Para se aposentar, o trabalhador rural precisa comprovar que atingiu a idade de aposentadoria realizando atividades no campo.
A sociedade brasileira vive atualmente um momento crucial em sua história. Isso porque vem sofrendo os impactos do sistema capitalista avassalador responsável por expropriar não apenas os direitos, mas a própria vida dos trabalhadores e trabalhadoras que constituem as classes mais afetadas. Situação que pode ser observada a partir da principal estratégia adotada pelo governo Temer, que tem por objetivo quebrar a espinha dorsal da classe trabalhadora. Eis que nos deparamos com a continuidade do golpe!
Não há limites ao livre desenvolvimento do capital e é exatamente na ausência desses limites que consiste o cerne das crises econômica, social, política, hídrica, do sistema penitenciário e tantas outras que vivemos na atualidade.
Nesse cenário, quando o atual governo traz à tona pautas como a reforma da previdenciária e a trabalhista, se verifica como principal objetivo o desmonte da previdência e o fim da CLT, com terceirização das atividades fins, seja no setor público ou privado.
Diante de tais circunstancias, somos todos chamados a grande desafio que diz respeito a consolidação de um movimento de resistência, em que conste a presença maciça dos trabalhadores, dos assentados, dos atingidos por barragens, dos desempregados, dos diversos sujeitos oprimidos, que são os principais afetados por todas essas reformas, mas que ainda não fazem resistência. Afinal, como bem nos lembra Paulo Freire (1977), “quem melhor que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado terrível de uma sociedade opressora?”[1]
Por tudo isso, é tempo de agir, (re)agir e resistir. Tempo de resgatar o trabalho de base e alcançar os oprimidos que ainda não se somaram ao movimento de resistência, para que juntos possamos resistir! Tempo de levantar bandeiras de luta em defesa da manutenção de direitos e contra tamanhos retrocessos que brutalmente ameaçam os direito historicamente conquistados pela classe trabalhadora. É tempo de resistir!
Dalva Eliá da Silva
Mestre em Política Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF)
[1]Paulo Freire, Pedagogia do Oprimido (1977)
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