E VOCÊ? …
Hoje acordei, por um momento confuso, chateado, perdido… então, inesperadamente, comecei a me lembrar de um sonho que tive, onde visualizava algumas passagens vividas por mim e que na oportunidade as relato a seguir. Na verdade, eu fazia era um exame de consciência.Estou próximo a com
pletar 53 anos. Nasci, cresci e sempre vivi nesta “terrinha” querida, cidade linda e maravilhosa para se viver. Um dia após meu nascimento, eu já estava sendo batizado, em 18 de abril de 1966. Aqui fiz minha primeira comunhão, crisma, participei de grupos de jovens, na época. Anos depois me casei, tive dois filhos, também batizados e um já fez inclusive a primeira Eucaristia, tudo na Igreja Matriz. Mas, meu exame de consciência dizia que ainda faltavam muitas coisas. Sempre procurei ser um bom cristão, no entanto, faltava algo. Daí, neste breve relato, lembrei-me de que eu nunca havia procurado a secretaria paroquial para saber quanto eu deveria contribuir por todos estes “serviços oferecidos”, desde o meu batizado, até o casamento. E o círculo continua, batizados dos meu filhos, catequese, crisma de sobrinhos até… Sempre encontrei a Matriz de portas abertas (que alguém se encarregou de abri-la), sempre limpa (que alguém limpou), os lustres, arandelas acesas (alguém estava pagando as contas de energia). Ah, a filmagem e as fotografias do meu casamento, meu sogro pagou; os ornamentos da Matriz como castiçais, mesas, bancos, livros, microfones, anjos da guarda, leitores etc.; tudo de graça, sequer fui à secretaria ou procurei o padre para agradecer; mas a festa do casamento e salão de festas! Ah, isso meu sogro pagou e não foi barato!
Como uma paróquia sobrevive e de forma dinâmica ofertando tudo isto? Lembro-me do Informativo Paroquial, onde certo texto dizia o que é oferta, doação e esmola: são ajudas esporádicas que a paróquia recebe para custear estas despesas que, aliás, são muitas. E descobri outra coisa: para a paróquia se manter, todos os padres têm um apelido em comum, “pidão”. Então levantei-me de meu sonho e comecei a redigi-lo, ou o que me lembrava dele. Esse apelido dado aos nossos sacerdotes é simplesmente horrível. Afinal de contas, sou ou não cristão?
Volto ao início de meu relato. Se moro ou estou morando nesta, tenho a obrigação de cuidar da minha Paróquia, que abrange, desde a moradia de meus pastores até a Casa de Nosso Pai. Entendo que essa deveria ser a obrigação do verdadeiro cristão. Por isso, hoje, com muito orgulho de uma Conversão Dizimal de uma forma imensamente feliz, digo que EU E MINHA ESPOSA SOMOS DIZIMISTAS.
Que sejam você e sua família também dizimistas.
Assina: Um Claudiense
Pastoral do Dízimo de Guanhães
Enviado por Diácono Edmilson Candido