Pároco: Pe. Daniel Bueno Borges
Comunidades, Pastorais e Movimentos
A Paróquia Nossa Senhora das Dores é formada por 13 Comunidades: Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Bocaina); Sagrada Família (Lagoa); São Sebastião (Macaquinhos); Nossa Senhora de Fátima (Areias); São Geraldo (Sucavão); Nossa Senhora Visitadora (Belo Monte); Nossa Senhora do Rosário (Pião); Nossa Senhora da Conceição Aparecida (Ressaca); Divino Espírito Santo (Vila Esperança); São Sebastião (Cabeceira da Vila); São Sebastião (Córrego dos Ferros); Santo Antônio (Babilônia); Nossa Senhora do Carmo (Carmésia).
As pastorais existentes compreendem a Dimensão Bíblico-Catequética, Pastoral Litúrgica, Pastoral da Juventude, Pastoral do Dízimo. As pastorais não estão todas na mesma proporção em todas as comunidades, muitas que existem em uma não estão em outra.
Os movimentos existentes são: Terço dos Homens, Terço das Mulheres, Vicentinos e Apostolado da Oração. Como as pastorais, os movimentos também não estão na mesma proporção em todas as comunidades, muitos que existem em uma não estão em outra.
Histórico da Paróquia Nossa Senhora da Dores
Dores de Guanhães têm integrado em sua história o catolicismo e a colonização dessas terras, impulsionados para ocupação de uma nova localidade e a prática de devoção à Mater Dolorosa.
Em 1808 chega junto com a família real, um grupo de portugueses que trazem consigo uma imagem de roca dedicada a Nossa Senhora das Dores. Em 1816 é autorizado a eles por D. João VI iniciarem uma sesmaria denominada Capelinha de Nossa Senhora das Dores de Guanhães, por ficar essa à margem do Rio Guanhães (Do Tupi- Guarani: Guánhã: Aquele que corre. Gua- indivíduo, aquele que. Nhã- correr, vagar). Nesses primeiros anos, eles constroem de forma rudimentar uma capela simples e pequena, sem torre, mas que atendia para as práticas devocionais.
Os padres que celebravam nessa capela eram denominados encomendados, por ser ainda essa localidade um arraial. Nas cidades de até então os demais eram chamados de colados, por serem fixos às mesmas. Os sacerdotes que por aqui celebravam, provinham de Senhora do Porto e também atendiam às muitas fazendas da região, pois lá havia capelas e oratórios particulares.
O crescimento advindo pelo ouro e agricultura, os motivaram na década de 50 desse século a construírem uma nova capela maior, com material resistente e de duas torres. Dada a autorização pela Diocese de Mariana pelo Bispo Diocesano D. Antônio Ferreira Viçoso, procedeu-se sua benção solene em 24 de agosto de 1860. Fora construída em estilo eclético, este que agregava muitos estilos, como os seus altares que seguiam o clássico.
A partir da construção da nova capela, a assistência religiosa firmou-se, sendo mais freqüente até o surgimento da nova Diocese de Diamantina que a desmembrou de Nossa Senhora do Porto em 15 de outubro de 1871. Constituindo-se a partir de então de Paróquia de Nossa Senhora das Dores, pelo artigo I, parágrafo 4º da lei 1.635, sendo instituída canonicamente pela provisão episcopal em 24 de abril e 1871, pelo 1º Bispo D. João Antônio dos Santos.
No final da década de 80 do século XIX é construída a capela de Nossa Senhora do Rosário, para que nela os escravos pudessem exercer as práticas religiosas. As demais capelas vieram paulatinamente já no início do século posterior. Nele nascem as associações quem enriqueceram em muito o trabalho leigo, como a Sociedade de São Vicente de Paulo fundada em 1919, Associação de São José (1940), Cruzada Eucarística Infantil (1943), Apostolado da Oração (1946), Filhas de Maria (1947) e Congregação Mariana (1957).
Dessa Paróquia advieram quatro sacerdotes, sendo que três deles atuaram por longos anos nela. O primeiro foi Pe. Sebastião Gualberto da Silva, que deu a benção da nova capela, depois Pe. Eliseu Elias de Figueiredo Gualberto, Pe. Deusdedit Didymo Dimas que ficou a frente da Paróquia por 52 anos e por último Pe. Francisco de Paula Câmara.
Os vigários que por aqui passaram foram os seguintes: vigário capelão 1860-1871- Pe. Sebastião Gualberto da Silva. Vigário Paroquial 1871-1876- Pe. Cândido Antônio Vieira, 1876-1878- Pe. Joaquim Cândido Figueiredo, 1878-1887- Pe. Eliseu Elias de Figueiredo Gualberto, 1887-1939- Pe. Deusdedit Didymo Dimas, vigários auxiliares: 1918-1936- Pe. José Augusto de Oliveira, 1919-1924- Pe. Alypio Odier de Oliveira, 1936-1939- Pe. Regino Garcia. Vigários: 1940-1955- Pe. Domingos do Carmo, 1956-1959 – Pe. Edno Gandra, 1961-1963- Pe. Abaeté Cordeiro, 1963-1966- Pe. Geraldo Ferreira Monção, 1967-1972- Pe. Luciano Neves Teixeira, 1972-1979- Pe. Sérgio Ribeiro dos Santos, vigário ecônomo: 1979-1981- Pe. Leonardo de Miranda Pereira, 1981-1985- Pe. Manoel Henrique Ferreira Lima, 1985-1986- Pe. João Chungath, 1986-1995- Pe. José Adão Alves dos Santos (Pe. Zequinha), 1995-1998- Pe. Manoel Henrique Ferreira Lima, 1999-2001- Pe. Dilton Maria Pinto, 2001-2006- Pe. Mário Gomes da Silva, 2006-2008- Pe. Lafaiete Marques Cyara, vigário auxiliar: fev/2006 a agost/2006 Pe. José da Silva Neto, agost/2006 a set/2006 Pe. Osvanil do Nascimento, vigário auxiliar: 2006-2008- Pe. José de Brito Filho, 2008-2012 Pe. José Martins da Rocha, 08/2008 a 06/2009 – Pe. Eduardo Dornelas da Cruz, 06/2009 -07/2009 Pe. Valter Guedes de Oliveira, 08/2009 a 04/2010 -Pe. José Adriano Barbosa dos Santos, 11/2012 a 07/2015 – Pe. Osmar Batista Siqueira, 08/2015 a 02/2016 – Pe. Salomão Rafael Gomes Neto, 02/2016 – Pe. Mario Gomes dos Santos (Pe. Marinho).
A Paróquia de Nossa Senhora das Dores abrange todo o município de Dores de Guanhães, embora contemple um distrito de Guanhães, o Belo Monte. Seu limítrofe foi-se alterando com o tempo e anexadas à ela estiveram a comunidade de Farias, Ressaca, Mata do Garajau que têm hoje o atendimento da paróquia de Guanhães. Recentemente foi anexada a comunidade de Carmésia, da cidade com mesmo nome. Deixou de existir uma comunidade chamada Araras que foi esvaziada na década de 50, para dar lugar a um represamento da usina Salto Grande.
O município de Dores de Guanhães pelo censo de 2010 tem hoje 5.223 habitantes, sendo que 1.622 estão concentrados na área urbana, contra 3.601 na zona rural. Tem vocação para a pecuária e agricultura, sendo em sua maioria de pequenos produtores. A cidade se encontra num vale, ladeado por inúmeras montanhas. Em 1886 Pe. Cesário de Miranda Maria Ribeiro fazendo uma breve descrição do lugar o qualificou como “feio”; têm este lugar lindas cachoeiras, a imponente pedra do Caraça e muitas fazendas com arquitetura oitocentista. Hoje o maior patrimônio dorense é a sua longa história que está sendo recuperada, quase dois séculos que deixaram muitos registros.
As festividades feitas à padroeira sempre foram muitas prestigiadas com muita fé e devoção pelos dorenses e pelos visitantes. Seu calendário embora no passado fosse móvel, devido às circunstâncias do tempo ou por outros fatores, prevaleceu a festividade à padroeira em setembro, margeados pelo dia 15, dedicado à meditação das dores de Nossa Senhora. Também no passado foi marcante a festa do divino e de Nossa Senhora do Rosário, ambas que foram animadas por festeiros e que eram apreciadas pela comunidade. Hoje residem apenas nas lembranças e nos documentos.
A Paróquia de Nossa Senhora das Dores perdeu seu importante patrimônio em 2009 (23/02/2009); prestes a tornar sesquicentenário (150 anos), pouco depois de ser tombado municipalmente e ser fechado para as devidas reformas. Sua longa estrutura física não resistiu ao grave incêndio que a envolveu, virando cinza seus lindos entalhes e altares. Construída no centro da cidade foi ela o elo de vivência dos dorenses, ainda quando arraial e depois como cidade. Transeuntes na fé, o povo e o seu presbítero não deixaram que as celebrações parassem, sejam elas na praça central, nos escombros, ou capela de Nossa Senhora do Rosário. Enquanto a Matriz lentamente fora sendo refeita, a comunidade ergueu uma Matriz provisória, para melhor realizar suas atividades.
A Matriz, em formato antigo está em reconstrução e as obras em finalização. A estrutura física foi edificada pelo poder público municipal, e a parte celebrativa ficará a cargo da comunidade dorense, que em breve terá sua Igreja revigorada. Ansiosos estamos para sua inauguração, em que receberá sua benção canônica. Salve Regina!
Texto Elaborado por Gilson Mateus Soares, Pesquisador Dorense
Email: gilsonpesquisador@gmail.com
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