A Coordenação da Pastoral Carcerária , nos encontros em nossa Diocese discute e aprofunda a sua missão na Igreja , procurando ser presença na vida da pessoa presa, seus familiares como também em todos os ambientes, onde se reflete sobre a situação prisional.
As igrejas particulares, isto é, as dioceses, são responsáveis pela missão junto à pessoa presa.Em cada cidade com sua cadeia ou presídio, a comunidade local, com o seu pároco, tem a responsabilidade de prestar a assistência a quem está na prisão. A prisão é uma comunidade dentro da comunidade paroquial que deve ser assistida como as demais comunidades. Ali estão homens ou mulheres da própria comunidade e das comunidades vizinhas e, às vezes, de mais distantes, não importa.
Trata-se de uma missão não compreendida por aquelas pessoas que não compreendem a realidade prisional e que nunca foram vitimas dela, mas muito querida e necessária para a família que vive a experiência prisional.
A grande missão da Igreja é anunciar o Evangelho através do testemunho e da presença junto aos mais pobres e marginalizados. Assim, a Pastoral Carcerária tem se colocado como presença nas unidades locais.
Só aquelas pessoas que defendem a violência e o castigo é que questionam a presença e a missão da Pastoral. Essas pessoas não conseguem perceber que quem perde a liberdade não perde a sua dignidade e os direitos inerentes à sua condição humana; que esses direitos não podem ser violados pelo Estado que tem por função garanti-los.
Acontece que a história é a mesma. Jesus também foi duramente criticado por dar atenção aos marginalizados do seu tempo, mas a sua resposta era muito clara ao dizer que quem está bom não precisa de médico, mas os doentes sim. Nas prisões de hoje estão os doentes e marginalizados da sociedade, vítimas de uma sociedade que exclui, mata, marginaliza, tira o que pertence aos outros. Por isso, a Pastoral chega como o Bom Samaritano, que se aproxima para prestar a assistência possível, consciente de que o Estado tem a obrigação de cumprir com as suas responsabilidades ao custodiar os sentenciados e os que aguardam sentença.
A Pastoral, além da assistência religiosa e da formação cristã no cárcere, cumpre também um papel de controle social, já que mantém uma presença sistemática no mundo das prisões, sobretudo para que a vida de todos os que fazem o sistema e nele cumprem penas, seja colocada acima de tudo.
Temos hoje, o exemplo do Papa Francisco que, em todos os países que visita, sempre exige um tempo para falar e encontrar com os presos/as daquele lugar.
Veja no www Pastoral Carcerária.gov.br ,o discurso feito aos presos da cidade do México.
(texto adaptado de artigo de P.Valdir-coordenador da PCR Nacional)
Relatório do encontro da Pastoral Carcerária Leste II em Belo Horizonte nos dias 26 e 27 de fevereiro de 2016.
Conforme convocação estive em BH , na Casa de Retiro das irmãs Sacramentinas,nos dias 26 e 27 de fevereiro,encontro para coordenadores e assessores ( Pe Salomão não pode ir ,por causa de sua posse em Rio Vermelho,acontecido no mesmo final de semana.).
Estiveram presentes 42 pessoas do Leste II ( Minas Gerais e Espírito Santo), sendo 10 padres e 32 leigos.
1º dia-Após jantar, oração, iniciamos o encontro com apresentação de todos e logo em seguida passamos ao VER, onde todas as Arquidioceses/Dioceses fizeram o relato de como está a situação carcerária em sua região, sua realidade. Durantes esta apresentação ,foram feitas conforme necessidade, esclarecimentos de como proceder em cada situação pelos assessores do Encontro: Pe.Ernesto, Dr. Dilson Funaro e Maria de Lourdes( todos da estadual de Minas Gerais.
2º Dia – Iniciamos às 6:15h com a Santa Missa,concelebrada por quatro padres.
Logo após o café, reza do ofício e em seguida o Tema : Campanha da Fraternidade 2016 ,onde o Dr. Dilson Funaro, foi colocando concretamente os problema do Saneamento básico, dentro do cárcere, sugerindo legalmente como resolver, junto aos órgão públicos.
Foi lido também o discurso do Papa Francisco, aos presos na sua visita à cidade do México.
Em seguida Padre Piero de T.Otoni falou sobre o Jubileu da Misericórdia,destacando em sua fala quatro pontos:
1-Deus é Misericórdia: esta misericórdia é ETERNA. Citou Isaías 58,1 Profeta Daniel etc
2-O rosto da Misericórdia: é Jesus, Boa Nova, dar vista aos cegos,anunciar o Ano da Graça do Senhor, Pastor que corre atrás de uma ovelha perdida, etc.
3- Misericórdia e Justiça : Lucas Multiplicação dos pães Partilha , o sinal de Jesus que este mundo é de TODOS
4- Seremos julgados sobre a misericórdia: ou seja no AMOR.
Após almoço Magda (Mariana) falou sobre a coordenação
1) Coordenador para:
As pessoas são diferentes:
a) Cada um tem aspirações,objetivos, preferências,características de personalidade,talentos e habilidade próprias.
b) Quando unimos em equipe, em grupo,as diferenças emergem.Daí a necessidade de uma liderança que ajude o grupo a fazer das diferenças uma riqueza e não um problema.
c) Coordenar é somar riquezas e administrar diferenças e conflitos.
É NECESSÁRIO:
a)Conhecer bem nossa missão;
b) organizar a vida em comunidade
Missão do coordenador:
a) Incentivar
b) Animar
c) Unir
d) Trabalhar as diferenças
e) Garantir a sintonia, a comunhão , a ordem
f) Articular e garantir os talentos
g) Alimentar o grupo com orações,motivação e orientações
MAS…
– Quem coordena não deve ser uma pessoa que trabalha por dez
E SIM
– Aquela que vai assegurar o máximo de participação.
AGIR– Foi colocado a necessidade de renovar a Coordenação Colegiada Estadual , para ser eleita na assembléia em Uberlândia nos dias 22 a 24 de abril.
Lembrou os atuais membros, e após várias discussões, ficou decidido uma renovação de 50%, . Ficaria Jaqueline(Jurídico) Magda e Lurdes. Foi citado novos nomes ficando, aprovado apenas Hugo e P. Welignton que estavam presentes . Mas a eleição será em assembleia , em Uberlândia.
Foi feito alguns encaminhamentos já lembrados e repartiu os cartazes do encontro do Leste II de abril , para levar para as dioceses.