Editorial de Setembro: Comunicação a serviço da história
A Folha Diocesana é um Jornal – tipo de informativo – que circula em nossa diocese há 22 anos. Atualmente são 5 mil exemplares espalhados por 27 paróquias, alcançado nosso povo nas comunidades mais distantes. Por ocasião do 10º MUTICOM nos é proposto refletir sobre essa forma de comunicação da diocese de Guanhães.
Um informativo pode ser um Botelim, Jornal, Jornal Mural ou uma Revista. Um boletim tem poucas páginas e conteúdo específico. Jornal Mural é voltado a um público interno, tem como objetivo dar visibilidade a algo e tem muitas fotos e ilustrações. Uma revista tem conteúdo predominantemente interpretativo e de interesse permanente; apresenta uma diversidade temática com layout e diagramação arrojada e atrativo visual. O jornal é mais abrangente que um boletim, por exemplo. É um veículo massivo de público heterogêneo, número de páginas variável de conteúdo informativo, formativo, interpretativo, opinativo e de entretenimento.
A igreja nasceu para comunicar e deve acompanhar, se adaptar também a essa realidade digital, um novo areópago. As redes sociais, por exemplo, são fundamentais para o diálogo entre os diocesanos e a diocese de Guanhães. É através delas que são divulgadas e narrado importantes acontecimentos da história da diocese. Mas é no jornal que esse conteúdo chega também nas pessoas mais simples.
Através dela – Folha Diocesana – também nosso povo simples, e que ainda não estão familiarizados com a internet, tem contato com as orientações do nosso pastor Dom Jeremias. Através dela podem ver o que de bom tem sido promovido no território diocesano, se informam e se formam a partir dos textos que tocam em assuntos eclesiais mas também sociais.
Outra grande contribuição desse informativo é que dos 31 anos de nossa diocese, 22 deles podem ser contados com o auxílio deste instrumento de informação, formação e evangelização. Ficando apenas os nove primeiros anos sem acompanhar essa história.
A igreja desde seus primórdios teve a preocupação em registrar sua história seja através de escritos ou através da arte. O livro do Apocalipse, por exemplo, nos conta a perseguição dos primeiros cristãos por romanos. Os evangelhos nos traz relatos que são respostas sobre questionamentos a respeito da vida de Jesus. Atos dos Apóstolos mostra, principalmente, o processo da “conversão” de Pedro e as viagens de Paulo. Nos afrescos das catacumbas da igreja perseguida, nos vitrais das grandes igrejas, nas imagens, nos sinos, nas cores, enfim: a igreja sempre aproveitou os recursos disponíveis conforme a época para comunicar e registrar algo sobre ela.
É claro que em plena era digital muitos dos nossos registro históricos estão sendo digitalizados e arquivados em programas de administração paroquial. No entanto pode ser que o que está em âmbito digital seja esquecido, apagado, quase inacessível. O registro em papel não perde seu espaço e sua credibilidade. O digital chegou como complemento fazendo uma parceria como que duas fontes donde se pode confiar.
Irma Helena Corazza, no MUTICOM em Joinville, lembrou o que o primeiro MUTICOM em Belo Horizonte (de 1998) estabeleceu como uma das metas: suscitar agentes da Pastoral da Comunicação em cada Paróquia. Ainda hoje nossa diocese precisa trabalhar para que isso se concretize. Portanto caminhemos todos juntos, animados e inspirados por aquele que é o comunicador entre Deus e os homens, o Espírito Santo.
A missão da Igreja é a evangelização, é a comunicação da boa nova, da alegria da salvação. “Ide por todo o mundo, proclamai a Boa Nova a toda a criatura” (Mc. 16,15 ss.) e em todos os ambientes.
Pe Bruno Costa Ribeiro, editor