“O povo sai às ruas no dia 7 de setembro, dia da Pátria, em manifestação de animação e profecia para gritar por Vida Digna. O Grito brota do chão e tem o rosto de cada realidade. Objetiva ‘valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar pessoas para atuar nas lutas populares e denunciar as injustiças e os males causados por este modelo econômico excludente, que degrada e mata’. O Grito não tem ‘dono’, não é da Igreja, do Sindicato, da Pastoral; não se caracteriza por discursos de lideranças, nem pela centralização dos seus atos; o ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para fortalecer o compromisso”. (Adaptado-CNLB). “O retrocesso de direitos conquistados, com reformas que priorizam o mercado e não as necessidades do povo, voltadas para resolver a crise econômica no país não nos pode parar”.
Por mais complexa e desafiadora que seja a situação atual, precisa provocar em nós, cristãos leigos e leigas, a solidariedade, a organização popular na luta por nossos direitos. Cresce em nós o desencanto com a política e com os políticos. Sentimos acuados, desprotegidos diante de tantos “desmandos”. Entretanto, não podemos abrir mão de nossos sonhos e compromisso, à luz da fé, com a defesa da vida, da dignidade da pessoa humana e promoção do bem comum.
Mariza Pimenta Dupim,
PASCOM DIOCESANA, Guanhães.