Luzes para o Ministério Presbiteral

À Luz das leituras bíblicas (Rm 2,1-11 e Lc 11,42-46), vejamos quais são as luzes que aparecem para o Ministério Presbiteral.

Diante dos “ais” que Jesus dirigiu aos fariseus e mestres da lei, concluímos que o Presbítero, e todo aquele que se propõe a seguir o Senhor, têm diante de si algumas imprescindíveis exigências:

– Superar todo formalismo religioso:

A prática de rituais, a soma de momentos de oração, contabilizada ou por obrigação realizada, não é suficiente. É preciso a prática do amor e da justiça.

Nada é agradável ao Senhor se não for precedido e movido pelo amor, princípio de todo nosso agir, essência e identidade divina e daqueles que a Ele querem se consagrar…

Ninguém deve se colocar a serviço do Senhor procurando as honras, os primeiros lugares, os títulos por si mesmos, privilégios, fama ou coisas semelhantes, pois são atitudes abominadas pelo Senhor!

O que importa é o humilde e dedicado serviço; fazer para Deus e não para ser visto, nem para ser elogiado; mover-se pela pura e simples gratuidade, pela absoluta humildade, numa indescritível alegria em servir…

Celebrar com o mesmo ardor numa catedral lotada, como numa capela com uma dezena de pessoas; na capela de uma periferia ou de uma área de missão (tive a graça de três anos de Missão em Rondônia – 2000 a 2002).

A Eucaristia é o grande mistério, merecendo, portanto, todo o empenho, entrega, zelo, dedicação e esmerada espiritualidade.

Se não nos empenharmos em belas Eucaristias, em que nos empenharemos? Que a vida seja expressão da Eucaristia que celebramos!

– A pureza interior e a coerência necessária:

Deus pede que nosso exterior revele aquilo que somos. Não podemos fazer da vida um palco; tão pouco do Presbitério. Não somos atores do Senhor, mas servos! Inúteis servos. Não nos cabem máscaras, representações…

Devemos viver o que pregamos, encurtando toda a distância entre o discurso e a prática.

As roupas eclesiásticas que usamos hão de ser belas; como bela é a vida que testemunhamos.

Se ainda não forem tão belas, supostamente simples, despojadas, de sandálias, não podem ser disfarce, mas devem revelar o santo ideal da pobreza que queremos expressar.

Quer com a melhor batina ou casula, quer com os trajes mais humildes, devemos ser a imagem perfeita do Cristo; outro Cristo: Servo pobre, obediente e fiel, que fez do Reino a Sua grande riqueza…

Ele que tinha condição divina, a nada Se apegou, como nos falou o Apóstolo Paulo, de tudo Se esvaziou, tornando-Se obediente até à morte, e morte de cruz (Fl 2,1-11).

Haveremos de o mesmo fazer; os Seus mesmos sentimentos ter e viver…

– Não sermos peso sobre o povo:

O povo deve ser amado, ajudado no seu desenvolvimento integral, e para que assim acontece, o Presbítero deve deixar-se envolver e ser ao mesmo tempo testemunha  misericórdia divina.

Quando misericordiosos, poderão ouvir de Jesus estas palavras:

Vinde a mim porque Sou manso e humilde de coração…

Vinde a mim vós que estais cansados e fatigados, porque

Meu fardo é leve e meu jugo é suave!” (Mt 11,28-30).

Urge que estas  atitudes estejam presentes na vida do Presbítero, para que sejam sempre iluminados e iluminadores, afastando toda treva que teima em subsistir, como nos falou o Abade São Columbano (séc. VII):

“Que Tu, Cristo, dulcíssimo Salvador nosso,

Te dignes acender nossas lâmpadas,

de modo a refulgirem para sempre em

Teu templo, receberem perene luz de Ti,

que és a luz perene, para iluminar nossas trevas

e afugentar de nós as trevas no mundo”.

E, com o Abade São Máximo (séc. VII), concluímos:

“Só Ele (Jesus), qual lâmpada,

desfaz a escuridão da ignorância,

repele o negrume da maldade e do vício”

Quando vivemos a misericórdia, o Amor de Deus arde em nós e Sua luz ilumina todo o mundo. Para sermos luz Deus nos criou:

“Vós sois a luz do mundo!

Vós sois o sal da terra”

(cf. Mt 5,13-16).

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