Em cada mulher que a terra criou um traço de Deus Maria deixou, este foi o tema do Primeiro Encontro de Mulheres da Paróquia de São Sebastião em São Sebastião do Maranhão, que aconteceu no dia 16/03 organizado pela Pastoral da Catequese. Onde 84 mulheres se encontraram para refletirem sobre quem são de acordo com o projeto de Deus.
Conforme Gn 2,18 …não é bom que o homem fique sozinho. Vou fazer-lhe uma companhia que lhe seja recíproca. Deus, diante de sua obra, percebe que todas as criaturas têm uma companhia, exceto o homem. Então Deus faz cair sobre o homem o sono profundo e de sua costela ele cria a mulher. Cria a mulher para ser a companheira do homem. Onde um completa o outro. O último ser criado por Deus, a mulher é cheia de beleza, meiguice, delicadeza e força espiritual. Foi criada para ser mãe e esposa, carinhosa e sensível. Mas quando essa mulher não se enxerga como Filha de Deus, ela se perde no bombardeio de conceitos e adjetivos que a sociedade lhe impõe.
Hoje as mulheres, principalmente as mulheres cristãs católicas, vivem uma crise de identidade por não saberem quem é e nem de onde vieram. Ao contrário do que afirmam a sociedade, a mulher não precisa brigar por espaço com o homem. As mulheres não são mais, nem menos que os homens. Diante de Deus somos igualmente amados. Jamais um homem será uma “segunda mãe”, e jamais uma mulher será um “segundo pai”.
A opinião pública pressiona psicologicamente a mulher para que ela se realize “superando o homem”, de forma que: busque o sexo mais que o amor, o trabalho mais que a educação dos filhos, o racionalismo mais que a fé, o feminismo mais que a ternura… Ela se esquece que quanto mais ela for MULHER, mais será amada pelo homem e mais vai poder lhe fazer bem.
A alegria de ser mulher está cheia de desafios. Faz parte da realidade feminina várias rotinas de trabalho: o serviço, casa, marido, o cuidado com os filhos, como levá-los para a escola e, muitas vezes, criá-los sozinhas. E esta rotina de obrigações nos faz, muitas vezes, entrarmos no piloto automático, que nos leva a esquecermos de nós mesmos e a verdade do que é ser mulher. É onde os problemas começam a acontecer…
Como está o seu coração? Esta pergunta foi feita a elas e elas refletiram e muito sobre a questão do perdão. A importância de se perdoar para seguir em frente. Fechando as portas. Ficou entendido que perdoar era um presente de Deus, uma porta de graças. O ato de perdoar não era para se sentir humilhado, pelo contrário seja o primeiro a tomar esta decisão, não espere pelo outro. O perdão é o fermento do amor. Ele é que faz o amor permanecer. Perdoar não significa que a pessoa esteja certa. Pelo contrário, sabemos que ela está errada, mas a perdoamos. Só assim libertamos o nosso coração do efeito corrosivo da mágoa, do ressentimento e da decepção. Perdoar é um ato de vontade, e não um simples sentimento. Temos o livre arbítrio de escolher entre perdoar ou guardar entulhos em nosso coração. A graça do perdão vem de Deus. A decisão de perdoar vem de nós.
Entendido essa questão do coração, as mulheres foram questionadas sobre como estava a sua alma. Como ela era alimentada, tratada e cuidada. Onde devemos estar, o que devemos conversar e com quem devemos nos relacionar para que esta alma seja cuidada.
O tema autoestima não poderia faltar nesse encontro. Foram refletidos sobre 4 tipos de autoestima: autoestima baixa, autoestima frágil, autoestima alta e autoestima boa. Falamos sobre suas características principais e onde cada mulher se encaixava nesses 4 tipos. A autoestima é o modo como você se sente e se relaciona como você mesma.
Tivemos a participação especial de Cássia, membro da Renovação Carismática, que falou sobre a relação dela com Jesus Cristo, e da necessidade urgente, que nós mulheres católicas, temos que buscar essa intimidade. A nossa sabedoria para lidar com as coisas de casa, a nossa relação com nossos maridos vem desta intimidade com Deus. Muitas são as mulheres que fracassam em seus matrimônios por falta de sabedoria e de intimidade com Deus.
O Dr. Ricardo foi outra participação que a todas encantou. De forma muito delicada e caprichosa nos falou de Maria e de seus valores. Levou-nos a refletir sobre 3 valores de Maria muito importantes para nossa vida: silêncio, pureza e obediência.
O encontro foi finalizado com um lindo momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. Jesus, ansioso, veio ao nosso encontro. E ali exposto, ficou a nos olhar com todo amor e carinho. Acolheu a cada uma das presentes, deixando claro que não importava o que trazíamos no nosso passado, a nossa história, mas sim o que realmente importava era o fato de aceitarmos o seu senhorio em nossas vidas.
Texto e fotos de Ivonete Angela