Estudo do Documento Laudato Si – em Guanhães

Aos 02 de julho de 2016, com o intuito de continuar a reflexão sobre os documentos apresentados em preparação para a nossa 5ª Assembleia Diocesana de Pastoral, reuniram-se Guanhães, no salão da Catedral, das 09h às 12h, Dom Jeremias e mais 61 pessoas, incluindo padres e leigos das diversas paróquias da nossa diocese. Na oportunidade foi debatido a Carta do papa Francisco “LAUDATO SI” Louvado Seja…sobre o cuidado com a casa Comum. Padre Saint-Clair, Chanceler da Cúria, fez a exposição do tema e provocou algumas reflexões que foram partilhadas entre os participantes.

O documento se estrutura do seguinte modo: traz uma rica introdução que nos dá a explicação da escolha do tema e qual a proposta do papa. Depois se desenvolve em seis capítulos mostrando o que está acontecendo com a “nossa casa” (cap. 1); traz uma iluminação da fé – bíblica sobre o Evangelho da Criação (cap. 2); aponta a raiz – ação- humana da crise ecológica (cap. 3); põe como central a necessidade de Uma ecologia integral (cap. 4); aponta linhas de orientação e ação (cap. 5); e termina apontando para uma educação e espiritualidade ecológicas (cap. 6). Termina com duas orações que refletem a necessidade de contemplar a ação de Deus em favor da vida humana com otimismo.

Pontos que foram refletidos durante o encontro: 1- o papa olha o mundo com otimismo, alegria e esperança, superando o mal-estar que paira sobre a humanidade. Sua preocupação com o meio ambiente leva em consideração principal o Ser Humano e não o capitalismo selvagem. Prima por uma Ecologia Integral, ser humano e natureza numa aliança conjugada com uma melhor qualidade de vida= vida que brota da natureza como projeto de Deus. A terra é nossa MÃE E IRMÃ. Necessário se faz reconstruir a relação real com a natureza e não “viver” do virtual, que leva ao descartável (humano, plantas e animais…), provocando poluição que leva à degradação da VIDA; 2- preocupações em face das crises:  floresta de monocultura que destrói a biodiversidade, causa mudanças climáticas e empobrece a vida, perde a beleza da diversidade; considerar o ser humano sem cair em antropocentrismo. Deus é o centro. Evitar que se caia na sociedade líquida onde tudo deve ser medido e tratado com fórmulas precisas, perdendo a capacidade de criar vínculo e vivendo o isolamento. Tudo passa a ser visto como descartável, também o ser humano; a desinformação frente ao avanço tecnológico. Muitos não sabemos dos perigos aos quais estamos expostos, por isso, não sabemos que direção tomar e contemplamos acomodados a ”nossa destruição”; a manipulação genética, seja no ser humano ou na natureza, cria produtos “perfeitos”, mas não geram sementes que reproduzem por si. 3- sinais positivos e propostas urgentes: Conscientização. Atitude que deve nortear nosso trabalho em todas as dimensões. Evitando a poluição sonora, cigarro, lixo etc. tomar iniciativas que favorecem a vida, mesmo que sejam vistas como “avançadas” para o momento. Educar para a vida em todas as pastorais (começar na catequese infantil e adulta) e ambientes de trabalho, lazer etc. Uma forte conscientização pessoal, convertendo-se à necessidade de cuidar da vida e do cuidado com a natureza; usar as redes sociais para divulgar mensagens de conscientização e alertas sobre a necessidade de resgatar a vida; não guardar os talentos para si, mas partilhá-los; perguntar aos candidatos municipais a respeito do seu programa de governo sobre o meio ambiente.

Lembre-se, PEQUENAS AÇÕES TRANSFORMAM O MUNDO, para o bem ou para o mal. Qual a sua escolha? O que podemos fazer individualmente e comunitariamente frente ao que foi exposto acima? Na nossa realidade temos alguma destruição da natureza nos preocupando? Você se preocupa com o futuro para você e para o próximo? Meditemos juntos Mt 13, 31-32.

Pe  José Aparecido dos Santos

Coordenador de pastorais

 

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