Com a quarta-feira de cinzas, dia de jejum e abstinência, iniciamos um novo tempo na Igreja; o tempo da Quaresma, esse que trás o intuito de nos preparar para celebrar, de coração renovado, o mistério Pascal de cristo. A celebração em si, e o ato de imposição das cinzas nos lembram o que Jesus nos diz no Evangelho: “Convertei-vos e crede no Evangelho”, (Mc 1,12-15). Continue lendo
“Será que tudo está podre, será que todos estão vazios? Não existe razão, nem existem motivos. Não adianta suplicar porque ninguém responde, não adianta implorar, todo mundo se esconde. É difícil acreditar que somos nós os culpados, é mais fácil culpar Deus ou então o diabo.” (Violência – Titãs) Continue lendo
A indiferença cidadã diante da necessidade de se formular entendimentos a respeito da política traz prejuízos graves. Por isso mesmo, é urgente investir, sem partidarismos e polarizações ideológicas, para que todos possam constituir qualificados juízos políticos – uma tarefa de diferentes instituições, particularmente as educativas, culturais e igrejas. O desinteresse das pessoas em participar, de modo qualificado, de debates e reflexões é um déficit crônico que inviabiliza a contribuição cidadã para edificar uma sociedade mais justa. Em vez de se buscar formar juízos políticos, delega-se a definição dos rumos do país a segmentos específicos, muitas vezes sem credibilidade. Continue lendo
“A oração nos organiza por dentro”.
Sempre me fizeram refletir as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco todos os dias; e sereis minhas testemunhas” (Mt, 28, 18-20; Mc 16, 15-6; Lc 24, 46-48). Esta máxima abre uma reflexão para irmos ao encontro do Ano do Laicato proposto pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) com o objetivo de olhar os cristãos leigos e leigas a compreender sua vocação e missão, atuando como verdadeiros sujeitos eclesiais nas diversas realidades em que estão inseridos na Igreja. Tudo isso, supõe um compromisso e capacidade de compartilhar, como Jesus o fez” (DAp, n. 363). Continue lendo
A sociedade brasileira vive uma situação de caos completo, indicando a necessidade e a urgência de se recuperar a autoridade da moral na consciência de cada indivíduo. A luz da moral é imprescindível para o exercício da cidadania e para o cumprimento de responsabilidades políticas, profissionais, confessionais e familiares. Quando há deterioração moral, a sociedade degenera e impera o caos. Continue lendo
“Nunca saberemos avaliar os ouvidos que nos ouvem”
Sempre que um assunto aparece na mídia, em família ou na sociedade, gostamos de nos manifestar, opinar e argumentar. Isto faz parte do ser humano, não só como pessoa, mas, sobretudo, como cidadão dentro dos seus deveres e obrigações. Daqui que tenho refletido muito sobre o texto bíblico entre o diálogo de Jesus com Pilatos: “O que é a verdade?” (Jo 18, 33- 38). Jesus sabia quem Ele era. Pilatos nem tanto. Naquele tempo todos opinavam sobre Jesus, mas poucos sabiam quem Ele era de fato. Tenho receio de corrermos esse risco hoje. Muitas vezes gostamos de dizer a ‘verdade’, mas será que estamos aptos para ouvi-la. Nossos argumentos, como daqueles do tempo de Jesus, são abastecidos de nutrientes apetitivos. Enchemos-nos do acho que; penso assim; minha opinião é essa. Assim, nos colocamos diante de tudo o que é assunto. Contudo, quando nos toca a ouvir, será que estamos idôneos. Será que temos as proteínas necessárias e todo o cálcio preciso para nos manter de pé frente a uma verdade. No texto bíblico Jesus dá a resposta a Pilatos. Assim diz o texto: “De fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade” (Jo 18, 37). Pilatos, por sua vez, questionou sobre a verdade e o entregou aos judeus (Jo 18, 38-40). Pilatos quis dizer a verdade, mas não a quis ouvir. Por isso, quem se habilita a dizer a verdade também deve ser seu ouvinte. A verdade dói. Só quem conhece o mapa da consciência sabe o quanto tem valor uma verdade. Não no sentido de ser dono dela, mas de fazê-la “caminho, verdade e vida” (Jo 14,6), e se sentir gente diante do que fala. Já nos diz Winston Churchill: “A verdade é inconvertível, a malícia pode atacá-la, a ignorância pode zombar dela, mas no fim; lá está ela”.
Um outro texto bíblico que me chama a atenção e motiva minhas reflexões é o de João 8: “Então, disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Eles responderam-lhe: Somos da descendência de Abraão e jamais fomos escravos de ninguém. Como podes tu afirmar que seremos libertos?” (Jo 8, 31-33). A verdade incomoda. Ela chama atenção em toda a sua organização e da forma como é dita. Falar é fácil. Organizar a metodologia da fala talvez peça um pouco mais de nós. Veja o que diz Ivan Panin: “Para toda verdade há um ouvido em algum lugar para ouvi-la”. Nunca sabemos quem nos vê e quem nos ouve. Aqui está que nosso falar deve respeitar e obedecer aos parâmetros da prudência. Quem fala de cabeça quente ou nervoso atropela o caráter, se envolve com os sentimentos e pode não encontrar a consciência. A verdade é como a mata atlântica, quem não a conhece pode se perder e, para se achar, precisa fazer um longo caminho de volta. Veja como se expressa Joseph Sugarman: “Cada vez que você é honesto e conduz a si próprio com honestidade, uma força de prosperidade impulsionará você em direção a um grande sucesso. Cada vez que você mente, mesmo uma mentira inofensiva, existe forças empurrando você em direção ao fracasso”. É bom ver o por dentro da palavra. O que mata um rato não é um quilo de veneno, mas um grama. A verdade pode não ter grandes espaços, mas enche o coração de quem a diz e, certamente, de quem a escuta. A mentira pode nos facilitar ou ajudar a sair de uma situação, mas sua validade fracassa quando se encontra com a verdade.
Mesmo que a verdade seja uma cruz, sempre nos levará a ressuscitar. Veja o que diz o Mestre Khane: “Não procures a verdade fora de ti, ela está em você”. Não te habilites a confundir a verdade com os requintes festivos da mentira. A verdade pode ser uma simples faísca, mas alcança a mais alta combustão do calor e da luz. Quem diz a verdade, apresenta os “documentos” oficiais apresentados e assinados pela consciência. Quem a escuta jamais coloca em questão sua autoridade. A história a seguir, tirada de um dos meios de comunicação pode nos ajudar a afirmar que, quem diz a verdade, também tenha a humildade de ouvi-la: “Uma senhora tinha um cachorro que lhe era extremamente fiel. Sua confiança no animal oferecia condições deste “cuidar” do seu bebê enquanto ela saía para cuidar de outros assuntos. Ela sempre voltava e via criança dormindo profundamente com o cachorro fiel cuidando. Um dia algo aconteceu. A mulher, como de costume, deixou o bebê nas “mãos” do animal fiel e foi às compras. Quando voltou, ela descobriu uma cena bastante desagradável. O berço do bebê foi desmantelado, suas fraldas e roupas rasgadas com manchas de sangue por todo o quarto onde ela deixou a criança e o cachorro. Chocada, a mulher perdeu o chão. De repente, ela viu o animal fiel saindo de debaixo da cama. Ele estava coberto de sangue e lambendo sua boca, como se tivesse acabado de uma refeição deliciosa. A mulher ficou com raiva e concluiu que o cachorro tinha devorado o bebê. Sem pensar muito, ela bateu no cachorro com um pedaço de pau e o matou. Mas, como ela continuou procurando os “restos” de seu filho, ela viu uma outra cena. Perto da cama estava o bebê que, apesar de estar no chão, estava a salvo e sob a cama uma serpente em pedaços. Foi uma batalha feroz entre a cobra e o cachorro, que agora estava morto. Então a realidade veio à mulher, que entendeu o que aconteceu na sua ausência. O cachorro lutou para proteger o bebê da cobra faminta. Era tarde demais para ela agora fazer as pazes, porque na sua impaciência e raiva, matou o fiel animal. Quantas vezes julgamos mal as pessoas e as rasgamos em pedaços com palavras duras e ações antes de ter tido tempo para avaliar a situação? É o pecado da presunção. Presumindo as coisas da nossa maneira, sem se dar ao trabalho de descobrir, exatamente, qual a real situação. Um pouco de paciência pode reduzir muitos erros ao longo da vida. Quem somos nós para julgar os outros? Não pense que você sabe o que os outros estão pensando. Tire um tempo para ter a verdade, antes de julgar. Pense nisso.
Côn. Dr. Manuel Quitério de Azevedo
Prof.º do Seminário de Diamantina e da PUC-MG
Membro da Academia de Letras e Artes de Diamantina – (ALAD).
Membro da Academia Marial – SP
A responsabilidade de conduzir a própria vida reconhecendo-a como dom de Deus é muito séria e desafiadora. Uma tarefa que contempla responsabilidades profissionais, familiares e cidadãs. Pensar e julgar, de modo adequado, está entre os maiores desafios existenciais. O apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, mostra que superar dinâmicas viciadas e obscuras nos modos de pensar e julgar é “regra de ouro”. Um desafio a ser assumido por todos. Afinal, o exercício de pensar e julgar determina procedimentos e escolhas que norteiam o conjunto da vida, a competência para superar crises e encontrar novas respostas para os desafios cotidianos.
Frequentemente, esse exercício está emoldurado de maneira rígida por certa mentalidade vigente. Por isso mesmo, há dificuldade para admitir a necessidade de transformações no próprio modo de pensar e julgar. A tendência é a cristalização – com pouca abertura para o diferente, para outras perspectivas que ensejem novas percepções. Perde-se, consequentemente, a oportunidade para enriquecer a própria vida, conhecer mais e amadurecer a mundividência. Na sociedade brasileira, o preço que se paga por esse aprisionamento à mentalidade vigente é a carência de novos líderes, além da falta de credibilidade que se desdobra no caos político. Repetem-se esquemas e dinâmicas porque não há amplo engajamento em um permanente processo de renovação existencial.
É verdade que a capacidade para pensar e julgar, discernir e escolher, depende das próprias vivências, da influência cultural, familiar e de muitas instituições. Mas, acima de tudo, esse processo é uma experiência eminentemente espiritual. Sem reconhecer a importância da espiritualidade, a tendência é se encastelar nas próprias convicções, sem a necessária disponibilidade para permanentemente reavaliá-las. São perpetuados vícios e modos equivocados de lidar com problemas que exigem soluções urgentes. Tudo se torna mais difícil.
Quando a dimensão espiritual não ilumina a capacidade de pensar e julgar, as pessoas se prendem à mediocridade. Não conseguem proporcionar às suas instituições o fôlego da renovação. Em vez disso, ganham espaço a corrupção, a mesquinhez e a ganância sem limites. Desconsidera-se a sabedoria que alimenta a lucidez. É fácil constatar que a carência de novos modos de pensar e julgar é problema comum a governantes, líderes e muitas pessoas que integram o contexto social. Gente que apresenta um discurso articulado, mas que se revela equivocado do ponto de vista ético-moral. Homens e mulheres que não se valem de critérios que objetivam o bem, a justiça e a paz para interpretar, discernir e fazer escolhas.
Investir na espiritualidade é imprescindível. Porém, o momento em que todos vão reconhecer a importância da espiritualidade na fecundação de novos modos de pensar e julgar é realidade distante. Isso porque a cristalização de convicções obsoletas perpetua, nos indivíduos, sentimentos ruins. Ora, ao se reconhecer que a espiritualidade é fundamental para a saúde física e mental, deve-se também considerar que a dimensão espiritual tem força para fazer desabrochar a sabedoria. A espiritualidade permite enxergar até mesmo o invisível. É um fundamental remédio para romper com os parâmetros da mediocridade que são hegemônicos na sociedade brasileira.
O segredo para melhorar a realidade não é abraçar incondicionalmente convicções que já estão cristalizadas, discursos políticos, partidários e ideológicos. Deve-se conquistar a liberdade que ultrapassa o apego ao dinheiro, pois a ganância aprisiona consciências. A espiritualidade é remédio que cura a doença das mentiras e do egoísmo. A dimensão espiritual alimenta novos modos de pensar e julgar. Todos são convocados para uma autoavaliação, observando as próprias convicções e formas de ver o mundo. Vale acolher a orientação espiritual e humanística do Padre José Tolentino, escritor português: “Que os nossos olhos, feitos para olhar as estrelas, não morram olhando para os nossos sapatos”.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

Um olhar sobre os acontecimentos ao redor do mundo indica que é urgente superar a violência, transformando as famílias, as cidades e as instituições todas em canteiros onde se cultive a paz. É preciso contribuir para que as dinâmicas capazes de criar a harmonia e a fraternidade prevaleçam no cotidiano de todos. O primeiro passo é fortalecer a paz no próprio coração, compromisso inadiável para reverter um preocupante cenário: o recrudescimento da violência. O consequente medo provocado por essa situação faz com que as pessoas se distanciem umas das outras, causando uma indiferença generalizada. Esse comportamento não contribui para semear a paz. Alimenta ainda mais a violência.
Em vez de buscar segurança no isolamento, acentuando distâncias, a humanidade precisa qualificar o modo como vê o mundo, indica o Papa Francisco. A percepção da realidade deve ser iluminada pela sabedoria da fé, permitindo que todos se reconheçam como parte de uma grande família. Assim, cada pessoa vai compreender que o outro também tem o direito às riquezas da Terra. A fé contribui para que haja a saudável alegria em ver o outro feliz. Alimenta o compromisso com a vivência da solidariedade – partilhar com quem precisa de ajuda.
O olhar contemplativo à luz da fé faz brotar a consciência indispensável para ser verdadeiramente cidadão – operário que semeia diferentes canteiros da paz. Imagine uma cidade compreendida como um canteiro da paz. E cada indivíduo, no seu campo de ação, no exercício de suas tarefas, agindo como operário que cultiva a paz. O resultado será o compromisso efetivo com a solidariedade, fraternidade e o gosto pelo bem, pela verdade e pela justiça. Para alcançar esse cenário ideal, uma certeza precisa ser aprendida e vivenciada: a reverência a Deus tem força educativa, com incidência transformadora em mentalidades e corações. Corrige descompassos terríveis que têm raízes na delinquência presente em toda parte.
Singular experiência, cultivar um olhar contemplativo, à luz da fé, é investir na capacidade para discernimentos e intuição de caminhos novos. Permite superar o marasmo que enjaula, na mediocridade, os responsáveis pela construção da sociedade. Esses descompassos é que contaminam discernimentos, fazendo com que sejam priorizados interesses contrários ao bem comum e à justiça. A falta do olhar que ultrapassa as superficialidades cristalizadas, possibilitando enxergar a própria interioridade, é que diminui, inclusive, a possibilidade de surgirem novos líderes. Sem clareza, habitua-se à ganância sem limites, busca-se apenas ajuntar para si.
Ver para além das aparências, graças à luz que se propaga com a presença amorosa de Deus, permite encontrar respostas para os enormes desafios que ameaçam a paz neste momento da história. Não bastam as considerações políticas, as estratégias adotadas com o objetivo de alcançar determinados números. Capacitar-se para ter um olhar contemplativo, experiência humana e espiritual, é uma necessidade. Abrir mão ou relativizar essa experiência significa adiar ou banir do horizonte a possibilidade de se conquistar uma competência indispensável para se buscar a cultura da paz.
A paz é também uma ciência com gramática específica, a ser aprendida, ensinada e testemunhada. Ela não “cai do céu”. É, pois, uma construção que exige o engajamento permanente de todos no irrestrito e incondicional dever de promover e respeitar direitos. Sem esse compromisso, perde-se a possibilidade de alcançar a verdadeira paz. O olhar contemplativo, que pressupõe a luz da fé e se desdobra no irrestrito respeito aos direitos de cada pessoa, deve inspirar as atitudes nos diversos contextos sociopolíticos e culturais. Todos unidos, trabalhando para fazer com que as cidades, famílias, instituições e outros ambientes sejam canteiros da paz.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

As primeiras comunidades, como testemunha o Apocalipse, tinham uma oração muito curta que expressa bem o desejo do seu coração: Maranatha! Vem, Senhor Jesus! (Ap 22,20). Infelizmente, depois, foi se perdendo e esvaziando este desejo de espera.
Seríamos muito pobres se reduzíssemos o Advento, simplesmente, a um tempo de preparação para a festa do Natal. O Advento é baseado na espera da vinda do Reino e a nossa atitude básica é acender e renovar em nós este desejo e este ânimo.
Num tempo marcado pelo consumo, é preciso que afirmemos profeticamente a esperança no âmbito pessoal, intensificando o desejo do coração e retomando o sentido da vida. Mas as esperanças são também coletivas: é o sonho do povo por justiça e paz – “as espadas transformadas em arado e as lanças, em podadeiras” (Is 2,4). E são também cósmicas: “a criação geme e sofre em dores de parto até agora e nós também gememos em nosso íntimo esperando a libertação” (Rm 8,18-23).
“O melhor da festa é esperar por ela”, diz um ditado popular. A espera e a preparação de um acontecimento são, do ponto de vista humano, tão importantes quanto este evento.
Pe Hermes Firmiano Pedro

Aonde você for, sem dúvida, encontrará um/a cristão/ã leigo/a testemunhando o Evangelho de Jesus Cristo. Nas ruas, no campo, nas periferias, nas empresas e indústrias, nas escolas e hospitais, em diversos postos de trabalho, enfim, estará um cristão/ã leigo/a cultivando os princípios éticos fundamentais para a vivência do amor, da solidariedade, da justiça.
Infelizmente, temos visto cristãos/ãs desviando-se do Caminho. Isso nos entristece a todos/as. Crescem os casos de pessoas batizadas envolvidas com corrupção, violência, discriminação, maus tratos a animais etc. Pessoas que celebram a Missa, que participam da mesa eucarística, comem do mesmo pão que sacia a nossa fome por liberdade, paz, amor, mas não entram em comunhão com o Senhor na vida diária. Eis o nosso maior desafio! Rezemos ao Pai a fim de que nos livre do mal!
Aproxima-se a celebração do Natal. Todos os anos, comemoramos o nascimento de Jesus. Esse evento muda radicalmente a nossa vida. A presença do Filho de Deus no mundo reacende a nossa esperança de dias melhores. Mesmo diante de tantos obstáculos que nos inibem de promover o bem, a graça de Deus nos dá a possibilidade de nascer com Cristo cotidianamente. E é exatamente isso o que vemos quando encontramos um cristão/ã leigo/a cumprindo a missão de discípulo do Senhor.
Incansáveis, veem-se leigos/as em todos os espaços sociais, porque não se cansam de professar a fé de Jesus Cristo. Em nossa comunidade paroquial existem muitos/as. Eles/as são organismos vivos. (…) assim nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo em Cristo, e cada um de nós é membro um do outro (Romanos 12,5).A igreja respira por meio deles. A beleza que nos encanta a todos/as, nas celebrações, no serviço pastoral e missionário, na atenção com os mais necessitados de cuidado, no trabalho, em casa, nos espaços de convivência, você encontra nas mãos e no coração dos cristãos/ãs leigos/as.
Não estão assim à espera de uma novidade? Não são testemunhas fiéis da Boa Nova? Eu me pergunto enquanto escrevo este texto. Não resta dúvida de que a resposta é sim. Com ouvidos e olhos atentos, cristãos/ãs leigos/as anunciarão a eterna novidade do mundo. Quando, novamente, celebrarmos o Natal, você ouvirá homens e mulheres de fé cantando: Nasceu Jesus!
Luís Carlos Pinto