A Pastoral Carcerária da nossa Diocese de Guanhães esteve reunida neste sábado, 9 de julho, no salão da catedral. Estiveram presentes representantes de Guanhães, São João Evangelista, José Rydam, Sabinópolis, Rio Vermelho e Virginópolis. Com a assessoria de Pe. Salomão Rafael, Adm. Paroquial da paróquia de Nossa Senhora da Pena em Rio Vermelho, que partilhou uma reflexão sobre as Obras de Misericórdia, dando continuidade ao assunto do Ano da Misericórdia, que tem sido muito repetido por todos nós sem, muitas vezes, nos perguntamos sobre o que é, o que significa e quais as suas consequências.
Em sua reflexão nos ajudou a perceber que “a arte da vida cristã consiste em passar de teorias para a prática” e que “o amor é aquilo que o amor faz”.
Pela prática das obras da misericórdia nós nos assemelhamos ao bom samaritano e a Deus, pois, nos tornamos “imagens e semelhança de Deus” (GN 1,27) a medida que somos “misericordiosos como o Pai Celeste o é”(Lc 6,36). Estas obras talvez “andaram” meio que esquecidas, mas neste ano, foram lembradas pelo Papa Francisco. Elas são as 14 maneiras para trabalharmos a nossa vida cristã. A vida cristã não separa a fé e a ação. A fé se manifesta pelas ações, pelo testemunho de vida.
As 14 obras de misericórdia se subdividem em duas partes: as obras corporais e as obras espirituais.
Nas obras corporais o que está em jogo é a nossa capacidade de amar ao nosso próximo. Estamos habituados a pensar que a vida cristã é algo meramente espiritual e ligado ao culto, numa Igreja cada vez mais voltada para si mesma. Cuidar de quem tem fome, sede, está nu, não tem moradia, quem está na prisão. Como deixar de lado essa realidade? Cresce o número daqueles que estão nas prisões e dos que estão como moradores de rua. Como podemos viver a vida cristã sem compaixão com a carne sofredora de Cristo?
As obras chamadas espirituais também não estão desligadas dos desafios da vida e precisam estar integradas na prática e na dinâmica da caridade. Não podemos ou não devemos realizar umas obras sem as outras. A evangelização cristã precisa ser vivenciada levando-se em conta essas duas dimensões.
Fizemos ainda, uma Avaliação de como está sendo trabalhado o “Projeto de Evangelização no Cárcere” e como está sendo preparado a Comemoração do encerramento do Jubileu extraordinário da Misericórdia para os detentos, no dia 06 de novembro.
Aproveitamos o encontro para discutirmos outros assuntos como: Nota da CNBB sobre projetos em tramitação no Congresso de interesse da PCr; Privatização das prisões; Presos de nossa Diocese que serão transferidos para Defesa Social, com a SUAP assumindo nossas cadeias; e a nossa participação no 18º Encontro da Micro Centro 2 que irá acontecer em Agosto na Diocese de Itabira /Coronel Fabriciano, com o Tema : “Conhecer-se bem para transformar a Sociedade do Bem Viver”
Como sempre, terminamos com um gostoso almoço, preparado pela nossa querida Léa e sua equipe, a qual agradecemos com um grande abraço.
Maria Ângela Coelho
Pela PCr da Diocese de Guanhães