CAPÍTULO IV – O AMOR NO MATRIMÔNIO-AMORIS LAETITIA SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA -PAPA FRANCISCO

A graça do sacramento do matrimôamoris-laetitia-sobre-o-amor-na-familia-papa-francisco-cleber-rodrigues-cancao-novanio destina-se, antes de mais nada, «a aperfeiçoar o amor dos cônjuges»(1Cor 13, 2-3). Mas a palavra «amor», uma das mais usadas, muitas vezes aparece desfigurada.
O nosso amor quotidiano. No chamado hino à caridade escrito por São Paulo, vemos algumas características do amor verdadeiro: «O amor é paciente, o amor é prestável; não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, nem guarda ressentimento, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta»1Cor 13, 4-7). Vejamos o significado e aplicação a cada família:

1-Paciência. («macrothymei»= Deus é «lento para a ira» Nm 14,18; Ex 34, 6). Uma pessoa mostra-se paciente, quando não se deixa levar pelos impulsos interiores e evita agredir. A paciência é uma qualidade do Deus da Aliança, que convida a imitá-lo também na vida familiar (Sb 11, 23; 12,2.15-18). Por isso, a Palavra de Deus exorta-nos: «Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade» (Ef 4, 31). O amor possui sempre um sentido de profunda compaixão.
2-Atitude de serviço. (jrestéuetai – deriva de jrestós= pessoa boa, que mostra a sua bondade nas ações). No conjunto do texto, vê-se que Paulo quer insistir que o amor não é apenas um sentimento, mas deve ser entendido no sentido que o verbo «amar»tem em hebraico: «fazer o bem». Como dizia Santo Inácio de Loyola, «o amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras». Assim poderá mostrar toda a sua fecundidade, permitindo-nos experimentar a felicidade de dar, a nobreza e grandeza de doar-se superabundantemente, sem calcular nem reclamar pagamento, mas apenas pelo prazer de dar e servir.
3-Curando a inveja. (zeloi =ciúme ou inveja). Significa que, no amor, não há lugar para sentir desgosto pelo bem do outro (At 7,9;17,5). A inveja é uma tristeza pelo bem alheio, demonstrando que não nos interessa a felicidade dos outros, porque estamos concentrados exclusivamente no nosso bem-estar. Enquanto o amor nos faz sair de nós mesmos, a inveja leva a centrar-nos em nós próprios.
4-Sem ser arrogante nem se orgulhar. (perpereuetai,= indica vanglória, desejo de se mostrar superior para impressionar os outros com atitude pedante e um pouco agressiva. Physioutai= o amor não é arrogante). Não se trata apenas duma obsessão por mostrar as próprias qualidades; é pior: perde-se o sentido da realidade, a pessoa considera-se maior do que é, porque se crê mais «espiritual» ou «sábia». Paulo usa este verbo noutras ocasiões, para dizer, por exemplo, que «a ciência incha», ao passo que «a caridade edifica» (1Cor 8, 1). A atitude de humildade aparece aqui como algo que faz parte do amor. Vale também para a família o seguinte conselho: «Revesti-vos todos de humildade no trato uns com os outros, porque Deus opõe-se aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes» (1Ped 5, 5).
5-Amabilidade. Amar é também tornar-se amável (asjemonéi = o amor não age rudemente, não atua de forma inconveniente, não se mostra duro no trato). Ser amável faz parte das exigências irrenunciáveis do amor. Requer-se um olhar amável pousado na pessoa, detendo menos nos limites do outro. A pessoa que ama é capaz de dizer palavras de incentivo, que reconfortam, fortalecem, consolam, estimulam. Vejamos, por exemplo, algumas palavras que Jesus dizia às pessoas: «Filho, tem confiança!» (Mt 9, 2). «Grande é a tua fé!» (Mt 15, 28). «Levanta-te!» (Mc 5, 41). «Vai em paz» (Lc 7, 50). «Não temais!» (Mt 14, 27). Não são palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam. Na família, é preciso aprender esta linguagem amável de Jesus.
6-Desprendimento.  Como se diz muitas vezes, para amar os outros, é preciso primeiro amar-se a si mesmo. Uma certa prioridade do amor a si mesmo só se pode entender como condição psicológica, pois uma pessoa que seja incapaz de se amar a si mesma sente dificuldade em amar os outros: «Para quem será bom aquele que é mau para si mesmo? (Eclo14, 5-6).
7-Sem violência interior. ( paroxýnetai =reação interior de indignação provocada por algo exterior). Trata-se de uma violência interna, uma irritação recôndita que nos põe à defesa perante os outros, como se fossem inimigos molestos a evitar. A indignação é saudável, quando nos leva a reagir perante uma grave injustiça; mas é prejudicial, quando tende a impregnar todas as nossas atitudes para com os outros (Mt 7, 5;Rm 12, 21;Gal 6, 9;Ef 4, 26). Por isso, nunca se deve terminar o dia sem fazer as pazes na família. É suficiente uma carícia, sem palavras.
8-Perdão. (logízetai to kakón =«tem em conta o mal», «trá-lo gravado», ou seja, está ressentido). O contrário disto é o perdão; perdão fundado numa atitude positiva que procura compreender a fraqueza alheia e encontrardesculpas para a outra pessoa, como Jesus que diz: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). Entretanto a tendência costuma ser a de buscar cada vez mais culpas, imaginar cada vez mais maldades, supor todo o tipo de más intenções, e assim o ressentimento vai crescendo e cria raízes. Deste modo, qualquer erro ou queda do cônjuge pode danificar o vínculo de amor e a estabilidade familiar. Hoje sabemos que, para se poder perdoar, precisamos de passar pela experiência libertadora de nos compreendermos e perdoarmos a nós mesmos.
9-Alegrar-se com os outros. (jaireiepi te adikía. É a atitude venenosa de quem, ao ver feita a alguém uma injustiça, se alegra. A frase é completada pela seguinte, que o diz de forma positiva:sygjairei te alétheia – rejubila com a verdade).Por outras palavras, alegra-se com o bem do outro, quando se reconhece a sua dignidade, quando se aprecia as suas capacidades e as suas boas obras. Isto é impossível para quem sente a necessidade de estar sempre a comparar-se ou a competir, inclusive com o próprio cônjuge, até ao ponto de se alegrar secretamente com os seus fracassos. A família deve ser sempre o lugar onde uma pessoa que consegue algo de bom na vida, sabe que ali se vão congratular com ela.
10-Tudo desculpa. ( panta stégei»=«guardar silêncio» a propósito do mal que possa haver noutra pessoa). Implica limitar o juízo, conter a inclinação para se emitir uma condenação dura e implacável: «Não condeneis e não sereis condenados» (Lc 6, 37). Embora isto vá contra o uso que habitualmente fazemos da língua, a Palavra de Deus pede-nos: «Não faleis mal uns dos outros, irmãos» (Tg 4, 11; 3,6-9). Deter-se a danificar a imagem do outro é uma maneira de reforçar a própria, de descarregar ressentimentos e invejas, sem se importar com o dano causado. O amor faz o contrário, defendendo a imagem dos outros e com uma delicadeza tal que leva mesmo a preservar a boa fama dos inimigos. O outro não é apenas aquilo que me incomoda; é muito mais do que isso.
11-Confia. Panta pisteuei – tudo crê»). Pelo contexto, não se deve entender esta «fé» em sentido teológico, mas no sentido comum de «confiança». É precisamente esta confiança que torna possível uma relação em liberdade. O amor confia, deixa em liberdade, renuncia a controlar tudo, a possuir, a dominar. Uma família, onde reina uma confiança sólida, carinhosa e, suceda o que suceder, sempre se volta a confiar, permite o florescimento da verdadeira identidade dos seus membros, fazendo com que se rejeite espontaneamente o engano, a falsidade e a mentira.
12-Espera. (Panta elpízei: não desespera do futuro). Ligado à palavra anterior, indica a esperança de quem sabe que o outro pode mudar. Não significa que, nesta vida, tudo vai mudar; implica aceitar que nem tudo aconteça como se deseja. Aqui aparece a esperança no seu sentido pleno, porque inclui a certeza duma vida para além da morte. Aquela pessoa, com todas as suas fraquezas, é chamada à plenitude do Céu.
13-Tudo suporta. (Panta hypoménei= suporta, com espírito positivo, todas as contrariedades). É manter-se firme no meio dum ambiente hostil. Na vida familiar, é preciso cultivar esta força do amor, que permite lutar contra o mal que a ameaça. O ideal cristão, nomeadamente na família, é amor que apesar de tudo não desiste. Deixa-me maravilhado, por exemplo, a atitude das pessoas que, para se proteger da violência física, tiveram de separar-se do seu cônjuge e todavia, pela caridade conjugal que sabe ultrapassar os sentimentos, foram capazes de procurar o seu bem, mesmo através de terceiros, em momentos de doença, tribulação ou dificuldade. Isto também é amor que apesar de tudo não desiste.
14-Crescer na caridade conjugal. O cântico de São Paulo, que acabamos de repassar, permite-nos avançar para a caridade conjugal. Esta é o amor que une os esposos, amor santificado, enriquecido e iluminado pela graça do sacramento do matrimônio. É uma «união afetiva», espiritual e oblativa, mas que reúne em si a ternura da amizade e a paixão erótica, embora seja capaz de subsistir mesmo quando os sentimentos e a paixão enfraquecem.
 
15-A vida toda, tudo em comum. Depois do amor que nos une a Deus, o amor conjugal é a «amizade maior». É uma união que tem todas as características duma boa amizade: busca do bem do outro, reciprocidade, intimidade, ternura, estabilidade e uma semelhança entre os amigos que se vai construindo com a vida partilhada. «Não foi instituído só em ordem à procriação», mas para que o amor mútuo «se exprima convenientemente, aumente e chegue à maturidade». 
 16- Alegria e beleza. A alegria matrimonial, que se pode viver mesmo no meio do sofrimento, implica aceitar que o matrimónio é uma combinação necessária de alegrias e fadigas, de tensões e repouso, de sofrimentos e libertações, de satisfações e buscas, de aborrecimentos e prazeres, sempre no caminho da amizade que impele os esposos a cuidarem um do outro: «prestam-se recíproca ajuda e serviço». A experiência estética do amor exprime-se naquele olhar que contempla o outro como fim em si mesmo, ainda que esteja doente, velho ou privado de atrativos sensíveis. Muitas feridas e crises têm a sua origem no momento em que deixamos de nos contemplar. Por outro lado, a alegria renova-se no sofrimento. Depois de ter sofrido e lutado unidos, os cônjuges podem experimentar que valeu a pena, porque conseguiram algo de bom, aprenderam alguma coisa juntos ou podem apreciar melhor o que têm.
17-Casar-se por amor.  É verdade que o amor é muito mais do que um consentimento externo ou uma forma de contrato matrimonial, mas é igualmente certo que a decisão de dar ao matrimónio uma configuração visível na sociedade com certos compromissos manifesta a sua relevância: mostra a seriedade da identificação com o outro, indica uma superação do individualismo de adolescente e expressa a firme opção de se pertencerem um ao outro. Pela seriedade de que se reveste este compromisso público de amor, não pode ser uma decisão precipitada; mas, pela mesma razão, também não pode ser adiado indefinidamente. Comprometer-se de forma exclusiva e definitiva com outrem sempre encerra uma parcela de risco e de aposta ousada
18- Amor que se manifesta e cresce. O amor de amizade unifica todos os aspectos da vida matrimonial e ajuda os membros da família a avançarem em todas as suas fases. Na família, «é necessário usar três palavras: com licença, obrigado, desculpa. «Quando numa família não somos invasores e pedimos “com licença”, quando na família não somos egoístas e aprendemos a dizer “obrigado”, e quando na família nos damos conta de que fizemos algo incorreto e pedimos “desculpa”, nessa família existe paz e alegria». Pesam certos silêncios, às vezes mesmo em família, entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos.
19- O diálogo.  O diálogo é uma modalidade privilegiada e indispensável para viver, exprimir e maturar o amor na vida matrimonial e familiar. O modo de perguntar, a forma de responder, o tom usado, o momento escolhido e muitos outros fatores podem condicionar a comunicação. Em vez de começar a dar opiniões ou conselhos, é preciso assegurar-se de ter escutado tudo o que o outro tem necessidade de dizer. Isto implica fazer silêncio interior, para escutar sem ruídos no coração e na mente: despojar-se das pressas, pôr de lado as próprias necessidades e urgências, dar espaço. Muitas vezes um dos cônjuges não precisa duma solução para os seus problemas, mas de ser ouvido. Desenvolver o hábito de dar real importância ao outro. Trata-se de dar valor à sua pessoa, reconhecer que tem direito de existir, pensar de maneira autônoma e ser feliz. Reconheçamos que, para ser profícuo o diálogo, é preciso ter algo para se dizer; e isto requer uma riqueza interior que se alimenta com a leitura, a reflexão pessoal, a oração e a abertura à sociedade
20-Amor apaixonado.  O Concílio Vaticano II ensinou que este amor conjugal «compreende o bem de toda a pessoa e, por conseguinte, pode conferir especial dignidade às manifestações do corpo e do espírito, enobrecendo-as como elementos e sinais peculiares do amor conjugal». Sendo assim, por que não determo-nos a falar dos sentimentos e da sexualidade no matrimônio?
21-O mundo das emoções.  Desejos, sentimentos, emoções (os clássicos chamavam-lhes «paixões») ocupam um lugar importante no matrimônio. É próprio de todo o ser vivo tender para outra realidade, e esta tendência reveste-se sempre de sinais afetivos basilares: prazer ou sofrimento, alegria ou tristeza, ternura ou receio. Verdadeiro homem, Jesus vivia as coisas com grande emotividade. Por isso, sofria com a rejeição de Jerusalém (Mt23, 37) e, por esta situação, chorou (Lc 19, 41). Compadecia-Se também à vista da multidão atribulada (Mc 6, 34). Vendo os outros a chorar, comovia-Se e turbava-Se (Jo 11, 33), e Ele mesmo chorou pela morte dum amigo (Jo 11, 35). Estas manifestações da sua sensibilidade mostram até que ponto estava aberto aos outros o seu coração humano. A maturidade chega a uma família, quando a vida emotiva dos seus membros se transforma numa sensibilidade que não domina nem obscurece as grandes opções e valores, mas segue a sua liberdade, brota dela, enriquece-a, embeleza-a e torna-a mais harmoniosa para o bem de todos.
22- Deus ama a alegria dos seus filhos.  Isto requer um caminho pedagógico, um processo que inclui renúncias: é uma convicção da Igreja, que muitas vezes foi rejeitada pelo mundo como se fosse inimiga da felicidade humana. É necessária a educação da emotividade e do instinto e, para isso, às vezes torna-se indispensável impormo-nos algum limite. Na verdade, pode-se fazer um belo caminho com as paixões, o que significa orientá-las cada vez mais num projeto de auto doação e plena realização própria que enriquece as relações interpessoais no seio da família. A questão é ter a liberdade para aceitar que o prazer encontre outras formas de expressão nos sucessivos momentos da vida, de acordo com as necessidades do amor mútuo.
23- A dimensão erótica do amor. O próprio Deus criou a sexualidade, que é um presente maravilhoso para as suas criaturas. A quantos receiam que, com a educação das paixões e da sexualidade, se prejudique a espontaneidade do amor sexual, São João Paulo II respondia que o ser humano «é também chamado à plena e matura espontaneidade das relações», que «é o fruto gradual do discernimento dos impulsos do próprio coração». É algo que se conquista, pois todo o ser humano «deve, perseverante e coerentemente, aprender o que é o significado do corpo». A sexualidade não é um recurso para compensar ou entreter, mas trata-se de uma linguagem interpessoal onde o outro é tomado a sério, com o seu valor sagrado e inviolável. O erotismo mais saudável, embora esteja ligado a uma busca de prazer, supõe a admiração e, por isso, pode humanizar os impulsos. Assim, não podemos, de maneira alguma, entender a dimensão erótica do amor como um mal permitido ou como um peso tolerável para o bem da família, mas como dom de Deus que embeleza o encontro dos esposos.
24- Violência e manipulação.  Não podemos ignorar que muitas vezes a sexualidade se despersonaliza e enche de patologias, de modo que «se torna cada vez mais ocasião e instrumento de afirmação do próprio eu e de satisfação egoísta dos próprios desejos e instintos ou do espírito venenoso do «usa e joga fora». Nunca é demais lembrar que, mesmo no matrimônio, a sexualidade pode tornar-se fonte de sofrimento e manipulação. Por isso, devemos reafirmar, claramente, que «um ato conjugal imposto ao próprio cônjuge, sem consideração pelas suas condições e pelos seus desejos legítimos, não é um verdadeiro ato de amor e nega, por isso mesmo, uma exigência de reta ordem moral, nas relações entre os esposos». O ideal do matrimônio não pode configurar-se apenas como uma doação generosa e sacrificada, onde cada um renuncia a qualquer necessidade pessoal e se preocupa apenas por fazer o bem ao outro, sem satisfação alguma
25- Matrimônio e virgindade.  A virgindade é uma forma de amor. Como sinal, recorda-nos a solicitude pelo Reino, a urgência de entregar-se sem reservas ao serviço da evangelização (1Cor 7, 32) e é um reflexo da plenitude do Céu, onde «nem os homens terão mulheres, nem as mulheres, maridos» (Mt 22, 30). Em vez de se falar da superioridade da virgindade sob todos os aspectos, parece mais apropriado mostrar que os diferentes estados de vida são complementares, de tal modo que um pode ser mais perfeito num sentido e outro pode sê-lo a partir dum ponto de vista diferente. A virgindade tem o valor simbólico do amor que não necessita de possuir o outro, refletindo assim a liberdade do Reino dos Céus. Por sua vez, o amor dos esposos apresenta outros valores simbólicos: por um lado, é reflexo peculiar da Trindade, porque a Trindade é unidade plena na qual existe também a distinção. Além disso, a família é um sinal cristológico, porque mostra a proximidade de Deus que compartilha a vida do ser humano unindo-Se-lhe na encarnação, na cruz e na ressurreição. A virgindade e o matrimônio são – e devem ser – modalidades diferentes de amar, porque «o homem não pode viver sem amor.
26- A transformação do amor. O alongamento da vida provocou algo que não era comum noutros tempos: a relação íntima e a mútua pertença devem ser mantidas durante quatro, cinco ou seis décadas, e isto gera a necessidade de renovar repetidas vezes a recíproca escolha. Talvez o cônjuge já não esteja apaixonado com um desejo sexual intenso que o atraia para outra pessoa, mas sente o prazer de lhe pertencer e que esta pessoa lhe pertença, de saber que não está só, de ter um «cúmplice» que conhece tudo da sua vida e da sua história e tudo partilha. É o companheiro no caminho da vida, com quem se pode enfrentar as dificuldades e gozar das coisas lindas. Também isto gera uma satisfação, que acompanha a decisão própria do amor conjugal. Não é possível prometer que teremos os mesmos sentimentos durante a vida inteira; mas podemos ter um projeto comum estável, comprometer-nos a amar-nos e a viver unidos até que a morte nos separe, e viver sempre uma rica intimidade. Cada um dos dois realiza um caminho de crescimento e mudança pessoal. No curso de tal caminho, o amor celebra cada passo, cada etapa nova.       
1. Que parte da meditação do papa sobre o hino de São Paulo mais a sensibilizou?
                                                                                                                           Pe José Aparecido Santos
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