Crise de valores? Desatenção às normas de boa conduta? Falta de educação ética, de capacidade de inserir-se nos ambientes sociais? Individualismo? Tantas são as perguntas, hipóteses, discussões.
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A sensação de impunidade chegou a todos os cenários da sociedade. Qualquer tentativa de propor acordos para garantir o convívio social não encontra mais respaldo entre os envolvidos em muitas instituições sociais.
Crise de valores? Desatenção às normas de boa conduta? Falta de educação ética, de capacidade de inserir-se nos ambientes sociais? Individualismo? Tantas são as perguntas, hipóteses, discussões.
Um aluno que está estudando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) escreveu ao ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, pedindo-lhe dicas de possíveis temas para a redação.
O ministro, por meio do perfil no Facebook, sugeriu ao estudante que estudasse e praticasse ética. A resposta do professor Renato Janine foi enfática: “Estude ética. Muita ética. E pratique.”
O que mais se observa nos espaços escolares são os casos de desrespeito, desatenção, incapacidade de escuta, sinais evidentes da necessidade de aprender/praticar princípios éticos.
Tudo isso tem gerado imenso sofrimento mental nas escolas, tanto entre alunos quanto entre professores. Cresce o número de profissionais da educação com problemas sérios relacionados à saúde física e psicológica: depressão, irritabilidade, frustração, cansaço.
Se cada vez que os professores tentarem cumprir com excelência o ofício de ensinar-aprender, ouvirem dos alunos frases e expressões como esta – dá nada pra nóis não, Zé – a educação escolar pública vai fracassar no propósito de contribuir para a formação de sujeitos do conhecimento, éticos e responsáveis pelos rumos da sociedade (cidade).
Luís Carlos Pinto
Graduação em Filosofia (FJC)