HOMILIA DE DOM JEREMIAS ANTONIO DE JESUS
BISPO DA DIOCESE DE GUANHÃES-MG
Meus queridos irmãos presbíteros, religiosas, consagradas, seminaristas, querido povo de Deus aqui reunido, são muitos os motivos que nos reúnem hoje, para podermos celebrar com alegria e gratidão.
Com os trinta anos da Diocese de Guanhães, celebramos também a dedicação desta Catedral, celebramos São José Operário, a quem pedimos a sua intercessão para nossa Diocese e para todos os trabalhadores e trabalhadoras, e de modo especial para com aqueles que estão desempregados.
Celebramos 3º anos de sacerdócio do Pe. João Gomes, Pe. Marinho, Pe. Osmar e do Pe. Amarildo, portanto, são tantos elementos, são tantos os motivos que nos trazem aqui hoje, para louvar e para agradecer, agradecer a caminhada da nossa Igreja Diocesana, agradecer por cada irmão que é padre e que é grande colaborador na construção desta história, os leigos e leigas engajados, tantos irmãos e irmãs que não medem esforços para caminhar nesta grande vinha trazemos tudo isto para esta celebração, desejamos colocar todas estas intenções e agradecimentos no coração de Deus.
E nós celebramos ainda, o início de uma caminhada para podermos celebrar a V Assembleia Diocesana, no dia 15 de novembro deste ano, pedimos ao bom Deus que acolha a nossa gratidão, atenda as nossas súplicas, ilumine-nos com o seu Santo Espírito e que nos irmanemo-nos todos com fé, com força em Jesus Cristo vivo e Ressuscitado, para que continuemos a caminhar neste caminho, a fazer parte desta história tão bonita.
Nesta Celebração da Liturgia da Palavra, quero destacar três palavras: abertura, acolhimento disponibilidade, são palavras que vem sendo repetidas nos movimentos da Igreja, são palavras que muitos de nós ministros ordenados, repetimos continuamente, porque é uma consciência que todos precisamos adquirir a cada dia, para abrir os nossos braços, nossas portas, os nossos corações, para acolhermos cada vez mais e melhor, os filhos e filhas de Deus que nos buscam e que nos procuram. Para alguns, palavras de incentivo, talvez para outros palavras desgastadas, mas como Igreja jamais podemos dispensá-las, caso contrário teremos que rever a nossa identidade, teremos de rever a nossa caminhada, como Igreja estamos para acolher, estamos disponíveis para abraçar a todo momento, chamados a termos muita abertura de coração para entender a história que está acontecendo, o contexto o qual estamos inseridos, e abraçarmos a cada dia a causa do Reino do Senhor.
A nossa Igreja é peregrina, como Igreja peregrina que caminha, somos todos convidados hoje a buscarmos inspiração, na Igreja descrita pelo vivente livro do Apocalipse, a Jerusalém Celeste, a Igreja atual, ricamente descrita na nossa Igreja que caminha e ainda está longe de atingir esta perfeição, mas não estamos dispensados, de nos inspirarmo-nos nela , com abertura, acolhimento, disponibilidade que são as grandes características desta Igreja atual, desta Jerusalém Celeste.
Doze portas: três ao Sul, três ao norte, três ao poente e três ao nascente, doze portas para estarem sempre abertas, prontas para acolher, de modo que o peregrino, de modo que o transcendente, não precise caminhar muito para encontrar uma entrada, doze portas abertas, prontas para acolher, os filhos e filhas de Deus.
Nós ao completarmos 30 anos de caminhada, precisamos ser esta consciência, chamados a abertura, chamados ao acolhimento e a estarmos disponíveis para servir. Nossas portas precisam continuar abertas, se por ventura alguém pensar em fechá-las será preciso torná-la a abrir, para podermos continuar receber, continuar a acolher.
A liturgia da Palavra de hoje, através dos Atos dos Apóstolos, nos dá este testemunho, a Igreja de Antioquia, teve que adaptar aquela cultura, teve de entrar naquela realidade, portas abertas, corações abertos para acolher, mas também para discernir e nesta consciência de acolher e ajudar, aqueles que peregrinam , precisamos ter discernimento, o que é essencial e o que é secundário. Rumo a V assembleia Diocesana, esta pergunta precisa ecoar em nossos ouvidos: ‘ O que é essencial para a nossa Igreja Diocesana? O que é secundário? Também é preciso no decorrer da nossa caminhada que tantas coisas consideradas essenciais, já foram dispensadas, tantas outras coisas hoje que ainda são essenciais podem ser que no caminhar do tempo e da história também venham a ser consideradas secundárias.
Nosso querido Papa o Papa Francisco, tem nos dado testemunho disso, aquilo que é essencial, precisa, deve, permanecer, assim como os Apóstolos aconselharam a comunidade de Antioquia, o ver e ouvir as opiniões e queixinhas …As outras coisas, outros elementos considerados escandalosos naquele tempo passaram a ser secundários e já nem existem mais.
Mas a pergunta permanece, o que é essencial para a nossa Igreja? O que é importante para a vida Diocesana? O que é importante para as nossas comunidades? O que é essencial para esta Igreja, que peregrina no tempo e na história? Jesus nos dá a resposta hoje no Evangelho; ouvidos atentos, corações abertos para acolher, a sua Palavra. “Quem me ama guarda os meus mandamentos, que me ama guarda as minhas palavras”, a Palavra de Deus, a Palavra de Jesus, guardada no coração, deve ser aquecida com o nosso afeto, com o nosso carinho, com o nosso amor, para depois ser levada a prática. É o Espírito Santo quem vai continuar nos conduzindo, “eu voltarei para o Pai, enviarei um outro paráclito que vai recordar tudo que eu já lhes ensinei, para renascer, para que nada se escape”.
O essencial, hoje para nós, para podermos continuar abertos e acolhedores, prontos e disponíveis é importante acolher no coração a palavra como sinal dos nosso amor para com Ele, aquecer esta palavra com os nossos sentimentos, com o nosso afeto, com o nosso amor, para podermos colocá-la em prática, e assim conduzidos pelo espírito, caminhar em direção a realização deste grande sonho da Igreja atual, da Jerusalém Celeste toda montada, bem vestida, brilhante iluminada, onde não precisara mais de tempo como mediação e Deus conviverá harmoniosamente com os homens e dele será a nossa luz, louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
MENSAGEM FINAL
Essa nossa Diocese de Guanhães, as religiosas, as consagradas a todos os movimentos e pastorais da nossa Diocese os nossos servidores, aqueles que trabalham com nossos padre, que trabalham aqui na Diocese na sede, na Cúria todos aqueles que servem a nossa Diocese, todos os leigos e leigas, homens e mulheres que dedicam parte de seu tempo, para ajudar as nossas paróquias, às nossas comunidades a nossa gratidão.
Eu disse no início que estamos celebrando as bodas de pérola, hoje Guanhães é a nossa Pérola vale a pena sacrificar-se por ela, vale a pena deixar muitas coisas para dedicar-se a ela.
Nós estamos nos preparando para a V Assembleia Diocesana e nesta celebração nós vamos fazer a grande convocação a toda a Diocese para que entremos em estado de Assembleia, em estado de missão, como missionários caminhamos preparando para esta Assembleia para podermos acertar os nossos passos e revermos a nossa caminhada.
O Padre José Aparecido dos Santos que é o nosso Coordenador Diocesano de Pastoral, ele vai ler esta carta para nós agora, mas antes eu quero agradecer ao Pe. Jacy que preparou tudo para nos acolher hoje e na pessoa do Pe. Jacy, agradeço a paróquia de são Miguel, ao povo da Catedral e todos aqueles que trabalharam para acolher a todos nós.
Gracíula