Na noite de domingo, 21 de julho, em Santa Maria do Suaçuí, no dia em que se comemorava mais uma memória do Servo de Deus Cônego Lafayette, padre Ismar lançou o seu 9º livro, ao lado de amigos e colegas no ministério presbiteral. Padre Lucimar, seu afilhado, viajou 1.380, do Pontal do Triângulo Mineiro, para estar com ele e padre Dilton, no lançamento do livro.
Um mês atrás, na sede da Associação Comunitária do bairro Nova Vista (BH), foi o lançamento de Memórias de um menino, editado pela Mazza Edições, de Belo Horizonte. “Tive a alegria de autografar o livro para muitos amigos e conhecidos, dentre eles a deputada estadual Ana Paula Siqueira e o vice-prefeito de BH, Paulo Lamac”, disse padre Ismar.
O autor nos conta que a ideia do livro surgiu após vários anos de anotações em diários e agendas de trabalho: “digitei aqueles apontamentos e, de repente, vi que poderiam servir também de inspirações para outras pessoas. Contar a minha história, insignificante em si, talvez não tivesse relevância alguma. Mas achei que a minha história, narrada pelo adulto em que me tornei, talvez servisse de estímulo a um(a) leitor(a) que também resolvesse rever a sua própria história, quase como um exercício psicanalítico”, disse padre Ismar.
O autor, que hoje exerce seu ministério sacerdotal em Belo Horizonte, afirmou que suas memórias foram escritas pelo menino que virou adulto e as recolheu antes que a morte levasse seu pai, e antes que o Alzheimer destruísse aos poucos a memória de sua mãe, e que foi auxiliado por muitas pessoas nessa empreitada memorialística. “Espero que as Moiras me permitam escrever outras memórias, mais tarde”, eis o desejo de padre Ismar.
Lafaiete Marques Ciara, que fez a leitura do livro antes de outros leitores, assim disse no dia do lançamento, em BH: “Memórias de um menino é a fala do Eu para si. Fala bendita. Todos nós sabemos a importância que isso tem. Freud demonstrou os efeitos terapêuticos da catarse produzida pela fala. Através dessa catarse o sujeito que fala, eu diria – o sujeito que de si fala e a si ouve – consegue eliminar seus afetos patogênicos ao reviver os acontecimentos traumáticos a eles ligados. Falar é capaz de curar mágoas, traumas e até mesmo doenças”.
“Lafaiete Marques compreendeu o sentido de meu texto”, disse padre Ismar. E continuou: “outros leitores também têm me dito o quanto a minha narrativa despertou acontecimentos na vida deles, situações muito parecidas com as minhas!”
Lafaiete assim concluiu sua fala: “As memórias desse menino que hoje padre Ismar nos apresenta são o resgate de um homem corajoso, em busca da vitória sobre os limites histórico-sociais que a vida lhe impôs. Elas nos remetem aos nossos medos e limites próprios”, disse Lafaiete.
O livro de padre Ismar está à venda no escritório paroquial das Paróquias São Miguel e Almas, de Guanhães; São João Evangelista, e Santa Maria do Suaçuí. Em BH, nas Paróquias Nossa Senhora Mãe dos Homens (bairro Nova Vista) e Paróquia São Geraldo (bairro São Geraldo): custa apenas 30 reais.