Encontro da PASCOM DIOCESANA em Guanhães, na manhã de 04 de novembro de 2023. Gratidão às paróquias e cidades que se fizeram presentes: Rio Vermelho, Paulistas, Sabinópolis, Guanhães São Miguel e Senhora Aparecida no Pito, Virginópolis, Cantagalo, Peçanha e Santa Maria do Suaçuí . Total de 18 participantes. Obrigado ao Joel pela dedicação, ao Dom Otacilio pela presença e incentivo e ao padre Hermes por favorecer o custeio da alimentação. ” A BASE DA EVANGELIZAÇÃO É A FORMAÇÃO PARA BOA COMUNICAÇÃO”.
Pe José Aparecido Santos.
O Encontro foi assessorado por Pe José Aparecido dos Santos – Assessor Eclesial da Pastoral da Comunicação e Joel Fernandes Alvarenga Guimarães – Assessor de Comunicação na Diocese de Guanhães.
Em sua fala pe José Aparecido Santos deixou claro:
“Jesus observava como eles se comportavam. O comunicador observa o que os outros não observam.”
Joel destacou a frase de Dom Otacilio: “A comunicação é a base para a evangelização”. Portanto é preciso ter BASE. E esta base deve ter como centro a Palavra!
Dom Otacilio deixou também um recado importante:
” Verdade, Bem e Beleza” nas publicações e transmissões. Não esquecendo do engajamento e divulgação das mensagens que realmente são necessárias na evangelização. “Amor+dedicação=frutos na comunicação evangelizadora!”
Mensagem comentada por Dom Otacílio na reunião baseada no artigo: https://www.arautos.org/secoes/artigos/magisterio/palavra-dos-pastores/a-verdade-o-bem-e-a-beleza-sao-inseparaveis-141256.
Dom Otacilio acrescentou ao grupo a reflexão abaixo para ajudar no aprofundamento do Encontro:
Por onde navegaremos?
Em todo o tempo, muitos são os desafios da evangelização para permanecermos na cidade e manifestarmos a vida nova do Ressuscitado.
Revestidos das coisas do alto, anunciar a todos os povos e em todos os tempos o Reino de Deus, na certeza de que Ele está em Espírito.
O que prometera, cumpriu:
“Eis que Eu estarei convosco todos os dias…” (Mt 28,20).
É tempo de navegarmos!
Permanecer na cidade sem medo de navegar.
Navegar?
Sim, navegar na cidade.
Mas, por onde navegaremos?
Não parece o termo sem propósito e alheio à realidade de nossa cidade, marcada apenas por ruas, rodovias, alamedas, praças e avenidas?
Houve um tempo em que navegar era cortar mares e rios, descobrir novos espaços, novas conquistas, novas culturas e abertura para novos relacionamentos, às vezes terminando em forte colonização e exploração.
Havia um novo mundo a descobrir, alargar espaços, riquezas buscar, povos conquistar, poder e domínio consolidar…
Há agora outro conteúdo para a palavra navegar, e que está intensamente incorporado em nosso dia a dia:
A navegação pela rede, pela internet…
Comunicação instantânea, encurtando distâncias, possibilitando acessos infinitos de informações.
O mundo agigantou-se de tal modo que não temos a exata noção.
Podemos falar com o mundo inteiro em questão de segundos, o que até bem pouco tempo era inconcebível…
É preciso navegar, aliás, o poeta Fernando Pessoa já o disse: “Navegar é preciso!”, mas, na verdade, reporta ao General romano Pompeu (séc. I a.C.).
Este conceito nos remete às palavras do Bispo e doutor da Igreja – Santo Hilário – (séc. IV): “Desfraldando as velas da nossa fé e do nosso testemunho, vinde enchê-las com o sopro do Vosso Espírito e orientai-nos pelo caminho da pregação que iniciamos”.
Numa palavra, navegar é evangelizar; anunciar e testemunhar a Boa Nova do Evangelho, que consiste, essencialmente, no mandamento do amor a Deus e ao próximo, testemunhando a nossa fé e dando ao mundo a razão de nossa esperança.
É tempo de navegar, é tempo de evangelizar!
Permanecer na cidade não será imobilismo, recuos, mesmice, pois nunca houve lugar para isto na evangelização.
Navegar é preciso! Os clamores quotidianos movem a barca da Igreja com a fé n’Ele, que na barca da Igreja se encontra -“Coragem, não tenhais medo” (cf. Mt 14,22-33).
As velas de nossa fé são movidas com o sopro do Espírito, para que continuemos a aprofundar a necessária acolhida; conversão em todos os níveis; catequese permanente e envolvente; santificação e solidificação da família; fortalecimento da opção preferencial pelos pobres e todo esforço de penetrar em todos os espaços e chegar a todas as pessoas, através dos, mais diversos e necessários, meios de comunicação social.
Urge navegarmos no oceano da gratuidade, compaixão, proximidade, solidariedade, fraternidade…
Por onde navegar?!
Já sabemos.
Como o faremos?
Não existem receitas e respostas prontas, mas temos a certeza de que o sopro do Espírito nos acompanhará, levando a “barca da Igreja” por mares que urge serem navegados.
“Vinde Espírito Santo, enchei o coração dos Vossos fiéis…” (Dom Otacilio F. Lacerda)
Ao final do encontro, apresentou-se um vídeo de Dom Edson Oriolo no novo estúdio:
O encontro foi encerrado com o almoço.