Professoras da rede pública de ensino durante assembleia estadual, em Belo Horizonte.
Aos 28 de março, no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, realizou-se uma assembleia estadual promovida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/ MG). O evento contou com mais de 10 mil manifestantes, motivados pela mesma luta: impedir a aprovação da reforma previdenciária e exigir o cumprimento dos acordos assinados pelo governo de Minas gerais com os profissionais da educação básica.
Os trabalhadores, durante a assembleia, decidiram pela continuação da greve. O movimento grevista faz parte de uma série de manifestações, agendadas pelos profissionais da educação em todo o país, contra a Proposta da Emenda Constitucional nº 287/2016 (PEC da Previdência). Este documento estabelece novas regras para a aposentadoria, como a exigência de idade mínima de 65 anos para o recebimento integral do benefício, além de 49 anos de contribuição com a Previdência Social.
Esta foi a maior assembleia, desde 2011, de acordo com a coordenadora geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, realizada por profissionais da educação no Estado. No evento ficou claro que a luta é coletiva e não haverá retrocessos ou recuos da parte dos grevistas. O ato contou com a participação de vários movimentos sociais, sindicatos do setor privado e, em especial, de muitos jovens e de cidadãos que já se aposentaram. Estes, em especial, afirmaram que continuarão a luta em nome de seus filhos e netos.
Neste mesmo dia, 28/04, estava marcada para ocorrer na Câmara Federal a votação, em 1º turno, para aprovação da Emenda Constitucional 287/16 (PEC da Previdência). No entanto, os movimentos grevistas pelo país impediram essa ação parlamentar. Os movimentos sociais devem seguir firmes, as atividades devem ser permanentes. Acredita-se que somente através de muita luta e persistência derrubar-se-á esta Reforma que visa tirar os direitos do trabalhador.
É necessário que a comunidade entenda e apoie. O movimento é sério. Não podemos permitir que direitos, até aqui conquistados, se percam. O brasileiro está a escrever sua história. Que este seja um movimento de vitória para ser contado às futuras gerações!
“A classe trabalhadora não aceita nenhum direito a menos”!
Enilza Santos Miranda
Professora de Língua Portuguesa