse mesmo Deus, encarnado. O Deus que se fez homem e habitou entre nós.

A Palavra se fez carne. Jesus é a Palavra que veio como homem e habitou entre nós. Jesus é a imagem do Deus invisível que se fez homem para revelar a nós quem é Deus e nos mostrar o caminho para se chegar até Deus. A encarnação de Jesus, ou seja, o seu ministério de Filho vem com o seu nascimento aqui na terra e se coloca na sua missão de nos dar a conhecer quem é Deus. O que Deus quer é se revelar, ser conhecido na pessoa de Jesus.  Jesus vive plenamente a sua humanidade e nela revela que é o Pai, e o seu amor incondicional por nós. Não acreditar que Jesus é o Deus encarnado é não acreditar nele como Salvador, mas apenas como profeta.

A BELEZA COMO TRANSMISSORA DA FÉ

Maravilhar-se com a beleza da presença do Deus que vem e se faz humano no meio de nós, precisa-se situar-se em meio a beleza do mundo em que vivemos, todas criadas por Deus, valorizá-las. É nas pequenas coisas, nos pequenos detalhes que cada pessoa pode perceber o seu dom criativo e artístico ofertado por Deus. E, a partir de suas percepções, pode sentir-se atraída para o silêncio e a contemplação, procurando o encontro com Deus, o grande Artista da criação.

Nos tempos atuais parece ser difícil perceber a delicadeza de Deus, mas precisamos redirecionar o nosso olhar, assim como os reis magos que procuravam o menino-Deus nos palácios, mas foram encontrá-lo em meio aos pastores, num estábulo. O nascimento de Jesus é para nós a renovação de toda nossa vida. A cada ano somos chamados a fazer uma reciclagem em nossa forma de vida, tirar os vernizes que acumulam para deixar transparecer a beleza da essência do ser humano criado por Deus.

Jesus é a fonte de toda a beleza, de toda esperança, pois nele a redenção da humanidade, prometida e profetizada se cumpriu. Que ainda hoje possamos viver o Natal com a mesma esperança de outrora, com entusiasmo, pois ele continua sendo a fonte da qual jorra luz, energia, ânimo e esperança e nos levam a acreditar que a vida tem sentido, que o futuro é possível e o mundo pode e deve ser melhor. Fazer crescer a esperança que nasce do Natal, exige de nós abertura, acolhida e generosidade para também sermos estrela da esperança para outro.

Aprendamos com Jesus – fazendo-se homem, vivendo e convivendo no meio de nós, coloca-se a serviço do Reino de Deu e nos revela a Vontade do Pai. Jesus é a presença; é a ação de Deus em nossa história.  Mostra-nos como Deus tem sempre o seu olhar direcionado para o nosso coração e derrama graças, não se preocupando com as nossas aparências, mas com o nosso agir.

Aprendamos também com Maria: Cantemos com Maria o Magnificat, canto de louvor e gratidão a Deus. Ela, na sua fidelidade e perseverança, coloca em prática o seu sim dado a Deus. “Faça-se em mim segundo a tua vontade”. O Espírito se alegra em Deus meu salvador. O seu testemunho demonstra sua entrega a Deus, e vive a alegria, mesmo diante das dificuldades, na certeza de que Deus continua dirigindo seu olhar para a pequenez de sua serva. Demonstremos, através de nossos gestos e atitudes, a gratidão. Através da gratidão revela um coração grandioso. Um coração que crê. Crê em um Deus que se fez homem, encarnou-se e habitou entre nós.

Fonte: Blog Catequese Hoje – Por Neuza Silveira de Souza (Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte).

Papa Francisco: a corrupção é perigosa, precisamos estar muito atentos

O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, os funcionários do Escritório do Auditor Geral, um organismo vaticano instituído, juntamente com outros, há nove anos, com o Motu Proprio Fidelis dispensator et prudens. O desejo de Francisco ao criar esse organismo vaticano, há nove anos, com o Motu Proprio Fidelis dispensator et prudens era lançar algumas reformas econômicas, em continuidade com o trabalho já iniciado pelo Papa Bento XVI.

Um órgão cujas funções foram então melhor definidas nos Estatutos subsequentes e reafirmadas na Constituição Apostólica Praedicate Evangelium.

O Papa Francisco no seu discurso entregue aos presentes dentre os vários aspectos e valores que caracterizam esse Escritório, recordou brevemente três: independência, atenção às práticas internacionais e profissionalismo.

Em primeiro lugar, a independência. O Escritório do Auditor Geral não depende hierarquicamente de outros órgãos. Entretanto, longe de significar arbitrariedade, isso implica a responsabilidade de uma ação sempre bem pensada e inspirada no mais alto princípio da caridade. É importante que o espírito de correção fraterna sempre o guie, mesmo quando for necessário apontar práticas contábeis e administrativas que não estejam de acordo com as regras e situações a serem corrigidas.

A Palavra de Deus – escreveu o Papa – nos ensina que “o Senhor corrige aqueles a quem ama, como um pai corrige seu filho amado” (Pr 3, 12). Lembremo-nos dessas palavras que acompanham a correção: amor e paternidade, sempre, sem ceder à tentação do protagonismo fácil.

A esse respeito Francisco diz que é bom recordar, com espírito sinodal, a importância da colaboração do Escritório com os outros Dicastérios da Cúria e, em particular, com os organismos econômicos, evitando “competições” que podem facilmente se transformar em rivalidade, também em nível pessoal.

Em segundo lugar, atenção às práticas internacionais. É importante promover a aplicação das melhores práticas, promover a justiça e estar alinhado com o restante da comunidade internacional, desde que, é claro, os padrões não contradigam os ensinamentos da Igreja.

Terceiro lugar: profissionalismo. Referindo-se aos presentes salientou que eles têm um histórico profissional considerável, adquirido em organizações importantes. Em alguns casos, isso significa décadas de experiência trabalhando em alto nível, e o Papa agradeceu-lhes por terem decidido colocar tudo isso a serviço da Santa Sé.

“Sei que, para manter altos padrões profissionais, o senhor investe muito em treinamento, e isso é bom. O Papa Francisco recordou então que o “Escritório do Auditor Geral também é uma das Autoridades Anticorrupção de acordo com a Convenção de Mérida, à qual a Santa Sé aderiu em 2016 também em nome do Estado da Cidade do Vaticano.

“Certamente, – acrescentou o Papa – aqueles que trabalham na Santa Sé e no Estado da Cidade do Vaticano o fazem com fidelidade e honestidade, mas a tentação da corrupção é tão perigosa que precisamos estar muito atentos”.

“Sei que os senhores dedicam muita atenção a isso, com um trabalho que é administrado com firmeza e misericordiosa discrição, porque, sujeito à necessidade de transparência absoluta em todas as ações, os escândalos servem mais para encher as páginas dos jornais do que para corrigir em profundidade comportamentos”. “Convido-os, – disse Francisco – além disso, a ajudar os responsáveis pela administração dos bens da Santa Sé a criar salvaguardas que possam impedir, “no início”, que a própria insidiosidade da corrupção se concretize”.

O Papa concluiu seu discurso dizendo que sabe que alguns dos presentes servem no refeitório da Caritas. “É uma coisa bonita, e eu lhes digo: façam isso com o coração aberto, com simplicidade e gratuidade, e encontrem tempo para conversar com essas pessoas e ouvir suas histórias. Muitas vezes se encontram pessoas que precisam de amizade, mas que são deixadas sozinhas. Muitas vezes, um sorriso e uma palavra valem ainda mais do que um prato de macarrão”.

Por Silvonei José – Vatican News

“Em Belém, casa do pão, Deus nos faz irmãos”.

No próximo domingo, na Solenidade de Cristo Rei, além de encerrar o Ano Vocacional e celebrar o Dia dos Leigos na Igreja no Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e as dioceses brasileiras darão início à Campanha para a Evangelização 2023, com o tema: “Em Belém, casa do pão, Deus nos faz irmãos”.

A Campanha propõe a celebração dos 800 anos de criação por São Francisco de Assis do presépio, Admirável Sinal, e estimulará as famílias e comunidades católicas do país a montarem e a compartilharem fotos usando a hashtag: #presepioemcasa.

De acordo com o secretário executivo do Setor de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul, esta campanha quer ser uma ponte entre a Campanha da Fraternidade 2023, que tratou sobre a fome, e a de 2024, na qual abordaremos a amizade social. Serão três semanas intensas de mobilização, em vista do ponto alto que é a Coleta Nacional, dias 16 e 17 de dezembro, no terceiro domingo do Advento.

Sustentação das obras de Evangelização

Os recursos arrecadados na Coleta Nacional garantem a sustentabilidade das obras de Evangelização da Igreja no Brasil, dos 19 regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e de todo trabalho pastoral, incluindo a produção de publicações, que desenvolve a CNBB.
Para dinamizar a Campanha para a Evangelização, o Setor de Campanhas e Assessoria de Comunicação da CNBB e parceiros, como a Rádio Aparecida, televisões de inspiração católica TV Pai Eterno e Canção Nova, desenvolveram uma série de materiais para redes sociais, spots e programetes para rádios católicas, texto-base e pequenos vídeos que circularão nas televisões de inspiração católicas do país. As dioceses  receberam o envelope para a Coleta Nacional, dias 16 e 17/12.
A CNBB também desenvolveu uma série de reuniões com mobilizadores (jornalistas e secretários executivos de nossos regionais e também com as TVs católicas). Na véspera da Coleta Nacional, as TVs se comprometeram a falar em toda a programação, com seus principais apresentadores, da Campanha, dos seus resultados e da coleta.

Conteúdos e cronograma da Campanha

 

Materiais da Campanha para a Evangelização – Material para redes sociais, rádios, tvs e também 4 roteiros com conteúdo formativo e celebrativos com seus respectivos links de acesso. Todo o material também está disponível para download no site campanhas.cnbb.org.br.  Acesse (aqui)

Cronograma de Comunicação da Campanha – Para assegurar um alinhamento de toda a Igreja no Brasil e apoiadores nas publicações e uso dos materiais, neste arquivo encontra-se detalhado o cronograma de comunicação e mobilização que indica o foco e que materiais serão divulgados durante cada uma das três semanas de realização da campanha. Na primeira da semana, de 26/11 a 2/12 o foco é na apresentação da Campanha e todos produtos de comunicação desenvolvidos neste sentido.  Acesse (aqui)
Fonte: CNBB

“Peregrinos da Esperança”

A Igreja celebrará em 2025 mais um Jubileu ordinário. O Papa Francisco escolheu o tema “Peregrinos da Esperança” e indicou que a preparação para esse momento levasse em conta a oração e o estudo dos documentos do Concílio Vaticano II. Aqui no Brasil, uma equipe de animação foi montada para articular as ações nacionais em relação ao Jubileu 2025.

O arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Justino de Medeiros Silva, coordena a equipe de animação do Jubileu no país. Para ele, a escolha do tema pelo Papa Francisco representa “uma percepção do quanto a esperança é importante no tempo da história que estamos vivendo”. Ele considera que o estabelecimento desse grupo de animação nacional seja um sinal da acolhida da Igreja do Brasil ao apelo do Papa.

Preparando o Jubileu

“Em razão dessa preparação, haverá o encontro em Brasília com o sub-prefeito do Dicastério para a Nova Evangelização, dom Rino Fisichella. Ele vem de Roma para animar na compreensão do que é o Jubileu 2025 e também trazer sugestões e dialogar conosco a partir das nossas experiências eclesiais”, conta dom João Justino.

Para este encontro, que será realizado nos dias 29 e 30 de janeiro de 2024, cada diocese é convocada a enviar no mínimo um representante para momentos de aprofundamento e para que, segundo dom João Justino, “possamos assim, juntos, nessa bela diversidade que compõe tudo que é nacional, pela extensão do Brasil, compormos um projeto, uma programação que valorize todos os setores da vida da Igreja”.

Entre os temas previstos para a reflexão durante o encontro, estão os “Desafios para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil”; “O Jubileu na Bíblia” e “Perspectivas para o Jubileu no Brasil”. Já dom Rino Fisichella vai conduzir as reflexões sobre os anseios do Papa Francisco com o Jubileu, “O que vai acontecer no Jubileu” e “Como operacionalizar o Jubileu da Esperança”.

Articulações

Na útlima semana, três encontros foram oportunidades para alavancar as articulações para o Jubileu. Uma reunião virtual que colocou à mesa a Assessoria de Comunicação da CNBB, a Pastoral da Comunicação nacional (Pascom Brasil) e a associação católica de comunicação Signis Brasil foi ocasião para pensar iniciativas de divulgação do Jubileu.

Durante a reunião do Conselho Permanente, os bispos deram sugestões de iniciativas que podem ser promovidas em âmbito nacional de modo a favorecer a participação de todos os fiéis, especialmente nas iniciativas de oração e peregrinações. Também a reunião do Grupo de Assessores foi momento de recolher indicações para a equipe de trabalho.

2024: Ano de Oração​

– As dioceses são convidadas a promover a centralidade da oração individual e comunitária, propondo peregrinações e percursos ou escolas de oração que envolvam todo o povo de Deus. ​

Propostas da Equipe Nacional​

– Videoaulas sobre os Cadernos do Concílio em parceria com o Regional Sul 2; ​
– Elaboração de uma cartilha para compreender o Jubileu 2025; ​
– Lives de divulgação dos Cadernos do Concílio; ​
– Envolver as TVs de inspiração católica nas iniciativas sobre a oração; ​
– Recuperar as iniciativas de oração já motivadas pelas dioceses e regionais; ​
– Símbolo concreto para algum tipo de peregrinação.

Fonte: CNBB

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