Michel Hoguinelle

Ide, convidai a todos para o banquete!

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) desempenham um papel crucial na promoção e apoio às atividades missionárias da Igreja Católica em todo o mundo. Desde a sua fundação pelo Papa Pio XI em 1922, essas organizações têm sido uma fonte vital de suporte para missionários e projetos de evangelização em áreas carentes e desafiadoras ao redor do globo.

Uma das iniciativas mais emblemáticas das Pontifícias Obras Missionárias é o Dia Mundial das Missões. No Brasil, foi assumida a Campanha Missionária durante o mês de outubro e que tem como objetivo principal conscientizar os fiéis sobre a importância da missão na Igreja e angariar recursos para apoiar os esforços missionários em diferentes partes do mundo.

Objetivo

Através da Campanha Missionária e de outras iniciativas, as Pontifícias Obras Missionárias reafirmam o compromisso da Igreja Católica com a missão evangelizadora, inspirando os fiéis a se engajarem ativamente na difusão do Evangelho e na construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno.

Campanha Missionária

Durante esse mês especial, são organizadas diversas atividades nas paróquias, escolas e comunidades católicas, incluindo celebrações, formações, novenas e experiências missionárias, lembrando a solidariedade com os povos em situação de vulnerabilidade. Além de sensibilizar os fiéis, a campanha também tem um importante aspecto de arrecadação de fundos. As doações recebidas durante esse período são destinadas a apoiar projetos de evangelização, educação, saúde, desenvolvimento comunitário e assistência social em áreas de missão ao redor do mundo. Esses projetos são implementados por missionários locais e estrangeiros que trabalham incansavelmente para levar o amor e a mensagem de Cristo a lugares onde muitas vezes são necessários recursos e apoio adicionais.

No Brasil, a Campanha Missionária é uma atividade que, desde 1972, ajuda a fortalecer a identidade missionária da Igreja. É uma iniciativa que acontece em comunhão com o Conselho Missionário Nacional (COMINA) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

 

Fonte CNBB: Campanhas


 

Mensagem do Papa para o dia das Missões 2024

Ide e convidai a todos para o banquete (cf. Mt 22, 9)

Queridos irmãos e irmãs!

Para o Dia Mundial das Missões deste ano, tirei o tema da parábola evangélica do banquete nupcial (cf. Mt 22, 1-14). Depois que os convidados recusaram o convite, o rei – protagonista da narração – diz aos seus servos: «Ide às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes» (22, 9). Refletindo sobre esta frase-chave, no contexto da parábola e da vida de Jesus, podemos ilustrar alguns aspetos importantes da evangelização. Tais aspetos revelam-se particularmente atuais para todos nós, discípulos-missionários de Cristo, nesta fase final do percurso sinodal que, de acordo com o lema «Comunhão, participação, missão», deverá relançar na Igreja o seu empenho prioritário, isto é, o anúncio do Evangelho no mundo contemporâneo.

1. «Ide e convidai»: a missão como ida incansável e convite para a festa do Senhor

No início da ordem do rei aos seus servos, há dois verbos que expressam o núcleo da missão: «ide» e chamai, «convidai».

Quanto ao primeiro verbo, convém recordar que antes os servos tinham sido já enviados para transmitir a mensagem do rei aos convidados (cf. 22, 3-4). Daqui se deduz que a missão é ida incansável rumo a toda a humanidade para a convidar ao encontro e à comunhão com Deus. Incansável! Deus, grande no amor e rico de misericórdia, está sempre em saída ao encontro de cada ser humano para o chamar à felicidade do seu Reino, apesar da indiferença ou da recusa. Assim Jesus Cristo, bom pastor e enviado do Pai, andava à procura das ovelhas perdidas do povo de Israel e desejava ir mais além para alcançar também as ovelhas mais distantes (cf. Jo 10, 16). Quer antes quer depois da sua ressurreição, disse aos discípulos «ide», envolvendo-os na sua própria missão (cf. Lc 10, 3; Mc 16, 15). Por isso, a Igreja continuará a ultrapassar todo e qualquer limite, sair incessantemente sem se cansar nem desanimar perante dificuldades e obstáculos, a fim de cumprir fielmente a missão recebida do Senhor.

Aproveito o momento para agradecer aos missionários e missionárias que, respondendo ao chamamento de Cristo, deixaram tudo e partiram para longe da sua pátria a fim de levar a Boa Nova aonde o povo ainda não a recebera ou só recentemente é que a conheceu. Irmãs e irmãos muito amados, a vossa generosa dedicação é expressão tangível do compromisso da missão ad gentes que Jesus confiou aos seus discípulos: «Ide e fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28, 19). Por isso continuamos a rezar e a agradecer a Deus pelas novas e numerosas vocações missionárias para esta obra de evangelização até aos confins da terra.

E não esqueçamos que todo o cristão é chamado a tomar parte nesta missão universal com o seu testemunho evangélico em cada ambiente, para que toda a Igreja saia continuamente com o seu Senhor e Mestre rumo às «saídas dos caminhos» do mundo atual. Sim, «hoje o drama da Igreja é que Jesus continua a bater à porta, mas da parte de dentro, para que O deixemos sair! Muitas vezes acabamos por ser uma Igreja (…) que não deixa o Senhor sair, que O retém como “propriedade sua”, quando o Senhor veio para a missão e quer que sejamos missionários» (Discurso aos participantes no Congresso promovido pelo Dicastério para os leigos, a família e a vida, 18/II/2023). Oxalá todos nós, batizados, nos disponhamos a sair de novo, cada um segundo a própria condição de vida, para iniciar um novo movimento missionário, como nos alvores do cristianismo.

Voltando à ordem do rei aos servos na parábola, vemos que caminham lado a lado o «ir» e o chamar ou, mais precisamente, «convidar»: «Vinde às bodas!» (Mt 22, 4). Isto faz-nos vislumbrar outro aspeto, não menos importante, da missão confiada por Deus. Como se pode imaginar, aqueles servos-mensageiros transmitiam o convite do soberano assinalando a sua urgência, mas faziam-no também com grande respeito e gentileza. De igual modo, a missão de levar o Evangelho a toda a criatura deve ter, necessariamente, o mesmo estilo d’Aquele que se anuncia. Ao proclamar ao mundo «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 36), os discípulos-missionários fazem-no com alegria, magnanimidade, benevolência, que são fruto do Espírito Santo neles (cf. Gal 5, 22); sem imposição, coerção nem proselitismo; mas sempre com proximidade, compaixão e ternura, que refletem o modo de ser e agir de Deus.

2. «Para o banquete»: a perspectiva escatológica e eucarística da missão de Cristo e da Igreja

Na parábola, o rei pede aos seus servos que levem o convite para o banquete das bodas de seu filho. Este banquete reflete o banquete escatológico; é imagem da salvação final no Reino de Deus – já em realização com a vinda de Jesus, o Messias e Filho de Deus, que nos deu a vida em abundância (cf. Jo 10, 10), simbolizada pela mesa preparada com «carnes gordas, acompanhadas de vinhos velhos» –, quando Deus «aniquilar a morte para sempre» (cf. Is 25, 6-8).

A missão de Cristo é missão da plenitude dos tempos, como Ele mesmo declarou no início da sua pregação: «Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo» (Mc 1, 15). Ora, os discípulos de Cristo são chamados a continuar esta mesma missão do seu Mestre e Senhor. A propósito, recordemos o ensinamento do Concílio Vaticano II sobre o caráter escatológico do compromisso missionário da Igreja: «A atividade missionária desenrola-se entre o primeiro e o segundo advento do Senhor (…). Antes de o Senhor vir, tem de ser pregado o Evangelho a todos os povos» (Decr. Ad gentes, 9).

Sabemos que o zelo missionário, nos primeiros cristãos, possuía uma forte dimensão escatológica. Sentiam a urgência do anúncio do Evangelho. Também hoje é importante ter presente tal perspetiva, porque nos ajuda a evangelizar com a alegria de quem sabe que «o Senhor está perto» e com a esperança de quem propende para a meta, quando estivermos todos com Cristo no seu banquete nupcial no Reino de Deus. Assim, enquanto o mundo propõe os vários «banquetes» do consumismo, do bem-estar egoísta, da acumulação, do individualismo, o Evangelho chama a todos para o banquete divino onde reinam a alegria, a partilha, a justiça, a fraternidade, na comunhão com Deus e com os outros.

Temos esta plenitude de vida, dom de Cristo, antecipada já agora no banquete da Eucaristia, que a Igreja celebra por mandato do Senhor em memória d’Ele. Por isso o convite ao banquete escatológico, que levamos a todos na missão evangelizadora, está intrinsecamente ligado ao convite para a mesa eucarística, onde o Senhor nos alimenta com a sua Palavra e com o seu Corpo e Sangue. Como ensinou Bento XVI, «em cada celebração eucarística realiza-se sacramentalmente a unificação escatológica do povo de Deus. Para nós, o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final, preanunciado pelos profetas (cf. Is 25, 6-9) e descrito no Novo Testamento como “as núpcias do Cordeiro” (Ap 19, 7-9), que se hão de celebrar na comunhão dos santos» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 31).

Assim, todos somos chamados a viver mais intensamente cada Eucaristia em todas as suas dimensões, particularmente a escatológica e a missionária. Reafirmo, a este respeito, que «não podemos abeirar-nos da mesa eucarística sem nos deixarmos arrastar pelo movimento da missão que, partindo do próprio Coração de Deus, visa atingir todos os homens» (Ibid., 84). A renovação eucarística, que muitas Igrejas Particulares têm louvavelmente promovido no período pós-Covid, será fundamental também para despertar o espírito missionário em todo o fiel. Com quanta mais fé e ímpeto do coração se deveria pronunciar, em cada Missa, a aclamação «Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!»

Por conseguinte, no Ano dedicado à oração como preparação para o Jubileu de 2025, desejo convidar a todos para intensificarem também e sobretudo a participação na Missa e a oração pela missão evangelizadora da Igreja. Esta, obediente à palavra do Salvador, não cessa de elevar a Deus, em cada celebração eucarística e litúrgica, a oração do Pai Nosso com a invocação «Venha a nós o vosso Reino». E assim a oração quotidiana e de modo particular a Eucaristia fazem de nós peregrinos-missionários da esperança, a caminho da vida sem fim em Deus, do banquete nupcial preparado por Deus para todos os seus filhos.

3. «Todos»: a missão universal dos discípulos de Cristo e a Igreja toda sinodal-missionária

A terceira e última reflexão diz respeito aos destinatários do convite do rei: «todos». Como sublinhei, «no coração da missão, está isto: aquele “todos”. Sem excluir ninguém. Todos. Por conseguinte, cada uma das nossas missões nasce do Coração de Cristo, para deixar que Ele atraia todos a Si» (Discurso aos participantes na Assembleia Geral das Pontifícias Obras Missionárias, 03/VI/2023). Ainda hoje, num mundo dilacerado por divisões e conflitos, o Evangelho de Cristo é a voz mansa e forte que chama os homens a encontrarem-se, a reconhecerem-se como irmãos e a alegrarem-se pela harmonia entre as diversidades. Deus «quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade» (1 Tim 2, 4). Por isso, nas nossas atividades missionárias, nunca nos esqueçamos que somos enviados a anunciar o Evangelho a todos, e «não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 14).

Os discípulos-missionários de Cristo trazem sempre no coração a preocupação por todas as pessoas, independentemente da sua condição social e mesmo moral. A parábola do banquete diz-nos que, seguindo a recomendação do rei, os servos reuniram «todos aqueles que encontraram, maus e bons» (Mt 22, 10). Além disso, os convidados especiais do rei são precisamente «os pobres, os estropiados, os cegos e os coxos» (Lc 14, 21), isto é, os últimos e os marginalizados da sociedade. Assim, o banquete nupcial do Filho, que Deus preparou, permanece para sempre aberto a todos, porque grande e incondicional é o seu amor por cada um de nós. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que n’Ele crê não se perca, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). Toda a gente, cada homem e cada mulher, é destinatário do convite de Deus para participar na sua graça que transforma e salva. Basta apenas dizer «sim» a este dom divino gratuito, acolhendo-o e deixando-se transformar por ele, como se se revestisse com um «traje nupcial» (cf. Mt 22, 12).

A missão para todos requer o empenho de todos. Por isso é necessário continuar o caminho rumo a uma Igreja, toda ela, sinodal-missionária ao serviço do Evangelho. De per si a sinodalidade é missionária e, vice-versa, a missão é sempre sinodal. Por conseguinte, hoje, é ainda mais urgente e necessária uma estreita cooperação missionária seja na Igreja universal, seja nas Igrejas Particulares. Na esteira do Concílio Vaticano II e dos meus antecessores, recomendo a todas as dioceses do mundo o serviço das Pontifícias Obras Missionárias, que constituem meios primários «quer para dar aos católicos um sentido verdadeiramente universal e missionário logo desde a infância, quer para promover coletas eficazes de subsídios para bem de todas as missões segundo as necessidades de cada uma» (Decr. Ad gentes, 38). Por esta razão, as coletas do Dia Mundial das Missões em todas as Igrejas Particulares são inteiramente destinadas ao Fundo Universal de Solidariedade, que depois a Pontifícia Obra da Propagação da Fé distribui, em nome do Papa, para as necessidades de todas as missões da Igreja. Peçamos ao Senhor que nos guie e ajude a ser uma Igreja mais sinodal e mais missionária (cf. Homilia na Missa de encerramento da Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, 29/X/2023).

Por fim, voltemos o olhar para Maria, que obteve de Jesus o primeiro milagre precisamente numa festa de núpcias, em Caná da Galileia (cf. Jo 2, 1-12). O Senhor ofereceu aos noivos e a todos os convidados a abundância do vinho novo, sinal antecipado do banquete nupcial que Deus prepara para todos no fim dos tempos. Também hoje peçamos a sua intercessão materna para a missão evangelizadora dos discípulos de Cristo. Com o júbilo e a solicitude da nossa Mãe, com a força da ternura e do carinho (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 288), saiamos e levemos a todos o convite do Rei Salvador. Santa Maria, Estrela da evangelização, rogai por nós!

Roma – São João de Latrão, na Festa da Conversão de São Paulo, 25 de janeiro de 2024.

FRANCISCO

 

 

Festa da Padroeira 2024

Novena e Festa da Padroeira 2024

No dia 12 de outubro, celebra-se em todo o Brasil a festa de Nossa Senhora Aparecida, e todos os anos o Santuário Nacional realiza a novena em preparação para essa grandiosa festa.

Neste ano, a novena tem como tema “Mãe Aparecida, acolhei-nos como peregrinos da esperança”, inspirado no tema do Ano Jubilar, que a Igreja irá celebrar no ano de 2025.

A partir desse tema central, a novena propõe uma jornada de preparação para a celebração do Ano Santo. A cada dia, na companhia de Nossa Senhora, somos convidados a celebrar o ano da graça do Senhor, da reconciliação, do recomeço, da esperança; a nos reconectarmos com Deus e com os irmãos; a viver o novo que o ano jubilar nos propõe.

Fonte: A12.com

Santa Sé divulga detalhes de sessão do Sínodo dos Bispos

A Santa Sé divulgou algumas informações sobre a segunda sessão da fase universal do Sínodo sobre a Sinodalidade. A programação das atividades e os participantes estão entre as informações divulgadas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) terá cinco representantes. Estarão presentes durante os trabalhos em Roma: Cardeal Paulo Cezar Costa – arcebispo de Brasília (DF); Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, OFM – arcebispo de Manaus (AM), ; Dom Joel Portella Amado – bispo de Petrópolis (RJ), Dom Pedro Carlos Cipollini – bispo de Santo André (SP) e Dom Dirceu de Oliveira Medeiros – bispo de Camaçari (BA).

Além deles, participará Dom Jaime Spengler arcebispo de Porto Alegre (RS), na condição de presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (Celam), e o Cardeal Sérgio da Rocha, membro do Conselho Ordinário. O Brasil também será representado pelos especialistas Pe. Adelson Araújo dos Santos, Pe. Agenor Brighenti e Pe. Miguel de Oliveira Martins Filho. Entre as testemunhas do processo sinodal estão as leigas Maria Cristina dos Anjos da Conceição e Sônia Gomes de Oliveira.

Programação

Em relação à programação da segunda sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária dos Bispos, as atividades acontecerão entre os dias 2 e 27 de outubro. Antes, porém, entre os dias 30 de setembro e 1º de outubro, acontecerá um retiro espiritual que será concluído com uma vigília penitencial, a partir das 18h do horário local.

Todos os participantes estarão presentes durante a liturgia que será presidida pelo Papa Francisco na Basílica de São Pedro. Ao final da celebração, o Santo Padre dirigirá, em nome de todos os fiéis, um pedido de perdão a Deus e aos irmãos de toda a humanidade.

A abertura da segunda sessão do Sínodo será no dia 2 de outubro, às 9h30. O Papa presidirá a Missa inaugural e, na sequência, haverá a primeira congregação geral. A programação prevê ainda um retiro no dia 21 de outubro e quatro fóruns teológico-pastorais, promovidos nos dias 9 e 16 de outubro.

No dia 26 de outubro, haverá a aprovação do Documento final da sessão da 16ª Assembleia. Por fim, o Sínodo dos Bispos será encerrado em 27 de outubro com a celebração da Missa na Basílica de São Pedro.

 

Fonte: Vatican News

Seminário Nacional da Campanha da Fraternidade (CF) de 2025

O Setor de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove, de 26 a 29 de setembro, na Casa dom Luciano, em Brasília (DF), o Seminário Nacional de Campanhas voltado para a formação dos articuladores para a Campanha da Fraternidade (CF) 2025, cujo tema é “Fraternidade e Ecologia Integral” e o lema bíblico “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31).

De acordo com o secretário executivo de Campanhas da CNBB, padre Jean Poul Hansen, o foco deste seminário será aprofundar o conhecimento e a reflexão do texto-base da CF 2025 em vista de sua aplicação nas diferentes realidades do país. Ele reforça que os participantes também refletirão sobre o planejamento das campanhas nas dioceses.

O seminário é destinado aos articuladores da Campanha da Fraternidade nos 19 regionais da CNBB, comunicadores de rádios e televisões de inspiração católica do país, agentes da Pastoral da Comunicação (Pascom Brasil), organismos do povo de Deus e entidades relacionadas à CNBB. O secretário executivo de Campanhas da CNBB reforça que uma carta foi enviada para as pessoas e entidades convidadas.

Lançamentos

As noites do Seminário Nacional de Campanhas serão destinadas ao lançamento da 10ª edição da revista “Casa Comum”, uma publicação com a Ação Social Franciscana (SEFRAS); do Mutirão pela Casa Comum, uma iniciativa de formação de multiplicadores do “Encantar a Política” e da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP); e do curso on-line sobre a CF 2025 em parceria com o Farol 1817, portal educacional de cursos on-line da Província Marista Brasil Centro-Sul (PMBCS).

Por Willian Bonfim
Fonte: CNBB Nacional

Nota da CNBB sobre os eventos climáticos extremos

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de sua Presidência, publicou na sexta-feira, 20 de setembro, uma nota sobre os eventos climáticos extremos. No documento, a CNBB aponta que “a gravidade deste momento exige de todos coragem, sensatez e pronta correção de rumos”.

A nota chama a atenção para as alterações no clima que ultimamente tem mudado numa velocidade impressionante. A enchente no sul do país, uma das maiores secas em amplo território nacional e o aumento assustador de queimadas são sintomas desta mudança apontada pela Conferência.

“Aproximando-nos da festa de São Francisco de Assis, somos instados a reconhecer o momento crucial e decisivo para a proteção do equilíbrio ambiental e climático em todo planeta”, diz um trecho do documento.

Proteção dos Biomas

A nota afirma ainda que os povos e comunidades que mais demonstram habilidade e cuidado na proteção dos biomas são, paradoxalmente, os mais ameaçados e desconsiderados. A nota aponta a urgência dos poderes públicos adotarem intervenções rápidas, eficazes e estruturadas para enfrentar os eventos climáticos e garantir o cumprimento da legislação, fiscalização e punição dos culpados e investimento em prol de políticas ambientais que promovam os direitos de toda Criação.

A CNBB se solidariza com todas as vítimas de eventos climáticos extremos no país e conclama o povo brasileiro à corresponsabilidade, compromisso e o cuidado com a Casa Comum.  Confira, abaixo, a íntegra da nota.

Leia a nota na íntegra:
Nota da CNBB sobre eventos climáticos extremos 

Foto de capa:
Mayanddi Inzaulgarat/Ibama

 


Fonte: CNBB Nacional (https://www.cnbb.org.br/cnbb-publica-nota-sobre-eventos-climaticos-extremos-e-pede-correcao-de-rumos/)

Acolhida de novos alunos no Pontifício Colégio Pio Brasileiro

No último sábado, 7 de setembro, o Pontifício Colégio Pio Brasileiro, espaço de formação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em Roma, foi palco do Retiro Espiritual para os 28 padres alunos que passaram a residir na instituição neste ano de 2024.

O encontro foi conduzido pelo diretor espiritual do colégio, dom Armando Bucciol, e faz parte do processo de integração dos novos membros da comunidade acadêmica e sacerdotal. Ao longo do ano, o Colégio receberá ao todo 32 novos alunos, elevando o número total de presbíteros residentes para 103.

Durante o retiro, dom Armando destacou a importância da espiritualidade evangélica como base da vida acadêmica e eclesial, frisando: “a primazia da espiritualidade evangélica deve definir as coordenadas do estudo acadêmico e orientar a vida eclesial, missionária e apostólica. Essa primazia precisa permear e compenetrar o nosso ser e agir, tornando essencial, madura e encarnada a vivência espiritual, a vida segundo o divino Espírito”.

Ele também convidou os padres a refletirem sobre sua vocação à luz do amor divino, afirmando: “ao longo da vida, devemos aprender a procurar a medida certa para nossos projetos, passando da santidade idealizada à santidade vivida, entre os altos e baixos da jornada terrena, entre propósitos e incoerências, sempre recomeçando”.

O retiro foi concluído com uma Missa Votiva a Nossa Senhora, celebrada no fim da tarde. Em seguida, a comunidade sacerdotal se reuniu para um jantar festivo em comemoração ao Dia da Independência do Brasil, celebrado em 7 de setembro.

O Reitor do Pontifício Colégio Pio Brasileiro, padre Valdir Cândido, destacou a importância do evento: “este é um passo significativo para fortalecer os laços de comunhão entre os novos membros de nossa comunidade sacerdotal. Que cada um trace seu caminho de estudos, sempre guiado pela Luz da vontade do Senhor, que nos chama”.

A nossa diocese conta com um aluno, o Pe. Salomão Rafael Gomes Neto, que cursará o mestrado.

Para saber mais sobre o Pontifício Colégio Pio Brasileiro, acesse: piobrasileiro.com

 

 

 

Congresso de Comunicação

Inteligência Artificial, Lei de Proteção de Dados e Discernimento no Ambiente Digital é o tema do Congresso de Comunicação que acontece na Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM), em São Paulo, nos dias 15 e 16 de agosto. Organizado pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), com a parceria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Faculdade Paulina de Comunicação (Fapcom) e da arquidiocese de São Paulo, a formação conta com mais de 200 participantes.

O congresso pretende ajudar a refletir sobre o tema geral desde diversas perspectivas tendo como ponto de partida a realidade eclesial. Nesse contexto, o bispo de Campo Limpo (SP) e presidente da Comissão para a Comunicação da CNBB, dom Valdir de Castro, refletiu sobre “Igreja e discernimento no ambiente digital, preservar identidade e transmitir valores”.

Partindo de uma referência histórica sobre a relação entre a Igreja e a comunicação, dom Valdir destacou a importância das Mensagens para o Dia Mundial das Comunicações desde Paulo VI, mostrando como o Magistério da Igreja foi se preocupando com a comunicação e acompanhando as mudanças ao longo do tempo.

Dom Valdir de Castro ressaltou que a missão da Igreja é evangelizar, lembrando que evangelizamos como Igreja, refletindo sobre a sinodalidade como modo de testemunhar o Evangelho e agir, que leva o cristão a refletir sobre a importância do seu comportamento e não só daquilo que acredita. Igualmente sublinhou que como cristãos, não agimos como indivíduos na rede, mas como comunidade.

De acordo com o assessor de Comunicação da CNBB, padre Arnaldo Rodrigues, que também participa do evento, o Congresso e seus temas são de uma grande riqueza para a Igreja no Brasil. “A formação oferece para a vida consagrada, especialmente aqueles que têm o carisma de trabalho com a comunicação, de reflexão e estudo e de saber como servir melhor a Igreja por meio da comunicação nos ambientes digitais”, disse.

O padre destaca a qualidade dos conferencistas do campo da comunicação que abriram um espaço pra que a Igreja reflita a sua presença, seu modo de ser e sua mensagem dentro dos  ambientes digitais. “Representando a CNBB, mais uma vez reforçamos nossa parceria neste trabalho de refletir juntos com a CRB e a Fapcom a comunicação social da Igreja”, disse.

Proteção de dados

A proteção de dados é algo que cobrou grande importância no Brasil nos últimos anos, sendo regulamentado através da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Se busca, segundo João Fábio Azeredo, proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural, de proteger o indivíduo, evitar que seus dados pessoais sejam usados contra ele. O advogado mostrou a diferença entre dados pessoais e dados pessoais sensíveis, explicitando as situações em que a lei permite o tratamento de dados pessoais, fazendo considerações relevantes sobre essa temática.

Abordando a Teologia da Comunicação, a diretora do Departamento Teológico-Pastoral do Dicastério para a Comunicação do Vaticano, Nataša Govekar, destacou a importância de se perguntar de onde vimos e para onde queremos chegar como comunicação. Partindo do fundamento trinitário do cristianismo, ela perguntou como Deus comunica, de que modo sua comunicação é eficaz, afirmando que Deus cria através da Palavra, que essa Palavra se fez carne, a comunicação de Deus tem como fruto a vida, gera comunhão, pois “não tem comunhão sem comunicação”.

Jesus comunicava com a palavra, com a vida, não de fora, mas de dentro, enfatizou Govekar, que ressaltou que ele é fermento de comunicação. A teóloga eslovena disse que “a comunicação cristã não pode estar dissociada da doação por amor”, refletindo sobre as atitudes dos católicos nas redes sociais, que muitas vezes tem atitudes contrárias a esse amor. Finalmente, ela explicou brevemente o que é o Projeto Pentecostes, que faz referência à participação nas redes sociais.

A comunicação institucional e gerenciamento de crise foi um dos elementos abordados no congresso. Lúcia Martins partiu do conceito de crise e dos sinais de alerta, quando a crise surge e como as pessoas não reagem. A jornalista destacou a importância de não minimizar as crises, refletindo sobre o impacto da reputação nos negócios. Igualmente sobre como lidar, como falar com a mídia diante das crises, pensar a mensagem a ser passada, a imagem da empresa, o que se tem de bom e os riscos e pontos frágeis.

CNBB Nacional

Por Willian Bonfim com informações de padre Miguel Modino – Regional Norte 1 da CNBB em VaticanNews

CNBB e Eleições Municipais 2024

Quais as orientações da CNBB para o período eleitoral? Padres podem se candidatar? E um candidato pode pedir votos dentro da Igreja? Essas perguntas surgem com frequência em época de eleições no Brasil. Para ajudar as pessoas a entenderem a atuação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e das Igrejas Particulares nesse contexto, a Assessoria de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB preparou um documento com respostas a esses questionamentos.

O assessor de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB, frei Jorge Luiz Soares da Silva, explica que o documento foi formulado a partir das perguntas que chegam à Conferência sobre a visão que a Igreja tem da política, suas expectativas e qual o nível de participação, de engajamento da Igreja nesse processo eleitoral. Outra dúvida apresentada com frequência à Conferência Episcopal é sobre a possibilidade de padres e bispos atuarem diretamente na política, seja na promoção de algum candidato, seja na própria candidatura, disputando alguma vaga em algum dos cargos públicos.

“Nós procuramos responder, exatamente dentro daquilo que é a orientação da Igreja, o ensinamento da Igreja, sobretudo a partir da encíclica Fratelli Tutti, e com base naquilo que é a Doutrina Social da Igreja, apontando a política como um meio necessário para a construção de uma sociedade mais justa, mais igualitária, e também respondendo exatamente à forma como a Igreja atua, não no campo de promoção direta e imediata de algum candidato, mas exatamente procurando apresentar os pilares, aquilo que é uma reflexão sadia a respeito da política para que possa ajudar aos eleitores na escolha dos seus candidatos, justamente levando em consideração aquilo que são os valores que a Igreja defende através da Doutrina Social da Igreja e, mais recentemente, da encíclica do Papa Fratelli Tutti”, contou.

O documento está estruturado em quatro pontos. O primeiro apresenta as recomendações sobre a atuação de padres e bispos no contexto eleitoral, e recorda as orientações gerais oferecidas pela CNBB em anos eleitorais “sobre o que se deveria levar em consideração no momento do voto nos que exercerão as funções de legisladores e governantes”.

Essa orientação, lê-se no documento, é feita a partir da Doutrina Social da Igreja, que apresenta para isso princípios como justiça social, solidariedade, defesa da vida desde a sua concepção até a morte natural, cuidado com os mais vulneráveis, a defesa da Ecologia Integral e a promoção do bem comum.

Os outros pontos abordam a candidatura de padres e bispos, o debate político dentro das Igrejas Católicas e o pedido de votos nas celebrações e sobre o apoio de padres e bispos a candidatos.

Boa política

O documento também apresenta as definições dos princípios da boa política, de acordo com a  carta encíclica “Fratelli Tutti”, do Papa Francisco.

São os princípios: serviço ao Bem Comum; respeito pela Dignidade Humana; promoção da Justiça Social; combate à corrupção; cuidado com a Criação; diálogo e inclusão; e paz e reconciliação.

Clique no link abaixo e baixe o documento de orientações da CNBB.

Baixe o arquivo completo aqui.  

Fonte: CNBB Nacional

Primeiro Diácono Permanente da Diocese de Guanhães

Na manhã deste sábado, 10 de agosto, na festa Litúrgica de São Lourenço, diácono e mártir, Dom Otacilio ordenou o primeiro Diácono Permanente para diocese de Guanhães. É uma nova experiência vocacional e pastoral; uma porta que abre para a nossa Diocese.
O Diácono Humberto Augusto de Souza Campos, é natural de Conceição do Mato Dentro/MG, é casado desde 2013, portanto há 11 anos, com sra. Klicia R. Laia Campos. Cursou Filosofia e teologia, no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário, em Caratinga, MG. Foi admitido às ordens sacras, instituído no Ministério de Leitor e no ministério de acólito em 2012, em vista do Sacerdócio, porém os desígnios de Deus, fizeram com o mesmo seguisse a vocação ao Matrimônio, e agora, o Ministério Diaconal.
Uma Igreja toda ministerial vai descobrindo este somar forças. Toda a Igreja, como discípulos missionários de Jesus Cristo, é chamada a viver o serviço, a doação de si mesma. Aquele que carrega consigo a certeza do amor salvador do Crucificado-Ressuscitado, vai e anuncia, aproxima-se e estende a mão. Na certeza de que a ação evangelizadora da Igreja é este caminho multiforme, onde cada um realiza a mesma missão, na obra do Reino de Cristo. O específico do diácono é servir, sempre. Deve estar no coração do diácono e transparecer todos os dias. “Procure o diácono exercer equilibradamente os serviços ministeriais: da Caridade, da Palavra, da Liturgia. Conforme os carismas pessoais, as exigências pastorais e as orientações do Bispo, ele poderá enfatizar um ou outro desses ministérios sem descuidar os demais, sabendo, porém, que a Caridade é a essência de seu ministério” (CNBB, Diretrizes, n. 86). (https://www.cnbb.org.br/)

O Diaconado é o primeiro grau do Sacramento da Ordem. Os outros dois graus são o Presbiterado e o Episcopado. Assim, diáconos, presbíteros e bispos compõem a hierarquia da Igreja. Para os diáconos, as mãos lhes são impostas para o serviço e não para o sacerdócio. Com a ordenação, o diácono deixa sua condição de leigo e passa a fazer parte do clero. Esse sacramento imprime caráter, que o faz diácono por toda a eternidade.

O diaconato foi instituído pelos Apóstolos. Podemos ver, nos Atos dos Apóstolos (6,1-6), a imposição de mãos sobre os primeiros sete diáconos: Filipe, Prócoro, Nicanor, Tímon, Pármenas, Nicolau e Estêvão, este que foi o primeiro mártir (At 6,8-7,60). Permaneceu florescente na Igreja do Ocidente até o século V, depois, por várias razões, desapareceu como estado permanente. Nas Igrejas católicas de ritos orientais, não houve essa ruptura. O Concílio Vaticano II (1962-1965) restabeleceu o diaconato permanente na Igreja do Ocidente. 

Inicialmente, foi regulamentado pelo Papa Paulo VI, em 1967, no Motu Proprio Sacrum Diaconatus Ordinem. Em 22 de fevereiro de 1998, foram promulgados pela então Congregação para o Clero (atualmente Dicastério para o Clero) as Normas fundamentais para a formação dos diáconos permanentes e o Diretório do ministério e da vida dos Diáconos Permanentes. É importante dizer que compete exclusivamente ao bispo diocesano instituir ou não o diaconato permanente em sua diocese.

Em sua homilia, Dom Otacilio expressou a alegria em inaugurar este novo tempo em nossa diocese, falou sobre o papel do Diácono Permanente, citando também, o grande testemunho de São Lourenço, homem fiel, e dedicado ao Evangelho e aos necessitados. Concluiu dizendo que “o diácono deve mostrar em seus atos a Palavra que proclama, na oração, no serviço e na caridade, para que assim, a sua casa, esposa, família e toda a comunidade, se torna uma expressiva oblação de serviço

O diácono, é o “guardião do serviço da Igreja”. Um serviço que possa ser exercido em três grandes campos:

  • a Caridade (em suas mais diversas formas)
  • a Pregação da Palavra
  • a Liturgia.

Após a homilia, Dom Otacilio interrogou o ordenando sobre suas disposições em assumir o ministério diaconal. Após a Ladainha, lhe impôs as mãos e proferiu a Prece da ordenação. Já ordenado, Humberto recebeu a Estola e a Dalmática  da esposa e alguns padres:

O ministério do diácono é voltado para o serviço à comunidade. A estola atravessada no peito mostra a horizontalidade de suas funções. Segundo o Documento 96 da CNBB (Diretrizes para o diaconado permanente na Igreja no Brasil, n. 40), a “estola transversal lembra a toalha do lava-pés, gesto da atitude diaconal de Cristo”. É a toalha daquele que serve (Jo13,4). Já a estola do sacerdote (padre e bispo) desce verticalmente ao longo do corpo para mostrar a verticalidade de seu ministério. Sendo “pontífice” ele faz a ponte entre Deus e o homem pelo sacrifício apresentado a Deus na Pessoa de Cristo (in persona Christi).

E por fim o Bispo diocesano lhe entregou o Evangeliário. O “diácono, antes de tudo, é ministro da Palavra de Deus, é consagrado e enviado para anunciar a todos o evangelho do Reino, convocando cada pessoa para a “obediência da fé” (Rm 1,53).

O diácono permanente terá uma dupla pertença: sua família e a Diocese. “A ordenação e a incardinação criam um profundo laço com o Bispo, com o clero e com a própria Diocese, que passa a ser a Igreja Particular de pertença do diácono permanente” (CNBB, Diretrizes, 76). Nunca um diácono vive e age por si. Ele é da Igreja diocesana e, portanto, de Cristo. Os diáconos permanentes, pela sua experiência pastoral, sua vida conjugal, familiar e atuação profissional, enquanto ministros ordenados, poderão oferecer preciosa colaboração: a) nas paróquias, áreas pastorais, atuando em conselhos ou coordenações, nas celebrações litúrgicas, nas diversas pastorais, especialmente, no campo das pastorais sociais, na promoção da economia solidária, nos meios de comunicação social e nas escolas; b) nos ambientes onde vivem e trabalham; c) em organismos da Diocese como o Conselho Econômico e Cáritas. (https://www.cnbb.org.br/).

No final da celebração, o neo diácono permanente Humberto Campos agradeceu a todos que lhe incentivaram na sua caminhada vocacional, à sua esposa pelo sim dela e convidou á todos que rezassem por ele e por seu ministério. Após uma breve fala do sr. bispo, e antes da bênção final, o diácono e sua esposa depositaram flores aos pés do Bom Jesus e rezaram com a Igreja, a consagração.

Identidade visual e Oração da Campanha da Fraternidade 2025

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, divulgaram nesta segunda-feira, 5/8 a identidade visual e Oração da Campanha da Fraternidade 2025, que tratará novamente sobre a  Ecologia Integral.

“Novamente, Deus nos chama a vivenciar a Quaresma. Desta vez, porém, com o apelo especial a louvá-lo pela beleza da Criação, a fazer um caminho decidido de conversão ecológica e a vivenciar a Ecologia Integral”. 

A cada ano, os bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acolhendo as sugestões vindas dos regionais, dos organismos do Povo de Deus, das ordens e congregações religiosas e dos fiéis leigos e leigas, escolhem um tema e um lema para a Campanha da Fraternidade, com o objetivo de chamar a atenção sobre uma situação que, na sociedade, necessita de conversão, em vista do bem de todos.

Em 2025, motivados pelos 800 anos da composição do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis; pelos 10 anos de publicação da Carta Encíclica Laudato Si’; pela recente publicação da Exortação Apostólica Laudate Deum; pelos 10 anos de criação da Rede Eclesial PanAmazônica (REPAM) e pela realização da COP 30, em Belém (PA), a primeira na Amazônia, acolhendo a sugestão da Comissão Episcopal Especial para a Mineração e a Ecologia Integral, foi escolhido o tema: Fraternidade e Ecologia Integral e o lema: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

A Ecologia é a questão mais tratada pelas CF’s ao longo destes 61 anos de existência. Foram 8 as CF’s que de alguma forma abordaram essa temática:

na CF 1979, Por um mundo mais humano: Preserve o que é de todos; 

na CF 1986, Fraternidade e a Terra: Terra de Deus, terra de irmãos; 

na CF 2002, Fraternidade e povos indígenas: Por uma terra sem males; 

na CF 2004, Fraternidade e água: Água, fonte de vida; 

na CF 2007, Fraternidade e Amazônia: vida e missão neste chão; 

na CF 2011, Fraternidade e a Vida no Planeta: “A Criação geme em dores de parto” (Rm 8,22); 

na CF 2016, Casa comum, nossa responsabilidade: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,17) e 

na CF 2017, Fraternidade: Biomas Brasileiros e defesa da vida: “Cultivar e guardar a Criação” (Gn 2,15). 

Portanto, neste ano, a Campanha da Fraternidade aborda outra vez a temática ambiental, com o objetivo de “promover, em espírito quaresmal e em tempos de urgente crise socioambiental, um processo de conversão integral, ouvindo o grito dos pobres e da Terra” (Objetivo Geral da CF 2025). 

“Estamos no decênio decisivo para o planeta! Ou mudamos, convertemo-nos, ou provocaremos com nossas atitudes individuais e coletivas um colapso planetário. Já estamos experimentando seu prenúncio nas grandes catástrofes que assolam o nosso país. E não existe planeta reserva! Só temos este! E, embora ele viva sem nós, nós não vivemos sem ele. Ainda há tempo, mas o tempo é agora! É preciso urgente conversão ecológica: passar da lógica extrativista, que contempla a Terra como um reservatório sem fim de recursos, donde podemos retirar tudo aquilo que quisermos, como quisermos e quanto quisermos, para uma lógica do cuidado”.

A Ecologia reaparece no conjunto das CF’s de uma forma nova, como Ecologia Integral, conceito tão caro ao Papa Francisco e que é tão importante no seu projeto de um Novo Humanismo Integral e Solidário, para o qual são bases a Amizade Social, tratada na CF 2024, a Educação, tratada na CF 2022 e no Pacto Educativo Global, o Diálogo, tratado na CF 2021 e a misericórdia ou Compaixão, tratada na CF 2020.

“Para nós, a Ecologia Integral é também espiritual. Professamos com alegria e gratidão que Deus criou tudo com seu olhar amoroso. Todos os elementos materiais são bons, se orientados para a salvação dos seres humanos e de todas as criaturas. Assim, “Deus viu que tudo era muito bom!” (Gn 1,31)”.

Os elementos da identidade visual 

A identidade visual da Campanha da Fraternidade 2025 é de autoria do Paulo Augusto Cruz, da Assessoria de Comunicação da CNBB. Nela estão representados os seguintes elementos:

São Francisco de Assis

Em destaque no cartaz, São Francisco de Assis representa o homem novo que viveu uma experiência com o amor de Deus, em Jesus crucificado, e reconciliou–se com Deus, com os irmãos e irmãs e com toda a criação. Esta reconciliação universal ganha sua maior expressão no Cântico das Criaturas, composto por São Francisco há precisos 800 anos. O recorte é da obra do período barroco “Êxtase de São Francisco de Assis”, de Jusepe De Ribera.  

A cruz

No centro, a Cruz é um elemento importante na espiritualidade quaresmal e franciscana. No cartaz, ela recorda a experiência do Irmão de Assis com o crucifixo da Igreja de São Damião, em Assis, na Itália, onde Francisco ouviu o próprio Cristo que falava com ele e o enviava para reconstruir a sua Igreja. No início, Francisco entendeu que era a pequena Igreja de São Damião. Mais tarde, compreendeu que se tratava de algo bem maior, a Igreja mesma de Deus. A Quaresma é este tempo de reconstrução de cada cristão, cada comunidade, a sociedade e toda a Criação, porque somos chamados à conversão.  

A natureza

araucária, o ipê amarelo, o igarapé, o mandacaru, a onça pintada e as araras canindés, representam a fauna e a flora brasileiras em toda a sua exuberância, que ao invés de serem exploradas de forma predatória, precisam ser cuidadas e integradas pelo ser humano, chamado por Deus a ser o guarda e o cuidador de toda a Criação.  

As cidades

Os prédios e as favelas refletem o Brasil a cada dia mais urbano, onde se aglomeram verdadeiras multidões num estilo de vida distante da natureza e altamente prejudicial à vida. Cada um de nós, seres humanos, o campo, a cidade, os animais, a vegetação e as águas fomos criados para ser, com a nossa vida, um verdadeiro “louvor das criaturas” ao bom Deus.  

A colagem

O uso do estilo de colagem é uma escolha artística e simbólica. A técnica possibilita a união de elementos diferentes em uma única composição, refletindo a diversidade e a interligação entre tudo o que existe, entre toda a Criação. A escolha do estilo também faz referência à Ecologia Integral, onde todos os aspectos da vida – espiritual, social, ambiental e cultural – são considerados e valorizados. Cada pedaço na colagem, apesar de único, contribui para a totalidade da imagem, assim como cada pessoa e cada parte do meio ambiente tem um papel crucial na criação de um mundo sustentável e harmonioso.  

Oração da CF 2025

Oração é um resumo orante e suplicante a Deus daquilo que desejamos com a CF 2025. Junto ao cartaz é o subsídio mais popular, que alcança maior público durante a sua realização. São muitas as pessoas e comunidades que rezam a Oração da CF. “Desejamos que ela alcance também os céus e nos obtenha a graça do arrependimento e da conversão integral”, salienta o padre Jean Poul Hansen, secretário executivo de Campanhas da CNBB.

Confira:

Ó Deus, nosso Pai, ao contemplar o trabalho de tuas mãos, viste que tudo era muito bom! O nosso pecado, porém, feriu a beleza de tua obra, e hoje experimentamos suas consequências.

Por Jesus, teu Filho e nosso irmão, humildemente te pedimos: dá-nos, nesta Quaresma, a graça do sincero arrependimento e da conversão de nossas atitudes.

Que o teu Espírito Santo reacenda em nós a consciência da missão que de ti recebemos: cultivar e guardar a Criação, no cuidado e no respeito à vida.

Faz de nós, ó Deus, promotores da solidariedade e da justiça. Enquanto peregrinos, habitamos e construímos nossa Casa Comum, na esperança de um dia sermos acolhidos na Casa que preparaste para nós no Céu. Amém!

Como adquirir os materiais da CF 2025

Todos os materiais da CF 2025 estão disponíveis para venda no site das Edições CNBB: Campanha da Fraternidade 2025 – Edições CNBB

Outras notícias em: campanhas.cnbb.org.br

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