Orientações para o retorno das celebrações eucarísticas com presença dos fiéis na Diocese de Guanhães

Desde o final de abril algumas dioceses puderam retornar às atividades com a presença dos fiéis, mas sempre com orientações de higiene e distanciamento, de modo a evitar o contágio pelo novo coronavírus. Paralelamente, algumas Igrejas Particulares tiveram que voltar com medidas mais restritivas, por conta do aumento de casos em suas localidades.

Para o retorno às celebrações com presença dos fiéis é importante que siga as exigências previstas pelo bispo, Dom Otacilio. Confira a seguir:

Orientações para a reabertura das igrejas em tempo de pandemia

“Pois para mim viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl1,21)

Caríssimos presbíteros, agentes de pastorais e amado povo de Deus da Diocese de Guanhães.

Diante da nova realidade nesta região, frente à situação da pandemia do COVID-19, em que municípios têm flexibilizado a reabertura das igrejas para as celebrações presenciais, para uma melhor organização e comunhão de toda a Diocese, emitimos as seguintes orientações a serem seguidas para o bom funcionamento de nossas celebrações eucarísticas:

1 – Até que as autoridades competentes anunciem o contrário, seja mantida a distância mínima de dois metros entre as pessoas, ou o que for indicado pelas autoridades competentes locais;

2 Os bancos das igrejas devem ser reorganizados de forma a garantir que as pessoas se acomodem nos locais previamente indicados e mantenham o distanciamento necessário;

3 Se os assentos forem fixos no chão ou, por algum motivo, não permitirem o devido distanciamento ou retirada de alguns, usem-se fitas apropriadas para demarcação dos espaços que não poderão ser utilizados;

4 Deve ser realizado o controle do fluxo de entrada e saída das pessoas, sendo que, na hipótese de formação de filas, deve haver demarcação para se manter a distância recomendada entre as pessoas;

5 Cada igreja e\ou local de encontro deve ter álcool em gel disponível nas entradas para que as pessoas possam utilizar ao entrar e ao sair, de forma que ninguém precise tocar os recipientes com essas substâncias. Recomenda-se que se use os dispensadores acionados por pedais, abastecidos com álcool 70%;

6 É recomendável que as pessoas possam desinfetar também os seus pés ao entrarem nas igrejas. Recomenda-se que sejam adquiridos tapetes que permitam serem utilizados com soluções a base de água sanitária ou outra substância para esse fim;

7 Para o bom uso do item anterior, recomenda-se que haja pessoas nas portas para controlar as entradas e orientar aqueles que entram ou saem das celebrações;

8 Os objetos supra citados são recomendados também para os espaços dos presbitérios, sacristias, secretarias, locais dos ministérios de música, salões e outros espaços que sejam utilizados;

9 Antes, durante e depois das celebrações devem ser evitadas práticas de aproximação entre as pessoas e outras formas de contato físico, como dar ou apertar as mãos, abraços e outros, sendo totalmente proibido a formação de filas para coletas e comunhão;

10 Devem ser adotadas medidas para se evitar qualquer tipo de confraternização e agrupamentos de pessoas nas entradas e saídas dos templos;

11 Todos os fiéis, funcionários e colaboradores devem usar máscaras de tecidos recomendadas durante as celebrações;

12 As pias destinadas para a higienização das mãos devem estar abastecidas com os insumos necessários como sabonete líquido, papel toalha, álcool 70% e lixeira sem acionamento manual;

13 Intensificar a higienização dos sanitários existentes, fazendo uso de hipoclorito de sódio a 1%, ou água sanitária seguindo as instruções do rótulo para a concentração, diluição, método de aplicação e tempo de contato.

14 Caso haja cantinas e outros estabelecimentos de alimentação, os mesmos, para funcionarem, devem observar o distanciamento necessário de dois metros entre as pessoas, disponham de insumos para a higiene das mãos e adotem as demais medidas de prevenção, respeitando os pareceres das autoridades competentes;

15 Os padres e os ministros extraordinários da Comunhão Eucarística devem observar a purificação das mãos, antes e depois, com muito cuidado para dar a comunhão, que deve ser dada, exclusivamente, nas mãos do fiel, sendo que o ministro vai ao comungante e não o contrário (aqueles que vão comungar permanecem no lugar). Aquele que estiver dando a comunhão deve estar com máscara;

16 O uso de instrumentos musicais e de microfones deve ser individual e todos devem ser desinfetados antes e após cada uso;

17 A coleta dos fiéis deve ser feita através de cofres fixos distribuídos ao longo dos templos para evitar deslocamentos das pessoas neste período ou, no caso dos lugares onde isso seja permitido, através de sacolas de pano com amplo cabo, evitando também que haja contato físico entre as pessoas;

18 Evite-se o uso de folhetos e outros objetos que sejam compartilhados;

19 Devem ser bloqueados os recipientes de água benta de uso coletivo;

20 Deve ser feita a desinfecção de todos os ambientes a serem utilizados ao menos uma vez por período, matutino, vespertino e noturno, bem como antes e depois das celebrações. Sejam providenciadas pessoas, devidamente preparadas, para a execução desse ofício, observando a segurança e os direitos daqueles que o fizerem. Outras orientações a este respeito poderão ser dadas posteriormente;

21 A desinfecção dos locais deve ser aumentada a depender do dimensionamento do local e do número de pessoas;

22 Devem ser bloqueados bebedouros que exigem aproximação de pessoas, sendo recomendados somente aqueles cujo acesso seja tranquilo e que tenha copos descartáveis que possam ser enchidos diretamente, sem que se toque o bocal e, de preferência, que também não se toquem os acionadores da água;

23 Todos os ambientes devem ser mantidos abertos e bem ventilados de forma natural;

24 Pode-se celebrar em qualquer igreja, desde que sejam amplas e arejadas o suficiente e que sejam observadas todas as regras de segurança exigidas pelas autoridades eclesiástica e municipais (vigilância sanitária e Comitês municipais de saúde);

25 Embora não seja obrigatório em muitos lugares, pode-se usar o medidor de temperaturas nas entradas das igrejas, tendo a temperatura como um dos critérios para se estar ali;

26 Orientar para que as pessoas abaixo de 12 anos e acima de 60 anos, bem como aquelas que estejam com sintomas de COVID-19, sintomas gripais, ou que façam parte de grupos de risco, que continuem participando das celebrações em suas casas, pelas redes sociais;

27 Organizar previamente o controle de quem participará de cada celebração, através de inscrições a partir das secretarias paroquiais, usando-se dos recursos mais eficientes, priorizado os meios virtuais ou o telefone. Evite-se o uso de papeis;

28 Que não haja acepção de pessoas quanto à contemplação daqueles que virão a participar, mas seguir fielmente a ordem de inscrição não permitindo, único e exclusivamente, aqueles/as que as normas das autoridades competentes impeçam;

29 Orientar para que haja uma rotatividade de fiéis que participem das celebrações, de forma a se observar um intervalo de tempo considerável entre uma presença e outra com o objetivo de atender número maior de pessoas num tempo mais ágil possível;

30 Oferecer um número maior de celebrações aos domingos e, também, durante as semanas, sendo que cada celebração não deve ultrapassar os sessenta minutos;

31 Quanto às carreatas e cavalgadas, recomendamos que não sejam realizadas. Para manifestações extras, como procissões e outras, sejam consideradas as exigências municipais. Que haja diálogos prévios com as autoridades competentes e apoio da polícia militar, sendo expressamente proibido que se faça sem a devida autorização.

32 Em cada Paróquia sejam observadas as regras municipais;

33 Não seja relativizada nenhuma regra de segurança;

34 Estas orientações serão exclusivamente para as celebrações de missas, ficando ainda válidas as orientações anteriores para os demais sacramentos;

35 Que haja uma intensa conscientização e preparação de todos para que estas normas sejam em prática, usando-se dos mais diversos meios de comunicação social;

36 As celebrações presenciais estarão autorizadas a partir do dia 30 de agosto, desde que estejam também autorizadas pelo município, que todos os recursos de segurança descritos aqui e exigidos pelo município sejam providenciados, que tenha sido feita uma ampla divulgação desta nota e que tenham sido preparadas as pessoas que exercerão as atividades necessárias para que tudo funcione da forma mais prudente possível;

37 Cartazes com orientações sobre as necessárias medidas de prevenção e controle ao COVID-19, bem como das regras para o funcionamento dos templos devem ser fixados em pontos estratégicos e visíveis às pessoas, preferencialmente nas entradas, banheiros, entre outros. Como dizeres para os cartazes Sugerimos:

1) Mantenham, no interior deste recinto, o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas. Ocupem os locais previamente demarcados;

2) Façam uso do álcool em gel, disponível nas portas, ao entrar e ao sair para desinfetar as mãos;

3) Antes, durante e depois das celebrações evitem práticas de aproximação entre as pessoas e outras formas de contato físico, como dar ou apertar as mãos, abraços e outros;

4) Todos os fiéis, funcionários e colaboradores devem usar máscaras de tecidos recomendadas durante as celebrações;

5) Não façam filas para a coleta. Depositem-na nos cofres ou esperem em seus lugares para que seja devidamente recolhida nos bancos.

6) Não saiam dos seus lugares para a comunhão: apenas se levantem quando virem o ministro se aproximar, recebendo exclusivamente nas mãos;

7) Não é permitida a permanência de pessoas com menos de 12 anos, acima de 60 anos, com sintomas gripais ou que façam parte dos grupos de risco para o COVID-19 durante as celebrações. Deste modo pedimos que participem de suas casas pelas redes sociais.

8) Para a participação nas celebrações deve-se fazer o agendamento na secretaria paroquial pelo telefone ou pelas redes sociais e aguardar a confirmação.

A vida deve estar sempre em primeiro lugar. Colaboremos para que, mesmo em tempo de afastamento social, a Igreja seja mãe acolhedora, sem deixar faltar a responsabilidade diante do mal que afeta o mundo inteiro.

Que São Miguel arcanjo interceda ao Pai as mais copiosas bênçãos para toda a Diocese de Guanhães.

Guanhães, 15 de agosto de 2020

Dom Otacilio Ferreira de Lacerda
Bispo da Diocese de Guanhães

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