“O que é bom para mim se Maria deu à luz ao Filho de Deus 1400 anos atrás e eu não dou à luz ao Filho de Deus na minha própria pessoa e no meu tempo e cultura? (…)
Nós somos todos predestinados a ser mães de Deus”. Mestre Eckhart
O mês de Maio tem cheiro e gosto de Mãe, de Maria …Aí fiquei pensando na cena da anunciação… Deus envia o anjo a Maria – uma mulher. Maria era jovem. O anjo aparece dentro da casa de Maria. Nazaré é o lugar. Como viver uma espiritualidade “de Nazaré”? Uma Igreja mais feminina e leiga/ministerial? Uma comunidade mais “casa”?
E a imaginação criou asas…quantas mulheres o anjo visitou antes da Maria? Será que teve outras “Marias”? Quantas mulheres disseram não? Quantas mulheres tiveram mais medo do que coragem? O “sim” de Maria nos inspira. E as Marias do “NÃO”?.
Eu queria dar um abraço nas “Marias do não”. Eu queria apertar suas mãos. Talvez cheguemos a nos escandalizar com as “Marias” do não.
Maria do sim é forte. As “Marias” do não também são. A Maria do sim é humana. As “Marias” do não também são. A Maria do Sim é corajosa. As “Marias” do não também são. A Maria do Sim tem medo, sofre, chora. As “Marias” do não também.
Maria é Mãe. Maria é mulher. Maria é feminina. Maria é mulher. Maria é protagonismo. Maria faz festa. Maria foge. Maria chora. Maria guarda tudo no coração. Maria não entende. Maria recebe Jesus morto nos braços. Maria acredita no anúncio e acredita na ressurreição. Quantas “Marias”, assim como Maria. Quantas mulheres, assim como Maria.
Para nós o exemplo de Maria que acreditou, se jogou na fé que tinha e conseguiu viver profundamente o mistério que ela, sem entender, “guardava no coração”.
Pe Hermes Firmiano Pedro