No dia em que se registra no Brasil a 1ª semana com queda de mortes por Coronavírus (16/06) – fenômeno que foi possível uma vez que 13 estados conseguiram diminuir a quantidade de óbitos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) – o bispo de Guanhães anuncia que em agosto poderá dar início a flexibilização. Sendo assim a participação dos fiéis permanecem “não-presencial” até o final de julho.
Quanto a comunhão aos fiéis: continua “não sendo recomendado” no entanto, fica “sob responsabilidade” do padre sobre o que fazer visto que não foi proibida a distribuição da comunhão eucarística aos fiéis nas paróquias. Sobre a Eucaristia recolhida das capelas nas comunidades: a orientação é que “podem ser consumidas aos poucos (com toda reverência e disposição)”. Cada padre saberá a melhor forma para consumir. Apesar de parecer pejorativa a expressão “consumir” significa que a hóstia deve ser “comida” ou “dissolvida” em água para depois ser enterrada.
Depois de aproximadamente 80 dias em que os fiéis católicos vem realizando a comunhão espiritual ao participar da celebração em suas casas, a paróquia de São Sebastião do Maranhão iniciou a distribuição da Eucaristia aos fiéis no dia de Corpus Christi (11/06). Esta é uma forma de se “consumir” a Eucaristia guardada na igreja matriz e oferecer conforto espiritual ao povo de Deus naquela paróquia.
A partir de então, em todos os domingos, às 9h da manhã, haverá missa com transmissão (pela rede social da paróquia e rádio) e comunhão eucarística ao final na porta da igreja – com a condição de ter participado da missa em qualquer lugar antes de ir comungar usando a máscara – até o meio dia (12h).
Aliás, Um estudo recente da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, afirma que o uso de máscaras é eficaz para reduzir taxa de transmissão. Sendo assim, os lockdowns sozinhos não serão suficientes para impedir futuras ondas de contágio, a não ser que isso seja combinado com o uso massivo de máscaras para retardar a propagação da doença.
Desde o dia 11 de março de 2020, quando a Organização Mundial da Saúde decretou a Pandemia do novo Coronavírus, a humanidade iniciava uma caminhada que até o presente momento não tem clareza sobre o seu fim e o seu significado. Neste contexto de “reivindicação” da Eucaristia em tempos de pandemia no Brasil, o Papa afirmou durante a Missa da Solenidade de Corpus Christi, que “o Senhor sabe que o mal e os pecados não são a nossa identidade; são doenças, infecções. E Ele vem curá-las com a Eucaristia, que contém os anticorpos para a nossa memória doente de negativismo”. O conteúdo desta homilia pode ser lido no site da diocese de Guanhães.
Padre Bruno Costa Ribeiro,
assessor da PASCOM da Diocese de Guanhães