Michel Hoguinelle

Regionais da CNBB promovem iniciativas em vista das eleições gerais deste ano

A Igreja no Brasil está atenta à realidade brasileira e deseja contribuir mais uma vez na conscientização do povo brasileiro por ocasião das eleições gerais deste ano. “Olhamos para a realidade brasileira com o coração de pastores, preocupados com a defesa integral da vida e da dignidade da pessoa humana, especialmente dos pobres e excluídos”, afirmam os bispos na mensagem “Compromisso e esperança”, divulgada na 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em abril.

A atual situação do País, segundo o episcopado, exige discernimento e compromisso de todos os cidadãos e das instituições e organizações responsáveis pela justiça e pela construção do bem comum. É neste contexto que dioceses e regionais da CNBB mobilizam-se para contribuir no processo eleitoral.

O regional Sul 2 da CNBB, que compreende o estado do Paraná, montou uma cartilha na qual dá destaque à esperança, revalorizando a política. Construída com o apoio da Presidência da CNBB e com a participação do assessor político da Conferência, padre Paulo Renato de Campos, é um subsídio destinado a eleitores e candidatos, a grupos, comunidades e meios de comunicação.

O arcebispo de Londrina (PR), dom Geremias Steinmetz, explica que a cartilha já uma tradição no regional e neste ao teve o pedido para que fosse fornecida para todos os regionais do país.

“O objetivo é exatamente produzir cada vez mais consciência de bons eleitores no nosso povo para que, de fato, nesse momento difícil que também nós vivemos aqui no nosso país, a gente possa dar uma orientação a partir da fé, apartidária, naturalmente, mas que possa nos ajudar a elegermos bem, a votarmos bem, a termos de fato consciência de que o nosso voto possa colaborar com os rumos que estamos dando para nossa sociedade brasileira”.

O material, disponível aqui, está dividido em quatro partes: Preocupações, que aborda a realidade, a crise ética, as ameaças à democracia, a corrupção e os sinais de esperança; Igreja e as Eleições, com palavras do papa Francisco, as cartilhas e debates produzidos pela Igreja, a Lei da Ficha Limpa e o incentivo aos leigos e leigas na vida pública; Eleições 2018 e alterações na Lei Eleitoral; e Corresponsabilidade pelo Brasil, capítulo com diversas orientações para antes e depois do voto.

Leste II – Minas Gerais e Espírito Santo

Em Minas Gerais, representantes das Províncias Eclesiásticas de Belo Horizonte, Diamantina e Mariana planejaram ações com o objetivo de contribuir para a formação cidadã, visando o processo eleitoral. Serão elaborados materiais audiovisuais, que serão disponibilizados para todas as comunidades de fé e meios de comunicação, comprometidos com a qualificação da democracia no Brasil.

Integram o conjunto de produções audiovisuais a série de vídeos produzidos pelo Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, instituição da arquidiocese de Belo Horizonte, além de pequenos vídeos e programas radiofônicos planejados pela Rede Catedral de Comunicação Católica – TV Horizonte e Rádio América.

De acordo com a arquidiocese de Belo Horizonte, as produções podem ser exibidas livremente, inclusive nas redes sociais. Os vídeos e áudios ficarão disponíveis no site da arquidiocese da capital mineira.

O bispo de Divinópolis (MG), dom José Carlos de Souza Campos, explica que as produções serão dedicadas a temas importantes para o qualificado exercício da cidadania, como democracia, o voto e as suas consequências, o perfil dos candidatos, os perigos das fake news (notícias falsas), elementos de Doutrina Social da Igreja e palavras do Papa Francisco.

“Sabemos que muitas (arqui)dioceses vão produzir cartilhas e mídias próprias. Isso é bom e importante. Precisamos somar nossas forças para fazer com que a política torne-se um efetivo exercício da ampla caridade, priorizando as necessidades dos mais pobres, de quem vive nas periferias geográficas e existenciais”, escreveu em uma carta.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

Papa Francisco acolhe pedido de renúncia de Dom Jeremias Antônio de Jesus

A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 04 de julho, a decisão do papa Francisco em acolher o pedido de renúncia ao governo pastoral da diocese de Guanhães, no Estado de Minas Gerais, apresentado por dom Jeremias Antônio de Jesus. A notícia foi publicada no jornal L’Osservatore Romano, às 12 horas de Roma.

Biografia

Natural de Atibaia (SP), dom Jeremias ingressou no Seminário Arquidiocesano “Bom Jesus”, em Aparecida (SP), no ano de 1987, onde estudou Filosofia. Em 1990 iniciou o curso de Teologia no Instituto Teológico Pio XI, no Alto da Lapa, em São Paulo, residindo em Caieiras (SP), no Seminário “Imaculada Conceição”.

Foi ordenado diácono no dia 6 de janeiro de 1993, na Paróquia de São Pedro Apóstolo, no Bairro do Portão, onde nasceu e cresceu, e presbítero, no dia 10 de dezembro do mesmo ano, na cidade de Atibaia. Na diocese de Bragança exerceu vários ministérios. Foi nomeado bispo da diocese de Guanhães (MG), pelo papa Bento XVI, no dia 30 de maio de 2012.
Fonte: CNBB

Posição da CNBB em defesa incondicional da vida humana e contra o aborto

“O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana”. Essa afirmação é da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitida em Nota Oficial “Pela vida, contra o aborto”, publicada em 11 de abril de 2017. Na ocasião, os bispos reafirmaram a posição firme e clara da Igreja “em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural” e, desse modo lembram condenam “todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil”.

Nos dias 3 e 6 de agosto, a legalização do aborto volta à pauta nacional em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que vai tratar sobre a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, discutida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442.

A ação sustenta que dois dispositivos do Código Penal que instituem a criminalização da interrupção voluntária da gravidez afrontam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos.

Na nota, os bispos ressaltaram que “O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu”.

O documento lembra ainda que “o respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto”. E afirmam: “A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade”.

Leia a nota na íntegra:

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL

Presidência

NOTA DA CNBB

PELA VIDA, CONTRA O ABORTO

“Não matarás, mediante o aborto, o fruto do seu seio”

(Didaquê, século I)

 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Presidência, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural . Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil.

O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso.

A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência e o arcabouço moral do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: “A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis” .

O respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto. O aborto jamais pode ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra pessoa. A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade. O Papa Francisco afirma que “as mães são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer” .

Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos empobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar.

O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo. O Projeto de Lei 478/2007 – “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado.

Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto” . São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto.

É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos.

Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana.

Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros.

Brasília-DF, 11 de abril de 2017.

Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo U. Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

 

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Encontro vocacional em Diamantina

“Vos darei pastores segundo o meu coração!” ( Jr 3,15)

Aconteceu nos dias 22, 23, e 24 de Junho o Segundo Encontro Vocacional no Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus, em Diamantina. Tivemos o número de 21 vocacionados vindos de várias cidades de nossa Arquidiocese e também da Diocese de Guanhães, que vieram 07 vocacionados.  Rezemos pelo discernimento vocacional de cada um deles!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FONTE: Página no Facebook do Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus: (https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1374983229313399&id=1025069060971486)

A Paróquia São Pedro se prepara pra festa de seu padroeiro

A Paróquia São Pedro, em São Pedro do Suaçui, se prepara pra celebrar a festa de São Pedro. Está sendo realizado um triduo em louvor ao santo, o qual foi elaborado por Alessandro, um dos agentes de Pastoral da paróquia, e que trás o tema em sintonia com o Ano do Laicato. O tríduo é um incentivo e sugestão de oração para as comunidades que também celebram ou desejam celebrarem esse importante Apóstolo da Igreja de Cristo.

– TRÍDUO –

FESTA DO PADROEIRO PARÓQUIA SÃO PEDRO – DIOCESE DE GUANHÃES

Tema Geral: “A exemplo de São Pedro, somos chamados a ser Sal da Terra e Luz do Mundo.”

1º Dia: “O CRISTÃO LEIGO, SUJEITO NA IGREJA E NO MUNDO”

Comentarista: Iniciamos com muita alegria o tríduo em preparação a Festa de nosso Padroeiro. Esse ano, refletiremos trechos do Documento 105, da CNBB, Cristãos Leigos e leigas na Igreja e na Sociedade, Sal da Terra e Luz do Mundo(Mt 5, 13-14).

Todos: São Pedro, ajudai-nos a viver nosso batismo, assumindo a missão de missionários(as) de Jesus Cristo.

Comentarista: O documento retrata, que a partir do Concílio Vaticano II, iniciou-se uma caminhada de maior consciência da identidade e da missão dos cristãos leigos e leigas. Houve muitos avanços e recuos. Precisamos recordar e insistir que o primeiro campo e âmbito da missão do cristão leigo é o mundo, hoje definitivamente globalizado, que inclui diferenças econômicas, sociais, políticas, culturais e religiosas e acentua e reforça o individualismo.

Todos: São Pedro, nosso padroeiro inspirai-nos a ser sinal de salvação pelo testemunho e ação, na transformação da nossa sociedade.

Comentarista: O desafio do cristão será, sempre, viver no mundo sem ser do mundo(Jo 17, 15-16). Precisamos discernir, aprender separar as coisas positivas das negativas que fazem parte do modo de vida atual.
Todos: Com São Pedro, avancemos em mares mais profundos, sendo a Igreja da escuta, do diálogo e do encontro.

GESTO CONCRETO

As redes sociais quando usadas indevidamente, põem em risco as relações sociais, éticas e cristãs. Quando bem utilizada, pode ser um excelente instrumento de encontro com as pessoas. A nossa tarefa será convidar as pessoas da comunidade para participar do 2° dia do tríduo, através das redes sociais e acessar com frequência as páginas de nossa paróquia e Diocese.

ORAÇÃO

Todos: Glorioso São Pedro, cremos que vós sois o fundamento da Igreja, o Pastor universal de todos os fiéis, o depositário das chaves do céu e o verdadeiro vigário de Jesus Cristo; gloriamo-nos de sermos vossos súditos e filhos. Uma graça, vos pedimos, com toda a nossa alma: guardai-nos sempre unidos a vós e submissos filialmente a vossos sucessores, os pontífices romanos. Queremos viver e morrer filhos da Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.
Pai Nosso- Ave Maria- Glória ao Pai-Hino a São Pedro

2º DIA: “DISCIPULOS MISSIONÁRIOS E CIDADÃOS DO MUNDO”

Comentarista: Irmãos e irmãs, a nossa fé nos reúne para celebrarmos 2º dia do tríduo em preparação à festa de nosso Padroeiro. Somos igreja, povo santo de Deus, peregrino e evangelizador, Corpo de Cristo presente e atuante na história e templos do Espírito Santo.
Todos: São Pedro, motivai-nos no seguimento de Jesus, como seus discípulos, capazes de doar-nos ao Serviço do Reino de Deus e no amor ao próximo.
Comentarista: Pelos sacramentos da iniciação cristã, sobretudo pelo batismo, todos nos tornamos membros vivos do Povo de Deus. Nessa igualdade comum se funda nossa identidade e dignidade da nossa vocação. Como tais, somos chamados a colaborar na ação evangelizadora, em todos os espaços da Igreja e do mundo.

Todos: Em todos os momentos e espaços, ajudai-nos São Pedro, a sermos Sal e Luz da Terra, assumindo nossa vocação de leigos.

Comentarista: Não é mais possível pensar um Igreja que não incentive a participação e a corresponsabilidade dos cristãos leigos e leigas na missão. Estes devem ser reconhecidos e valorizados, na diversidade de carismas, serviços e ministérios.

Todos: São Pedro, fortaleça-nos no exigente compromisso de ser apóstolos na sociedade de hoje.

GESTO CONCRETO
Os grupos de reflexão são excelentes espaços para meditação e reflexão da Palavra de Deus. O nosso compromisso será participar ativamente dos encontros dos grupos de nossa rua/comunidade, ou formar o grupo onde não exista.

ORAÇÃO 

Todos: São Pedro, a vossa fraqueza humana o levou a negar por três vezes o Bom Mestre, mas as vossas lagrimas de arrependimento vos alcançaram o perdão. Ó grande Santo, dai-nos a graça de vencermos nossas fraquezas humanas e fazei que a nossa fé e o vosso amor para com Cristo seja para nós estimulo que nos leva a vos imitar; e assim, imitando-vos na fé e no amor a Cristo, temos a certeza de que, quando morrermos, vos haveis de receber-nos de braços abertos na porta do reino dos céus. São Pedro, abençoai o Papa, protegei toda a igreja, confirmai os irmãos e irmãs na fé. Todos: Amém!
Pai Nosso- Ave Maria- Glória ao Pai-Hino a São Pedro

3º DIA: “ A AÇÃO TRANSFORMADORA NA IGREJA E NO MUNDO”

Comentarista: Irmãos e irmãs, alegremo-nos todos no Senhor. Iluminados pelo exemplo de nosso padroeiro, aprendamos que, nós cristãos leigos e leigas, somos enviados por Cristo, em comunhão com os ministros ordenados e as pessoas de vida consagrada a sermos fermento na massa.

Todos: A exemplo de São Pedro,” ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda Criatura”.

Comentarista: A missão é o máximo desafio, é a primeira de todas as causas, é razão de toda a vida da Igreja. Não podemos ficar tranquilos no templo, nem dizer: ¨ sempre foi assim¨. A vida é uma missão. A palavra de Jesus nos provoca e nos convoca para sermos verdadeiramente o Povo de Deus, para viver seus ensinamentos nas casas e nas praças, no campo e na cidade, no coração e na vida. Precisamos abandonar as redes do comodismo que nos prende e dedicarmos ao serviço do Reino.

Todos: São Pedro, nosso primeiro Papa, motivai-nos pelas orientações de vosso sucessor, Francisco a ser uma ¨igreja em saída.

GESTO CONCRETO

Somos chamados a evangelizar com ardor, dinamismo, ousadia, criatividade, coragem e alegria. Assumamos o compromisso de engajar nos serviços pastorais, ministérios, movimentos sociais, meios de organização e atuação na vida cultural e política. A messe é grande, os operários são poucos. Contamos e necessitamos do envolvimento de todos.

ORAÇÃO

Todos: Ó glorioso São Pedro, Príncipe dos Apóstolos, a quem o Senhor Jesus escolheu para ser o fundamento da Igreja, entregou as chaves do Reino dos Céus e constituiu Pastor universal dos fiéis, queremos ser sempre vossos súditos e filhos. Confiantes na Palavra do Senhor, que vos concedeu o encargo de confirmar os irmãos na fé, nos conceda a graça de, diante da diversidade das opiniões dos homens, saber professar com firmeza a nossa fé em Cristo, Filho de Deus, e permanecer naquele fervoroso amor a Jesus, que por três vezes proclamastes após a ressurreição. Fazei que sejamos fiéis aos ensinamentos do evangelho, a fim de permanecermos unidos no rebanho do Senhor, sob a vossa guarda, e no amor ao Santo Padre, o Papa, vosso legítimo sucessor, a fim de que, após o tempo desta vida, possamos nos unir para sempre à Igreja triunfante no céu. Todos: Amém.
Pai Nosso- Ave Maria- Glória ao Pai-Hino a São Pedro.

Po: Alessandro Gomes – Agente Pastoral da Paróquia São Pedro, em São Pedro do Suaçui.

E o Jubileu acontece…

Acontece em Conceição do Mato Dentro o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, cuja festa,  é uma das maiores festas religiosas do Brasil. Esse ano é 231 anos do Jubileu,  como todos os anos, de 13 a 24 de junho.

Iniciado oficialmente no distante ano de 1787, neste ano o Jubileu de Conceição chega a sua 231ª celebração, recebendo devotos, turistas e cavaleiros do Brasil inteiro.

Tudo começou no ano de 1734, quando o escravo Antônio Angola encontrou no meio da mata uma imagem de madeira do Jesus crucificado. O vigário padre Manoel de Amorim Coelho, após abençoá-la, a levou imediatamente para a capela consagrada a Nossa Senhora da Conceição, construída anos antes pelo bandeirante e fundador da cidade Gabriel Ponce de Leon, no mesmo local onde hoje está a Igreja Matriz. Acontece que, misteriosamente, a imagem desapareceu da igreja, sendo encontrada no mesmo lugar em que Antônio a encontrou pela primeira vez. O fato se repetiu por outras duas vezes, intrigando os moradores do arraial.

Com o passar do tempo, José Corrêa, um português oriundo da região de Matosinhos, em Portugal, tinha uma grave doença chamada zamparina (a mesma doença de Aleijadinho) e prometeu que, se ficasse curado, construiria um abrigo para a imagem no mesmo lugar onde foi encontrada e para onde retornou por três vezes. José Corrêa se curou e construiu a primitiva igreja, sendo assim o primeiro milagre atribuído ao Senhor Bom Jesus na cidade. Mas a imagem ficou esquecida. Pouco tempo depois, uma forte seca assolou a região e alguém sugeriu ao padre que se fizesse uma procissão com a imagem. Na volta, quando a procissão subia a rua Direita, em direção à igreja, o céu se fechou e caiu uma chuva nunca vista antes, que durou 15 dias sem cessar, sendo o segundo milagre atribuído ao Bom Jesus.

Em 1750, foi fundada a irmandade do Bom Jesus de Matosinhos, que definiu, em 1759, construir uma nova igreja, aproveitando partes da primitiva capela, que passaria a servir de capela-mor. Em 1787, o papa Pio VI concedeu indulgência plenária a todos os devotos que participassem piedosamente do Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Entretanto, há indícios de que a festa, com suas romarias, teve inicio no ano de 1750, ou seja, alguns anos antes da aprovação oficial pelo Papa. Há quem diga que são 267 anos de celebração e devoção ao Senhor Bom Jesus sobre a colina de Conceição do Mato Dentro.

O número de fiéis era tão grande que no ano de 1844, o padre Bento Godim pediu ao Bispo de Mariana autorização para que todo sacerdote que aparecesse em Conceição do Mato Dentro, por ocasião do Jubileu, pudesse receber confissões e pregar. Ficaram assim asseguradas aos milhares de visitantes, condições para que exercessem sua fé e devoção.

A festa, embora tenha também conotação social e comercial decorrente do fluxo de romeiros e visitantes, conserva seu caráter essencialmente religioso. Anualmente, de 13 a 24 de junho, Conceição do Mato Dentro torna-se cenário dessa tradição religiosa que transforma a pequena cidade do interior de Minas. A programação conta com missas diárias e exposição do Santíssimo Sacramento durante 11 dias, sendo que no último dia a imagem sai em procissão rumo à bênção final dos fiéis.
A festa recebe devotos de todo o Brasil, que se reúnem em torno da Igreja Bom Jesus do Matosinhos, buscando alcançar suas graças e fortalecer a sua fé.

O Jubileu*

A tradição do Jubileu aparece no Velho Testamento, registrada no Levítico (Lv25,11; Lc 4,18 s) como um ano de ação de graças. Já naqueles tempos, acontecia o Ano Jubilar: havia redistribuição das terras, perdão das dívidas, libertação de escravos. Jubileu é tempo de perdão, de redenção.

*Informações extraídas do livro: “Jubileu”, de Pe. Eduardo Ribeiro, CSsR.

A solidão online

O universo da internet e suas consequências ainda são uma novidade para o mundo e, sobretudo, para a Igreja. Sendo a internet fruto da inteligência humana criada por Deus, ela está também no plano do Criador.
Talvez a internet seja a mais revolucionária das atuais invenções humanas. Os desdobramentos na vida prática e na mentalidade das pessoas são inimagináveis. Provavelmente, quase tudo irá funcionar através dela.
A meu ver, um dos principais efeitos positivos da internet é nos tornar mais humildes. O nosso orgulho intelectual desaparece e ficamos humilhados diante da simples página de busca do Google. Desapareceu a pessoa considerada uma “intelectual-enciclopédia”. Daqui para frente o homem vai ter que começar a pensar profundamente sobre aquelas coisas que o Google não consegue responder. Creio que a internet fará o homem voltar-se para a busca do essencial, cansado da enxurrada de informações úteis e inúteis que, na maioria das vezes, só o leva à curiosidade ou mesmo à perda de tempo. Daí o tempo parecer passar velozmente, a velhice chegar mais rápida, a morte mais próxima; e o ser humano cada vez mais ansioso e deprimido.
Outra virtude da internet é acabar com a hipocrisia dos relacionamentos sociais. A internet está purificando as amizades reais que, de fato, são poucas. Um pesquisador afirmou que nos interessam somente três ou quatro contatos (“amigos”) que estão nas redes sociais. Os contatos on-line são semelhantes às pessoas conhecidas que cruzamos na calçada e fazem de conta que não nos viram.
A internet será cada vez mais um instrumento maravilhoso do ser humano e provocará na Igreja constante conversão pastoral. Contudo, alguns valores como a fé em Deus, a família, o amor, são tão infinitos, que jamais caberão nas pequenas telas digitais. Para a Igreja o mais importante será sempre o ser humano e não os maravilhosos aparelhos com inúmeras utilidades, que são simplesmente instrumentos que devem ajudar a humanidade a ser cada dia melhor. Enfim, estar conectados é uma coisa, mas estar unidos em fraternidade é outra coisa.
Paradoxalmente, alguns pesquisadores estão afirmando que as redes sociais acentuam a depressão nos seus usuários. A falsa sensação de estar conectado mascara o exacerbado individualismo e egoísmo. O problema da ser humano não é a solidão, o problema é o vazio da alma. Muitos confundem solidão com vazio interior. A solidão é inerente à condição humana. Todos temos no profundo da alma uma região que nada, nem ninguém consegue entrar, nem nós mesmos, somente Deus. Experimentamos a solidão, pelo menos em duas ocasiões, na dor profunda (diante da realidade da morte, por exemplo), e quando temos que tomar uma decisão muito importante que somente nós podemos tomá-la.
Quem tem fé sabe que não está jamais sozinho, mas será sempre habitado por uma “Presença”, misteriosa sim, mas, tremendamente real e envolvente. Quem tem fé sente-se envolvido por uma inexplicável presença amorosa e, portanto, não sentirá solidão. Quem não tem fé, mesmo estando rodeado de muitas pessoas, sente-se sozinha e, geralmente, vive cobrando das pessoas ao seu redor mais atenção e mais afeto.
Muitos querem ilusoriamente preencher o vazio da alma com bens materiais: são as pessoas consumistas; os carreiristas e orgulhosos querem se preencher de poder e cargos ondem possam exibir seu Ego inflado; outros buscam o prazer desenfreado do álcool, drogas, sexo; alguns tentam se preencher com coisas mais nobres: matam-se de trabalhar (workaholics = viciados em trabalho!), outros com malucas filosofias, seitas, ideologias.
Enfim, o resultado de tudo isso será mais vazio e mais tristeza na alma. Meu irmão e minha irmã, tudo isso tem solução: basta deixar de ser egoísta e preguiçoso e começar a ajudar e dar mais atenção às pessoas que estão ao seu redor. Assim fazendo, milagrosamente a paz, a alegria e a serenidade vão jorrar de dentro do seu coração. Simples assim. Faça o teste.

Dom Frei Rubens Sevilha, OCD
Bispo Diocesano de Bauru

Fonte: http://www.bispadobauru.org.br/dom-rubens-a-solidao-on-line_pb_257

Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O II DIA MUNDIAL DOS POBRES

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
(18 DE NOVEMBRO DE 2018)

 

Este pobre grita e o Senhor o escuta

 

1. «Este pobre grita e o Senhor o escuta» (Sl 34,7). As palavras do salmista tornam-se também as nossas no momento em que somos chamados a encontrar-nos com as diversas condições de sofrimento e marginalização em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos que estamos habituados a designar com o termo genérico de “pobres”. Quem escreve aquelas palavras não é estranho a esta condição; bem pelo contrário. Faz experiência direta da pobreza e, apesar disso, transforma-a num cântico de louvor e de agradecimento ao Senhor. Também a nós hoje, imersos em tantas formas de pobreza, este salmo permite que compreendamos quem são os verdadeiros pobres para os quais somos chamados a dirigir o olhar, para escutar o seu grito e conhecer as suas necessidades.

É-nos dito, antes de mais, que o Senhor escuta os pobres que clamam por Ele e que é bom para com os que n’Ele procuram refúgio, com o coração despedaçado pela tristeza, pela solidão e pela exclusão. Escuta os que são espezinhados na sua dignidade e, apesar disso, têm a força de levantar o olhar para as alturas, para receber luz e conforto. Escuta os que são perseguidos em nome de uma falsa justiça, oprimidos por políticas indignas deste nome e atemorizados pela violência; mesmo assim sabem que têm em Deus o seu Salvador. O que emerge desta oração é, antes de mais, o sentimento de abandono e de confiança num Pai que escuta e acolhe. Em sintonia com estas palavras podemos compreender mais a fundo o que Jesus proclamou com a bem-aventurança: «Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus» (Mt 5,3).

Em virtude desta experiência única e, sob muitos aspetos, imerecida e impossível de se exprimir plenamente, sente-se, no entanto, o desejo de a comunicar a outros, antes de mais aos que, como o salmista, são pobres, rejeitados e marginalizados. Com efeito, ninguém pode sentir-se excluído pelo amor do Pai, especialmente num mundo que frequentemente eleva a riqueza ao primeiro objetivo e que faz com que as pessoas se fechem em si mesmas.

2. O salmo caracteriza com três verbos a atitude do pobre e a sua relação com Deus. Antes de mais, “gritar”. A condição de pobreza não se esgota numa palavra, mas torna-se um grito que atravessa os céus e chega até Deus. Que exprime o grito dos pobres, que não seja o seu sofrimento e a sua solidão, a sua desilusão e esperança? Podemos perguntar-nos: como é que este grito, que sobe até à presença de Deus, não consegue chegar aos nossos ouvidos e nos deixa indiferentes e impassíveis? Num Dia como este, somos chamados a fazer um sério exame de consciência, de modo a compreender se somos verdadeiramente capazes de escutar os pobres.

É do silêncio da escuta que precisamos para reconhecer a voz deles. Se falarmos demasiado, não conseguiremos escutá-los. Muitas vezes, tenho receio que tantas iniciativas, apesar de meritórias e necessárias, estejam mais orientadas para nos satisfazer a nós mesmos do que para acolher realmente o grito do pobre. Nesse caso, no momento em que os pobres fazem ouvir o seu grito, a reação não é coerente, não é capaz de entrar em sintonia com a condição deles. Está-se tão presos na armadilha de uma cultura que obriga a olhar-se ao espelho e a acudir de sobremaneira a si mesmos, que se considera que um gesto de altruísmo pode ser suficiente para deixar satisfeitos, sem se deixar comprometer diretamente.

3. Um segundo verbo é “responder”. O Senhor, diz o salmista, não só escuta o grito do pobre, como também responde. A sua resposta, como está atestado em toda a história da salvação, é uma participação cheia de amor na condição do pobre. Foi assim, quando Abraão apresentava a Deus o seu desejo de ter uma descendência, apesar de ele e a mulher Sara, já idosos, não terem filhos (cf. Gn 15,1-6). Aconteceu quando Moisés, através do fogo de uma sarça que ardia sem se consumir, recebeu a revelação do nome divino e a missão de tirar o povo do Egito (cf. Ex 3,1-15). E esta resposta confirmou-se ao longo de todo o caminho do povo no deserto: quando sentia os flagelos da fome e da sede (cf. Ex 16,1-16; 17,1-7) e quando caía na pior miséria, que é a da infidelidade à aliança e da idolatria (cf. Ex 32,1-14).

A resposta de Deus ao pobre é sempre uma intervenção de salvação para cuidar das feridas da alma e do corpo, para repor a justiça e para ajudar a recuperar uma vida com dignidade. A resposta de Deus é também um apelo para que quem acredita n’Ele possa proceder de igual modo, dentro das limitações do que é humano. O Dia Mundial dos Pobrespretende ser uma pequena resposta que, de toda a Igreja, dispersa por todo mundo, é dirigida aos pobres de todos os tipos e de todas as terras para que não pensem que o seu grito tenha caído no vazio. Provavelmente, é como uma gota de água no deserto da pobreza; e, contudo, pode ser um sinal de partilha para com os que estão em necessidade, para sentirem a presença ativa de um irmão e de uma irmã. Não é de um ato de delegação que os pobres precisam, mas do envolvimento pessoal de quem escuta o seu grito. A solicitude dos crentes não pode limitar-se a uma forma de assistência – mesmo se esta é necessária e providencial num primeiro momento –, mas requer aquela «atenção de amor» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 199) que honra o outro enquanto pessoa e procura o seu bem.

4. Um terceiro verbo é “libertar”. O pobre da Bíblia vive com a certeza que Deus intervém a seu favor para lhe restituir a dignidade. A pobreza não é procurada, mas é criada pelo egoísmo, pela soberba, pela avidez e pela injustiça. Males tão antigos como o homem, mas mesmo assim continuam a ser pecados que implicam tantos inocentes, conduzindo a consequências sociais dramáticas. A ação com a qual o Senhor liberta é um ato de salvação para com os que Lhe apresentaram a sua tristeza e angústia. As amarras da pobreza são quebradas pelo poder da intervenção de Deus. Muitos salmos narram e celebram esta história da salvação que encontra correspondência na vida pessoal do pobre: «Ele não desprezou nem repeliu a angústia do pobre, nem escondeu dele a sua face, mas atendeu-o quando Lhe pediu socorro» (Sl 22,25). Poder contemplar a face de Deus é sinal da sua amizade, da sua proximidade, da sua salvação. «Pusestes os olhos na minha miséria e conhecestes as angústias da minha vida; […] colocastes os meus pés num lugar espaçoso» (Sl 31,8-9). Dar ao pobre um “lugar espaçoso” equivale a libertá-lo do “laço do caçador” (cf. Sl91,3), a retirá-lo da armadilha montada no seu caminho, para que possa caminhar desimpedido e encarar a vida com olhar sereno. A salvação de Deus toma a forma de uma mão estendida ao pobre, que oferece acolhimento, protege e permite sentir a amizade de que precisa. É a partir desta proximidade concreta e palpável que tem início um genuíno percurso de libertação: «Cada cristão e cada comunidade são chamados a ser instrumentos de Deus ao serviço da libertação e promoção dos pobres, para que possam integrar-se plenamente na sociedade; isto supõe que sejamos dóceis e atentos, para ouvir o clamor do pobre e socorrê-lo» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 187).

5. Para mim é um motivo de comoção saber que tantos pobres se identificaram com Bartimeu, de quem fala o evangelista Marcos (cf. 10,46-52). O cego Bartimeu «estava sentado a pedir esmola à beira do caminho» (v. 46) e, tendo ouvido dizer que Jesus estava a passar, «começou a gritar» e a invocar o «Filho de David» para que tivesse piedade dele (cf. v. 47). «Muitos repreendiam-no para que se calasse, mas ele gritava cada vez mais» (v. 48). O Filho de Deus escutou o seu grito: «“Que queres que Eu te faça?”. E o cego respondeu-Lhe: “Rabuni, que eu veja de novo”» (v. 51). Esta página do Evangelho torna visível o que o salmo anunciava como promessa. Bartimeu é um pobre que se encontra privado de capacidades fundamentais, como ver e trabalhar. Quantos percursos, também hoje, conduzem a formas de precariedade! A falta de meios elementares de subsistência, a marginalidade quando se deixa de estar no pleno das próprias forças de trabalho, as diversas formas de escravidão social, apesar dos progressos levados a cabo pela humanidade… Quantos pobres, como Bartimeu, estão hoje à beira da estrada e procuram um sentido para a sua condição! Quantos são os que se interrogam sobre o porquê de ter chegado ao fundo deste abismo e sobre o modo de sair dele! Esperam que alguém se aproxime deles e diga: «Coragem! Levanta-te, que Ele está a chamar-te» (v. 49).

Infelizmente, verifica-se com frequência que, pelo contrário, as vozes que se ouvem são as da repreensão e do convite a calar-se e aguentar. São vozes desafinadas, muitas vezes determinadas por uma aversão aos pobres, considerados não apenas como pessoas indigentes, mas também como gente que traz insegurança, instabilidade, desorientação das atividades diárias e, por isso, gente que deve ser rejeitada e mantida ao longe. Há uma tendência a criar distância entre nós e eles, e não nos damos conta que, deste modo, nos tornamos distantes do Senhor Jesus que não os rejeita, mas os chama a Si e os consola. Como soam apropriadas neste caso as palavras do profeta sobre o estilo de vida do crente: «quebrar as cadeias injustas, desatar os laços da servidão, pôr em liberdade os oprimidos, destruir todos os jugos […], repartir o pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm que vestir» (Is58,6-7). Este modo de agir permite que o pecado seja perdoado (cf. 1Pe 4,8), que a justiça faça o seu caminho e que, quando formos nós a gritar ao Senhor, Ele responda e diga: “Estou aqui!” (cf. Is58,9).

6. Os pobres são os primeiros a estar habilitados para reconhecer a presença de Deus e para dar testemunho da sua proximidade na vida deles. Deus permanece fiel à sua promessa e, mesmo na escuridão da noite, não deixa que falte o calor do seu amor e da sua consolação. Contudo, para superar a opressiva condição de pobreza, é necessário que eles se se apercebam da presença de irmãos e irmãs que se preocupam com eles e que, ao abrir a porta do coração e da vida, fazem com que eles se sintam amigos e familiares. Apenas deste modo podemos descobrir «a força salvífica das suas vidas» e «colocá-los no centro do caminho da Igreja» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 198).

Neste Dia Mundial somos convidados a tornar concretas as palavras do salmo: «Os pobres hão de comer e serão saciados» (Sl 22,27). Sabemos que, no templo de Jerusalém, depois do rito do sacrifício, tinha lugar o banquete. Em muitas dioceses, esta foi uma das experiências que, no ano passado, enriqueceu a celebração do primeiro Dia Mundial dos Pobres. Muitos encontraram o calor de uma casa, a alegria de uma refeição festiva e a solidariedade dos que quiseram partilhar a mesa de maneira simples e fraterna. Gostaria que, também este ano, bem como no futuro, este Diafosse celebrado com a marca da alegria pela redescoberta capacidade de estar juntos. Rezar juntos em comunidade e partilhar a refeição no dia de domingo. Uma experiência que nos leva de volta à primeira comunidade cristã, que o evangelista Lucas descreve com toda a sua originalidade e simplicidade: «Os irmãos eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. […] Todos os que haviam abraçado a fé viviam unidos e tinham tudo em comum. Vendiam propriedades e bens e distribuíam o dinheiro por todos, conforme as necessidades de cada um» (At 2,42.44-45).

7. São inúmeras as iniciativas que, todos os dias, a comunidade cristã leva a cabo para dar um sinal de proximidade e de conforto às muitas formas de pobreza que estão diante dos nossos olhos. Muitas vezes, a colaboração com outras realidades, que têm como motor não a fé, mas a solidariedade humana, consegue prestar uma ajuda que, sozinhos, não poderemos realizar. Reconhecer que, no imenso mundo da pobreza, mesmo a nossa intervenção é limitada, frágil e insuficiente leva a estender as mãos aos outros, para que a colaboração recíproca possa atingir o objetivo de maneira mais eficaz. Somos movidos pela fé e pelo imperativo da caridade, mas sabemos reconhecer outras formas de ajuda e solidariedade que se propõem em parte os mesmos objetivos; desde que não descuidemos o que nos é próprio, isto é, levar todos até Deus e à santidade. O diálogo entre as diversas experiências e a humildade de prestar a nossa colaboração, sem qualquer espécie de protagonismos, é uma resposta adequada e plenamente evangélica que podemos realizar.

Diante dos pobres não se trata de jogar para ter a primazia da intervenção, mas podemos reconhecer humildemente que é o Espírito quem suscita gestos que são sinal da resposta e da proximidade de Deus. Quando descobrimos o modo de nos aproximarmos dos pobres, sabemos que a primazia Lhe pertence a Ele que abriu os nossos olhos e o nosso coração à conversão. Não é de protagonismo que os pobres precisam, mas de amor que sabe esconder-se e esquecer o bem realizado. Os verdadeiros protagonistas são o Senhor e os pobres. Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos de Deus para fazer reconhecer a sua presença e a sua salvação. É São Paulo quem o recorda, quando escreve aos cristãos de Corinto, que competiam entre si nos carismas procurando os mais prestigiosos: «O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de ti”; nem a cabeça dizer aos pés: “Não preciso de vós”» (1Cor 12,21). O Apóstolo faz uma consideração importante, observando que os membros do corpo que parecem mais fracos são os mais necessários (cf. v. 22); e que os que «nos parecem menos honrosos cuidamo-los com maior consideração, e os menos decorosos são tratados com maior decência, ao passo que os que são mais decorosos não precisam de tais cuidados» (vv. 23-24). Ao ministrar um ensinamento fundamental sobre os carismas, Paulo educa também a comunidade para a atitude evangélica para com os seus membros mais fracos e necessitados. Longe dos discípulos de Cristo sentimentos de desprezo e de pietismo para com eles; pelo contrário, são chamados a honrá-los, a dar-lhes precedência, convictos de que eles são uma presença real de Jesus no meio de nós. «Tudo o que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes» (Mt 25,40).

8. Aqui compreende-se como o nosso modo de viver é diferente do do mundo, que louva, segue e imita os que têm poder e riqueza, ao passo que marginaliza os pobres e os considera um refugo e uma vergonha. As palavras do Apóstolo são um convite para conferir plenitude evangélica à solidariedade para com os membros mais fracos e menos dotados do Corpo de Cristo: «Se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele» (1Cor12,26). Na mesma linha, na Carta aos Romanos exorta-nos: «Alegrai-vos com os que estão alegres, chorai com os que choram. Tende os mesmos sentimentos uns para com os outros. Não aspireis às grandezas, mas conformai-vos com o que é humilde» (12,15-16). Esta é a vocação do discípulo de Cristo; o ideal para o qual se deve tender com perseverança é assimilar cada vez mais em nós os «sentimentos de Cristo Jesus» (Flp 2,5).

9. Uma palavra de esperança torna-se o epílogo natural para o qual a fé orienta. Muitas vezes, são mesmo os pobres a colocar em crise a nossa indiferença, filha de uma visão da vida, demasiado imanente e ligada ao presente. O grito do pobre é também um grito de esperança com a qual ele dá mostras da certeza de ser libertado. A esperança, que se alicerça no amor de Deus que não abandona quem n’Ele confia (cf. Rm 8,31-39). Escrevia Santa Teresa de Ávila no seu Caminho de Perfeição: «A pobreza é um bem que encerra em si todos os bens do mundo; assegura-nos um grande domínio; quero dizer que nos torna senhores de todos os bens terrenos, uma vez que nos leva a desprezá-los» (2,5). É na medida em que somos capazes de discernir o verdadeiro bem que nos tornamos ricos diante de Deus e sábios diante de nós mesmos e dos outros. É mesmo assim: na medida em que se consegue dar um sentido justo e verdadeiro à riqueza, cresce-se em humanidade e torna-se capazes de partilha.

10. Convido os irmãos bispos, os sacerdotes e, de modo particular, os diáconos, a quem foram impostas as mãos para o serviço aos pobres (cf. At6,1-7), juntamente com as pessoas consagradas e tantos leigos e leigas que nas paróquias, nas associações e nos movimentos tornam palpável a resposta da Igreja ao grito dos pobres, a viver este Dia Mundial como um momento privilegiado de nova evangelização. Os pobres evangelizam-nos, ajudando-nos a descobrir cada dia a beleza do Evangelho. Não deixemos cair no vazio esta oportunidade de graça. Neste dia, sintamo-nos todos devedores para com eles, para que, estendendo reciprocamente as mãos um ao outro, se realize o encontro salvífico que sustenta a fé, torna eficaz a caridade e habilita a esperança para prosseguir com firmeza pelo caminho em direção ao Senhor que vem.

Vaticano, 13 de junho de 2018

Memória litúrgica de Santo Antônio  de Pádua

Francisco, PP

Encontro da Área Pastoral São Miguel

A Área Pastoral São Miguel é composta pelas paróquias: Nossa Senhora Aparecida (Bairro Pito-Guanhães); Nossa Senhora das Dores (Dores de Guanhães); Nossa Senhora Mãe do Homens (Materlândia); Nossa Senhora da Pena (Rio Vermelho); Nossa Senhora do Porto (Senhora do Porto);  São Miguel e Almas (Guanhães), e São Sebastião (Sabinópolis). Mensalmente, as lideranças e os padres se reúnem todo segundo sábado, cujo coordenador da Área é o Pe. Salomão, administrador paroquial da Paróquia Nossa Senhora da Pena, em Rio Vermelho.

Na manhã do sábado, 09 de junho, como de costume, aconteceu o encontro, dos  coordenadores das Pastorais e Movimentos, da paróquia São Miguel e lideranças das demais paróquias acima citadas. Também participaram do encontro, os padres: Adão, Hermes, João Gomes, José Adriano e Mário Gomes (Marinho) além do Diácono Edmilson. O coordenador da área,  Pe. Salomão, não pôde estar presente.

As coordenadoras de Catequese Vera Pimenta e Eliana Alvarenga atendendo ao convite de Pe Salomão, assessoram o encontro. Elas conduziram o momento com o grupo, levando-os a uma autoavaliação de seu papel de liderança frente aos trabalhos exercidos em suas comunidades paroquiais. Foram usados slides, e os mesmos usados por elas,  foram extraídos do livro: “ENTRE VÓS NÃO SEJA ASSIM – Guia ao serviço de liderança”,  do autor Flávio Lorenzo Marchesini de Tomas publicado pela  Editora Paulinas.

No próximo encontro, que provavelmente será no segundo sábado de julho, acontecerá a continuidade do trabalho realizado.

Texto: Eliana Alvarenga

231° Jubileu do Bom Jesus

231°  Jubileu do Bom Jesus

Alegra-se o nosso coração em celebrar os 231 anos do Jubileu do Bom Jesus, de 13 a 24 de junho, em Conceição do Mato Dentro – MG .

São 231 anos de oração, devoção, romarias, demonstrações de fé; e grande busca de esperança e força para vencer as lutas e labores que a vida nos propõem; sem perder, é claro, a dinâmica do serviço a Deus; de levar o Evangelho aos corações, contribuindo assim, com a missão profética de toda a Igreja, e em particular, a nossa igreja  diocesana.

Com essa expectativa e com o coração repleto de júbilo, convidamos Vossa Senhoria a celebrar conosco este momento ímpar de nossa Igreja Particular, para rendermos graças ao Senhor Bom Jesus  pelas inúmeras  bênçãos que Ele tem derramado sobre nós, a cada dia, não nos faltando jamais o necessário auxílio do Espírito Santo.

Muito nos alegramos com vossa presença entre nós. O Bom Jesus espera por você. Obrigado por fazer parte mais uma vez  de nossa história, nos honrando com sua presença!

Programação:

 

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